Em fim acabou a semana e vamos para o clássico!
Foi maçante e tedioso ler e ouvir uma centena de vezes as mesmas notícias que aqui e ali, eram requentadas com o intuito de fazê-las parecer novidade...
Os contundidos entraram e saíram das enfermarias dos clubes...
Os estrategistas passaram horas e horas a estudar minuciosamente artimanhas capazes suplantar as trincheiras, conquistar terreno e por fim, vencer o “inimigo”...
Papéis repletos de números como 3-5-2, 3-6-1 e 4-4-2 foram revisados pelo alto comando das forças oponentes com a pompa e a circunstância que o grave e solene momento exigia...
Entrevistas com forte apelo emocional e recheadas de otimismo foram dadas sempre emolduradas por um clima de tensão...
Ministério Público, Secretaria de Segurança, Policia Militar e Corpo de Bombeiros reuniram-se com os dirigentes, para montar um esquema de segurança capaz barrar as hordas de bárbaros que marcharão em direção ao Coliseu prestes a ser demolido...
Dirigentes trataram a questão da venda dos ingressos como se seus cofres estivessem transbordando de dinheiro...
Tudo como sempre, tudo como manda o figurino!
Tomara os verdadeiros donos do show estejam acima desse roteiro manjado e entrem no campo dispostos a jogar com alegria, vigor e paixão...
Quanto à horda de bárbaros, nada lhes acontecerá a não ser uma ou outra “borrachada” desferida por algum policial pouco disposto a aceitar o escárnio e a submissão do estado...
Os que forem presos, rapidamente serão liberados, pois as leis são frouxas e flexíveis e ninguém, a bem da verdade, está mesmo disposto a por um fim nessa lambança...
Os que sofrerem algum trauma maior causado pela reação policial, terão inúmeros defensores a afirmar que “eles nada fizeram” a não ser tentar matar a pauladas um incauto adversário que ousou sorrir e vibrar com a vitória de seu clube...
Na segunda feira, estarão alguns, nas sedes dos clubes a bravatear seus atos diante de dirigentes dóceis e cheios de simpatia por esses toscos soldados que em bando amedrontam, mas sozinhos, dão pena.
Felizmente América e ABC e ABC e América, continuarão maiores que toda essa pequenez travestida de emulação que os cerca.
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