Que tal ter ter um canal para botar a boca no "trombone"?

Você que é torcedor, tipo, “rato de estádio”, já se perguntou por que razões você nunca é ouvido?

Já parou para pensar na total falta de respeito em relação a você, quando o assunto é transporte em dias de jogos?

Nunca lhe passou pela cabeça, que um estádio deve preencher condições mínimas de conforto e segurança?

Por exemplo:

Você já verificou se o estádio que você freqüenta, tem um desfibrilador cardíaco?

Seria bom...

Vai que seu time perde um pênalti nos acréscimos e você tem um treco...

Você prefere o uso do desfibrilador, ou ter sobre seu corpo teso de desgosto, um brutamonte do Bope a lhe dar socos no peito para fazer o seu velho coração cheio de remendos – todo coração de um torcedor de verdade, é cheio fissuras, “hematomas” e outras contusões causadas pelos inúmeros pernas de pau que vez por outra passam por nossos times – funcionar?

Já bisbilhotou para ver se encontra uma enfermaria com umas três ou quatros macas, um ou dois médicos e quem sabe, uns dois ou três enfermeiros, prontos para fazer umas suturas, imobilizar uma perna ou um braço luxado ou quebrado e, se necessário for, lhe dar um analgésico para aliviar suas dores até chegar ao hospital?

Devia...

Ou será que você prefere um atendimento ao ar livre, no chão quente de uma arquibancada, ou então, estatelado numa cadeira, diante de uma multidão de curiosos – todos dando os mais absurdos palpites a respeito de sua situação –, enquanto a polícia e os bombeiros pedem espaço para lhe socorrer e aproveitam para dar entrevista a algum repórter de rádio “maleta” que fica aos berros informando para cabine que você, ou morreu, ou está prestes a bater as botas?

Talvez, você curta mesmo é aquela saída apoteótica, pendurado numa maca, todo amarrado e ainda correndo o risco de levar uma sonora vaia dos torcedores adversários.

Pois é...

Garanto que você nunca se preocupou em saber a data de vencimento daquela salsicha do cachorro quente e nem tão pouco em que semana o molho de verduras foi preparado, não é mesmo?

Sobre o churrasquinho vendido na entrada do estádio, nem vou falar...

Como até hoje, nenhum miou, relinchou ou fez qualquer ruído estranho: deve ser mesmo de carne bovina.

Enfim, se você faz parte da turma que acha que está tudo bem; ok, não se fala mais nisso...

Mas, se você quer mudar essa realidade e deixar de visto apenas como um grande bolso sem fundo onde todo mundo mete a mão; eu lhe aconselho a visitar o site da Associação Nacional dos Torcedores...

Quem sabe você encontre um canal para suas reivindicações.

O endereço é: www.torcedores.org.br