É...
Pois é...
Mais um péssimo resultado do ABC diante de cerca de 6000 torcedores que cheios de fé e esperança compareceram ao Maria Lamas Farache.
Mais vamos dividir por partes, assim, talvez, o leitor consiga entender melhor o que esse blogueiro pensa a respeito.
As equipes:
Na tábua de classificação, apenas cinco pontos separam o Ipatinga, décimo colocado, do ABC, décimo oitavo colocado...
Porém, tanto um quanto outro trilham por caminhos assemelhados...
O ABC está a três jogos sem vencer e o Ipatinga, atingiu a marca de cinco jogos sem vitória e, pelo que demonstraram essa noite, terão dificuldades de vencer em breve espaço de tempo.
O jogo:
Alessandro Lopes aos 12 minutos antecipou-se a zaga e de cabeça, colocou o Ipatinga à frente do marcador...
Ivan aos 31 minutos, também de cabeça empatou a partida...
No mais, foi um jogo jogado no melhor estilo pelada, onde Amilton do Ipatinga, foi o único a demonstrar uma maior intimidade com a bola.
A figura do jogo:
Arthurzinho tem sido disparado à melhor figura no após jogo...
Como sempre o agradável Arthur usou as palavras com maestria e, inteligente, misturou “bolerês” e religiosidade, com um toque de suplica emocional ao torcedor e messiânica fé no destino...
Usando o “bolerês”, procurou explicar a postura de sua equipe, as alterações por ele feitas e a razão de nada ter dado certo, mas como é preciso ter cuidado ao explicar uma derrota, Arthurzinho apelou para o além, ao denominar como “espírita” o gol sofrido pelo ABC...
Mas adiante, Arthurzinho falou de sua tristeza por sentir que os maus resultados estão afastando o torcedor, a quem chamou de “grande aliado” e contrito, concordou com todas as cobranças vindas da arquibancada, porém, pediu paciência e aí, voltou a “pregar” sua crença inabalável que tudo será superado e que mesmo diante do abrasador deserto, os fiéis não devem deixar de crer que ele e seus jogadores, irão chegar a “terra prometida”...
Arthur é o cara e, sabe muito bem o que fala e para quem fala...
Craque do Jogo:
Alex Oliveira!
Não pelo que jogou, mas por ter conduzido a entrevista final da maneira que quis.
Confesso que fiquei aborrecido por não ter a minha disposição o programa TV U Esporte, pois Alex preencheria com brilhantismo todo o tempo disponível.
Articulado, Alex falou com desenvoltura...
Inteligente, fez o discurso politicamente correto...
Assumiu sua condição de recém retornado de uma contusão, justificando assim sua atuação discreta, alfinetou o árbitro, elogiou a torcida, elevou o clube, aplaudiu o trabalho do técnico e apostou na recuperação...
Mas o melhor, é que não cometeu nenhuma falta grave contra a língua pátria...
Bem, fico por aqui, mas como não sou bom em bolerês, sou ateu e sempre desconfio de argumentos sofistas, cercados de emocionais apelos, estou muito preocupado...
Muito preocupado, pois a cada rodada, vejo que o espaço entre o verbo e a realidade se torna cada vez maior.
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