sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Seria menos doloroso evitar lavar a roupa suja em público...

Tenho acompanhado a novela entre o ex-presidente do América, engenheiro Francisco Melo e o clube rubro. Mantive respeitoso silencio até agora por achar que esse fato seria resolvido de forma amigável, pondo um fim em mais um dos muitos problemas do time rubro com seus credores.

Mas pelo andar da carruagem, as coisas terão que ser decididas nas barras dos tribunais, causando danos a imagem do clube e constrangimento em seu quadro diretivo.

Tenho a impressão que esse caso é inédito, mas também tenho a impressão que servirá de norte para o futuro das relações entre dirigentes e instituição.

Não comungo com os que acham que dinheiro pessoal colocado dentro de clube de futebol, tenha que ser tratado como doação. Nunca gostei de abnegados e beneméritos, essa gente sempre tem uma segunda intenção por trás de tanta bondade (mesmo que a intenção seja a de se projetar socialmente). Sou e serei sempre, favorável a gestores profissionais.

Não acredito em quem rasga dinheiro (nunca é por um motivo nobre) e nem em quem abdica do sagrado direito de ser ressarcido. Francisco Melo é tido e havido como homem de bem, como um homem sério e ciente de seus deveres e direitos.

Quero aqui abrir um parêntese para evitar mal entendidos. Antes que alguém pense que tenho relação pessoal com Melo, quero dizer que não tenho. Tenho sim ótimas referencias dele e o respeito como homem e cidadão.

Mas, certa vez, cheguei a ser mal tratado pelo filho dele no Machadão e ele chegou mesmo a me olhar torto em função das criticas que fiz a sua gestão.

Isso é uma coisa, outra coisa é usar um momento assim para vendetas.

Melo tem todo o direito de ter seu dinheiro de volta e o América tem a obrigação de pagar.

Até por que, todo mundo sabe que Melo botou sim, dinheiro pessoal no clube.

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