sábado, janeiro 17, 2009

Tristeza - parte 2

Ismael Mafra Cabral morreu aos 70 anos nesta quinta feira, na casa de idosos Nova Morada, localizada em Santo André, devido a complicações causadas pelo diabetes.


Ismael jogou nos tempos áureos do futebol brasileiro e vestiu camisas, como a do Palmeiras, Santos, Fluminense, Ferroviária de Araraquara, São Paulo e Coritiba.


No Palmeiras, jogou ao lado de Valdemar Carabina, do goleiro Laércio, do atacante Mazolla (o Altafini dos italianos) e de Milton Buzzeto.


Sua ida para a Ferroviária de Araraquara, hoje pareceria um retrocesso, mas no final dos anos 50, a Ferroviária tinha uma equipe forte e que fez história no futebol paulista.


Rosan era o goleiro (marcou época no América/RJ), Dudu o volante (ídolo no Palmeiras de Ademir da Guia) e no ataque, jogavam Peixinho (Santos de Pelé), Parada (campeão carioca pelo Bangu em 66), Bazani e Mateus.


No Fluminense, Ismael formou ao lado de Altair, Bauer, Amoroso, Antunes (irmão de Zico), Samarone e Gilson Nunes (hoje treinador).


Quem viveu aqueles tempos, sabe quem foram essas feras.


Encerrou sua carreira no Coritiba em 1967, ao lado de gente como Djalma Santos, Bellini, Rinaldo e Ademar Pantera.


Mas seu momento de glória foi no eterno Santos de Pelé.


Lá, Ismael viu sentar no banco, Almir e Peixinho entre outros grandes...


Recebeu o premio de melhor jogador paulista em 1962 e 1964, jogando no Santos que tinha Mauro Ramos, Zito, Coutinho, Pelé, Gilmar, Mengálvio, Pepe, Toninho Guerreiro, Calvet, Dorval e Pagão.


Ismael o bi-campeão mundial em 1962/63 pelo time da baixada santista, deixou o clube para jogar no Fluminense e seu herdeiro foi nada mais, nada menos que Carlos Alberto Torres...


Quinta feira, Ismael deixou a vida, mas infelizmente não pode deixar nenhum herdeiro com pelo menos metade do futebol que jogou.


O pobre futebol brasileiro, ficou ainda mais pobre sem Ismael.

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