- A cerca de três ou quatro dias, recebi um telefonema de um senhor chamado Eduardo, esse senhor, é homem de confiança de Julio Rondinelli, empresário e diretor de futebol do Osvaldo Cruz FC, estreante na série A2 do campeonato paulista de 2007 e onde meu filho está no momento. Na hora, fiquei preocupado com a possibilidade de algo ter acontecido ao Alexandre, afinal nunca tinha recebido nenhuma ligação de nenhum clube por onde ele andou, assim como, também nunca liguei para ninguém, mas para meu espanto e surpresa, o motivo do telefonema era outro. O Eduardo me perguntou, se eu estaria disposto a escrever uma mensagem de apoio ao time, pois o treinador Edson Machado, autor da idéia, queria muito a participação dos familiares dos atletas na caminhada do Osvaldo Cruz. Honestamente, minha reação foi de espanto, afinal, em tantos anos de futebol, nunca tinha visto algo assim, nunca tinha me deparado com um treinador que chegasse a esse requinte, nem um clube, que fizesse ligações interurbanas para familiares de atletas, para solicitar uma participação tão efetiva... Bem, diante do inusitado, só pude dizer que o faria e fiz, não apenas como incentivo ao meu filho, mas como uma forma de homenagear a um treinador, que não conheço pessoalmente, mas que adquiriu meu respeito por estar a alguns anos luz a frente, fiz como uma maneira de mostrar meu apoio a uma cidade de cerca de 30 mil habitantes, que vai enfrentar gente grande, fiz por cada um dos atletas que vão vestir a camisa do Osvaldo Cruz FC...
Sucesso, azuis.
Sucesso, azuis.
Esse foi o texto por mim enviado e lido pelo treinador na preleção antes do jogo com a Portuguesa de Desportos, junto com outras mensagens de atletas do Osvaldo Cruz...
Alexandre meu filho...
Ao sentar frente ao computador para escrever essas linhas, lembrei-me de muitas coisas por nós vividas, lembrei-me de você aos 07 anos, desembarcando no aeroporto para vir morar comigo, lembrei-me do seu rosto e do seu olhar. Naquele dia começamos a dar o nós nos laços que tão fortemente nos unem, na amizade que temos um pelo outro e no amor que é tão forte entre nós. Lembrei-me também, dos seus primeiros passos pelos caminhos do futebol, dos jogos de salão na escola e das vezes, que cedi meu lugar nas peladas para que você, com 11 anos ficasse sob as traves. Pequenino, mas valente. Lembrei-me do dia em que você saiu cedo, sem nada me dizer e foi enfrentar um teste no América. Nunca vou esquecer seu orgulho ao me dizer: “eu fiquei papai, sou goleiro do América”. Não pude deixar de lembrar, o dia em que você jogando por um time menor, parou em pleno Machadão, o poderoso ABC, depois de seu time marcar um gol e se trancar na defesa. Naquele dia meu menino, você calou a maior torcida desse estado.
Alexandre, certa vez lhe disse: “camisas não pesam, camisas não vencem jogos. Quem as faz pesar e quem vence, são aqueles que as vestem”. Acreditava nisso naquele tempo e continuo acreditando agora...
Domingo você e seus companheiros, começam mais uma jornada, serão dezenove jogos, dezenove degraus, que devem ser subidos passo a passo. Subam, subam unidos, respeitando cada um dos adversários, mas os encarando, de pé, frente e sem medo. Subam confiantes na qualidade do futebol de vocês, mas com humildade para saber comemorar as vitórias e superar as derrotas. Domingo, vocês serão a novidade da Série A2, mas se forem homens o bastante para unirem suas almas, seus corações e seus sonhos, a alma, ao coração e aos sonhos de seu comandante, com certeza, chegarão ao último degrau, conhecidos como os azuis de Osvaldo Cruz. Terão o respeito e a gratidão dessa cidade que os acolheu e serão reconhecidos por todos, como atletas, profissionais e homens... Azuis, azuis, escrevam sua história, com garra, suor, sangue e lágrimas se necessário for, mas escrevam de uma forma que ninguém possa apagar... Lembrem-se meninos, quem conquista São Paulo, conquista o Brasil...
Fernando Amaral,
Pai do Alexandre e torcedor de todos vocês.
Alexandre meu filho...
Ao sentar frente ao computador para escrever essas linhas, lembrei-me de muitas coisas por nós vividas, lembrei-me de você aos 07 anos, desembarcando no aeroporto para vir morar comigo, lembrei-me do seu rosto e do seu olhar. Naquele dia começamos a dar o nós nos laços que tão fortemente nos unem, na amizade que temos um pelo outro e no amor que é tão forte entre nós. Lembrei-me também, dos seus primeiros passos pelos caminhos do futebol, dos jogos de salão na escola e das vezes, que cedi meu lugar nas peladas para que você, com 11 anos ficasse sob as traves. Pequenino, mas valente. Lembrei-me do dia em que você saiu cedo, sem nada me dizer e foi enfrentar um teste no América. Nunca vou esquecer seu orgulho ao me dizer: “eu fiquei papai, sou goleiro do América”. Não pude deixar de lembrar, o dia em que você jogando por um time menor, parou em pleno Machadão, o poderoso ABC, depois de seu time marcar um gol e se trancar na defesa. Naquele dia meu menino, você calou a maior torcida desse estado.
Alexandre, certa vez lhe disse: “camisas não pesam, camisas não vencem jogos. Quem as faz pesar e quem vence, são aqueles que as vestem”. Acreditava nisso naquele tempo e continuo acreditando agora...
Domingo você e seus companheiros, começam mais uma jornada, serão dezenove jogos, dezenove degraus, que devem ser subidos passo a passo. Subam, subam unidos, respeitando cada um dos adversários, mas os encarando, de pé, frente e sem medo. Subam confiantes na qualidade do futebol de vocês, mas com humildade para saber comemorar as vitórias e superar as derrotas. Domingo, vocês serão a novidade da Série A2, mas se forem homens o bastante para unirem suas almas, seus corações e seus sonhos, a alma, ao coração e aos sonhos de seu comandante, com certeza, chegarão ao último degrau, conhecidos como os azuis de Osvaldo Cruz. Terão o respeito e a gratidão dessa cidade que os acolheu e serão reconhecidos por todos, como atletas, profissionais e homens... Azuis, azuis, escrevam sua história, com garra, suor, sangue e lágrimas se necessário for, mas escrevam de uma forma que ninguém possa apagar... Lembrem-se meninos, quem conquista São Paulo, conquista o Brasil...
Fernando Amaral,
Pai do Alexandre e torcedor de todos vocês.
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