Imagem: AP/ Eric Francis
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
sábado, junho 30, 2012
América 1x0 Guarani...
Sem esse papo de gol polêmico...
Isac de cabeça aos 2 minutos do segundo tempo.
Ou a bola entrou ou não entrou.
Para quem concorda com o
auxiliar, ótimo, assunto encerrado...
Para quem discorda, uma frase de
consolo; roa-se.
O blogueiro aqui vai ficar se
roendo, por discordar do auxiliar.
No mais, o que importa é que o
América segue firme forte entre os quatro melhores times da Série B.
Já o Guarani, patina na crise e
permanece na zona de rebaixamento.
Com oito jogos, seis vitórias, um
empate e uma derrota, a equipe americana acumula os pontos necessários e abre
vantagem sobre aqueles que lutam para chegar à zona de classificação.
Sabe aquela continha que se
costuma fazer próximo às últimas rodadas do campeonato, quando a vaca está indo
ou já se encontra no brejo?
Começo a fazer agora, não com a
preocupação dos anos anteriores, mas como contagem regressiva...
Faltam 29 pontos para o América
atingir os 46 necessários para permanecer na Série B e aí, partir em busca da vaga para a Série A.
ASA 3x1 ABC...
No jogo das letrinhas em
Arapiraca, o ABC perdeu para o ASA e negou a sua torcida o esperado presente de
aniversário dos 97 anos do clube.
Pior que isso, o ABC saiu na
frente com Raul aos 29 minutos do primeiro tempo...
Seis minutos depois, permitiu que
Danilo Cruz empatasse a partida.
Na segunda etapa, logo com um
minuto de jogo, Lúcio Maranhão virou e aos 9 minutos, Roberto Jacaré marcou o
terceiro gol do ASA e deu números final a partida.
Não vi o jogo, mas deixo o vídeo
dos lances dos gols para que você meu caro leitor, acompanhe atentamente as
jogadas que terminaram nas redes alvinegras e tire suas conclusões sobre o
sistema defensivo do ABC.
Porém, como tudo o que está ruim,
pode ficar pior; nas próximas três rodadas, o ABC enfrenta o Vitória em casa, o
Atlético Paranaense no Paraná e volta para jogar com o Criciúma...
Complicado né?
sexta-feira, junho 29, 2012
Itália 2x1 Alemanha...
Imagem: Getty Images
Imagem: Picture Alliance
Durante a execução dos hinos
nacionais de Itália e Alemanha antes do início da partida que definiria o
segundo finalista da Eurocopa, um detalhe me chamou atenção...
A forma como os italianos cataram
o hino nacional de seu país.
Havia uma vibração acima do
comum...
Orgulho, concentração e aquele ar
de vamos para cima deles, pairava sobre os onze italianos escalados para
começar um embate onde tese, eram inferiores.
Quando os acordes do Deutschland,
Deutschland Über Alles começou; percebi um ar gelado...
Tão gelado que me pareceu deixar
escapar uma certa arrogância.
Podolski, Özil, Kehdira e
Boateng, silenciaram...
Apenas os alemães, de nascimento
e descendência, cantaram, mas ainda assim, burocraticamente.
Nascido na Polônia, Podolski era
dentre os “estrangeiros” da Nationalmanschaft, o único que tinha um motivo
politico para calar... o jogo era em Varsóvia, capital da terra de seus pais...
Os outros foram cautelosos e
evitaram que as imagens que certamente chegariam à Turquia, Tunísia e Gana, despertasse
nas populações dos países de seus ascendentes, desnecessária antipatia.
Mesmo tendo nascido em território
alemão, os poloneses nunca perdoaram Podolski e Klose por terem optado pela
nacionalidade alemã, na hora de escolher em que seleção jogar...
O mesmo ocorre com Özil, entre os
turcos e com Kehdira entre os tunisianos.
Já os Boateng, salomonicamente
resolveram a questão...
Jérôme optou pela Alemanha e
Kevin-Pince, por Gana.
Quando o jogo começou, imaginei
que o detalhe fora apenas um detalhe, pois a Alemanha como uma avalanche,
despencou sobre os transalpinos e por três vezes a bola não entrou no gol de
Buffon...
Parecia que os prognósticos iriam se cumprir.
Mas a Itália é a Itália...
Claudica na fase de grupos...
Perde jogos “imperdíveis” e
tropeça em empates...
Classifica-se quase sempre, no apagar das
luzes...
Foi assim em outros tempos e foi
assim desta vez.
No entanto, passado o sufoco, crescem
e quando crescem, atropelam favoritos e derrubam apostadores...
Foi assim em 1970, diante da
mesma Alemanha...
Foi assim em 1982, frente ao
Brasil...
Foi assim e 1996 contra França e
foi assim, ontem, novamente contra a Alemanha...
Não sei será assim contra a
Espanha, mas que se cuidem os ibéricos.
O jogo
- “Nos faltou concentração frente
a uma Itália muito forte”.
Assim, Joachim Löw definiu a
atuação de sua equipe...
E, ele tem toda razão.
Os gols de Balotelli são provas
cabais da afirmação de Löw...
Badstuber, no primeiro gol marcou
a bola...
No segundo, o mesmo Badstuber mal
posicionado permitiu que o atacante italiano, tivesse liberdade para dominar,
correr e chutar...
Onde estava Hummels?
- “Depois do primeiro gol, perdemos
a organização e cedemos espaços para eles”, concluiu Löw...
Também está correto.
Depois do primeiro gol, Itália cresceu, equilibrou e
passou a ter o domínio psicológico do jogo...
Os alemães mantinham sua típica determinação,
mas emocionalmente, não eram os mesmos de sempre.
Muito jovens em sua maioria,
sentiram o peso dos gols que não imaginavam iriam tomar.
Porém, Löw, o excelente treinador
germânico, não comentou sobre seu único erro...
Erro que só corrigiu no segundo
tempo, quando substituiu Podolski e Mario Gomez por Klose e Schürrle...
Não entendo a insistência de Löwe
com Podolski e a titularidade de Gomez.
Com as mudanças, a avalanche
alemã voltou a desabar sobre a Itália...
Mas como marcam esses
italianos...
Como são dedicados e
disciplinados esses sujeitos e, como sabem jogar emparedados e descobrir
brechas para cutucar o adversário...
Sofreram pressão, mas estiveram
mais próximos do terceiro gol que a Alemanha do primeiro em algumas
oportunidades.
Por fim, veio o gol alemão...
Veio, mas veio tarde demais para evitar a
derrota.
Quando o árbitro apitou o fim do
jogo, lembrei-me do momento da execução dos hinos e entendi o 2x1.
quinta-feira, junho 28, 2012
Espanha vence Portugal nos pênaltis... 4x2.
Imagem: AFP/Damien Mayer
As traves serão o símbolo de
Portugal nesta Eurocopa...
Foram 7 bolas lusas a chocar-se
com as traves.
Traves que antes impediram
vitórias e que ontem, decretaram o fim de um sonho.
Mas Portugal não tem do que se
envergonhar...
Fez o que pode fazer e certamente
foi mais além que o esperado.
Já a Espanha, se não encantou,
dominou e por fim, alcançou a classificação.
Na partida de ontem, os espanhóis
como sempre mantiveram a bola em seus pés, mas como tem sido tônica nesta
euro, tiveram dificuldades em superar os bloqueios contra eles armados e quando
conseguiram abrir brechas entre os defensores, faltou um finalizador com características
de matador.
Por esta razão, poucos foram os gols diante das muitas oportunidades construídas.
Os pênaltis.
Durante a cobrança das
penalidades, três momentos foram cruciais...
A defesa de Casillas logo após
Rui Patrício ter parado o pênalti cobrado por Xabi Alonso, foi fundamental para
assustar Portugal e devolver a confiança aos seus companheiros...
A “cavadinha” de Sérgio Ramos, mostrou
uma autoconfiança quase inconsequente e o chute de Bruno Alves que foi direto
ao travessão, descortinou toda a insegurança e o nervosismo dos lusos.
Recorde.
A curiosidade é que a disputa de
pênaltis que acabou por classificar a Espanha para a final da Eurocopa 2012,
entrou para a história como a mais vista da história da televisão do país.
A transmissão do jogo pela
Telecinco, segundo dados da Kantar Media, foi acompanhada por 14.182.000
espanhóis...
A prorrogação elevou o número de telespectadores
para 16.485.000...
Mas quando chegou a hora das
cobranças dos pênaltis, o número aumentou para 18.141.000 e quando Cesc
Fábregas marcou o gol da classificação, 19.086.000 pessoas estavam grudadas aos
aparelhos de televisão.
Imagem: AFP/Franck Fife
Boca Juniors 1x1 Corinthians... Tudo pode acontecer.
Tenso, pegado, cauteloso e cheio
de provocações e catimbas...
Assim foi o primeiro tempo entre o Boca Juniors e o Corinthians.
Nada diferente do que se poderia
esperar em se tratando de uma final de Libertadores da América, onde os
finalistas representam países arquirrivais no futebol.
Futebol, que diga-se de passagem,
só de passagem foi visto durante a primeira parte do jogo.
Lances daqueles que todos
gostam...
Só dois.
Paulinho num chute forte de fora
da área e Santiago Silva numa meia bicicleta que o pé de Alessandro salvou.
No segundo tempo, o Boca veio
para decidir e a defesa corintiana resistiu...
No entanto, o meio campo
alvinegro não conseguia reter a bola que logo voltava aos pés dos argentinos
para nova ofensiva...
Foram quinze ou vinte minutos de
pressão...
Pressão demais para qualquer
defesa...
Aos 15 minutos, Mouche recebeu um
passe perfeito de Riquelme e deu um chute cheio de defeito que acabou
facilmente nas mãos de Cássio.
A pressão continuava e a zaga
corintiana fazia das tripas coração para segurar o placar...
Aos 27 minutos, num escanteio
cobrado por Mouche, a bola terminou no fundo das redes de Cássio, depois de ser
cabeceada por Santiago Silva, ser cortada por Chicão com as mãos, bater na
trave e sobrar à frente de Roncaglia que a empurrou para as
redes.
Naquele momento, nada podia ser
mais justo...
O Boca fez por merecer.
Na sequencia vendo a vaca ir para
o brejo, Tite fez uma modificação que acabaria modificando o que aquela altura
parecia ser impossível de ser modificado...
Romarinho entrou no lugar de
Danilo...
Entrou, recebeu o passe de
Emerson, penetrou na área, percebeu o goleiro caindo antes da definição do
chute e deu um leve e suave toque para empatar o jogo e calar a Bombonera em sua
primeira participação na partida.
No final, aos 45 minutos, Viatri
mandou a bola no travessão e por pouco a história é novamente modificada...
Depois disso, o árbitro deu por encerrado os primeiro noventa minutos da decisão.
Agora, tudo fica para os próximos 90 minutos...
O Pacaembu será o palco onde brasileiros e argentinos difinirão quem reinará na América do Sul.
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