Por Filipe Mamede
Em meio à catarse coletiva de vozes, gritos, frevos e marchinhas carnavalescas, Zé do Rádio marcou presença nas ladeiras úmidas da cidade de Olinda neste carnaval. Na verdade, não era bem o Zé do Rádio quem estava por lá, mas, um boneco gigante em sua homenagem. Além do colossal Zé do Rádio, outros 79 bonecos animaram o “dia de Zé Pereira” pelas ruas da cidade alta, mas, com certeza, para os rubro-negros pernambucanos, bastava a figura monumental do fanático Zé do Rádio, que o carnaval estaria garantido. Ivaldo Firmino dos Santos (o verdadeiro nome de Zé do Rádio) é um senhor de 60 e poucos anos.
Em 1972, ele passou a freqüentar os estádios e acompanhar mais de perto as pelejas atrás da pelota. Como passava sempre pelos arredores da Ilha do Retiro, resolveu então torcer pelo Sport. Há 15 anos, ele se posta atrás do banco onde ficam jogadores reservas e treinadores, no estádio da Ilha do Retiro, para atrapalhar os adversários do seu time. Zé ficou conhecido nacionalmente em 2001, quando foi chamado de “o torcedor mais chato do Brasil” num programa de TV, pelo então técnico da Portuguesa, Zagallo.
Zé do Rádio é pura irreverência pura até quando o assunto é sua vida amorosa. O mais famoso torcedor do Sport defendeu as cores do Náutico por 1 ano, 3 meses e 28 dias (tempo que durou seu namoro), apenas para conquistar seu sogro, o professor de música, Miguel Barkokebas, e casar com a Deomiyrza Barkokeba dos Santos, com quem ainda vive nos dias de hoje. Zé do Rádio temia que Barkokebas, alvirrubro alucinado, proibisse o seu namoro pelo fato de ser rubro-negro. Que coisa, não? Vale lembrar que Zé do Rádio integra o Guiness Book, desde dezembro de 2006, como o torcedor mais chato do mundo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário