domingo, janeiro 25, 2009

Um livro que todos deveriam ler...

O livro Jogo Duro, escrito por Ernesto Rodrigues e publicado pela Editora Record, trata da história de João Havelange, o brasileiro que por 24 anos dirigiu a FIFA e que mudou a história do futebol mundial.


Ganhei do amigo Flaubert, cientista político e professor universitário, que ao longo do tempo, tenho tendo enveredar pelos turvos caminhos do futebol (gostaria de ver mais trabalhos científicos publicados sobre o assunto no Brasil).


Ainda não consegui, mas, também, ainda não desisti...


Foi um grande presente, um presente típico dos amigos que tem pelo amigo, consideração, apreço e respeito.


Portanto, faço questão, em nome da consideração e apreço que tenho pelos leitores do Fernando Amaral FC, de indicá-lo como leitura obrigatória para os que desejam saber mais sobre um esporte que todos pensam conhecer muito, mas que na verdade, conhecem apenas a ponta do Iceberg.


Aqui vai um pequeno trecho que mais que lido, deve servir para uma profunda reflexão...


“Às vezes os dirigentes esportivos acham que são mais importantes do que realmente são. Está certo, o futebol é uma força social, mas, ainda assim, não é mais do que isso, não é mais do que um jogo. Movimenta bilhões de dólares, sim, mas ainda assim não é tão importante. É apenas um esporte que as crianças podem jogar na rua, onde Havelange provavelmente não seria reconhecido. É mais importante saber se a perna do goleiro melhorou do que se Blatter ou Havelange foram reeleitos. Administradores do esporte não têm, enfim, importância para o fã do futebol. Ainda assim, eles muitas vezes se sentem inflados por uma noção errada do que são”.


Essas palavras foram ditas por Keith Cooper, que por duas décadas atuou no mundo do futebol, primeiro como executivo de marketing da ISL (empresa fundada por Horst Dassler, irmão de Adi Dassler, fundadores da Adidas e depois, da Puma) e depois, como diretor de comunicação da FIFA.


Talvez isso explique o porquê de tanto dirigente adorar microfone, câmera e máquina fotográfica.


Talvez isso explique o porquê de tanto dirigente, adorar falar de seus sacrifícios pessoais, familiares e financeiros, sempre em prol do clube e da alegria da massa torcedora.


Talvez isso explique o porquê de tanto dirigente se sentir magoado, quando alguns (poucos é verdade) jornalistas mais preparados, mostram o que a grande maioria na verdade é; (louve-se as raras e honradas exceções) maus gestores, amadores, ditadores e gente em busca de ascensão social, num mundo, em que sem o futebol, não teriam saído das sobras.

 

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