Imagem: Getty Images
Antes da partida contra os
alemães, li num site a frase curiosa de um jornalista grego que dizia:
- “Desta vez, podemos deter os
Panzer”...
Ficou claro que o jornalista
grego se referia à invasão do território grego em abril de 1941 por tropas da
Whermacht...
Entretanto, a Blitzkrieg lançada pela
Whermacht sobre a Grécia para ajudar os aliados italianos que haviam se metido
num enorme “atoleiro” nos Balcãs, se deu com a ponta de lança da invasão tendo
à frente as Gebirgsjäger Division (Divisão de Infantaria de Montanha)...
Assolados pelo ataque frontal da
infantaria de montanha alemã e envolvidos a oeste pelos Panzer, as fortificações
da Linha Metaxas ruiram e, em 9 de abril, os alemães entraram na cidade portuária
de Salônica.
A ilha de Creta, último bastião
de resistência proposto pelos britânicos, caiu ante as tropas aerotransportadas
da Luftwaffe, os Fallschirmjäger (paraquedistas)...
Engraçado, na Europa pouco ou
quase nada pode ser discutido sem uma forte presença da história...
Até o futebol.
Mas, vamos ao jogo...
A Grécia estava disposta a
surpreender, mas consciente de suas limitações e sabedora da enorme diferença
entre sua seleção e a seleção alemã, postou-se na defensiva...
Para os gregos, só havia duas
opções...
Ou uma bola parada trairia a
defensa alemã ou um contra ataque os pegaria de surpresa...
Jogar de igual para igual seria
suicídio puro e simples.
Tão logo começou o jogo, os gregos
perceberam que a decisão fora acertada...
A Alemanha em poucos minutos
perdeu umas duas ou três chances claras e teve um gol anulado por impedimento.
Sem os titulares, Mario Gomez,
Podolski e Müller, o treinador alemão Joachim Löw, mostrou que Schürrle, Klose
e Marco Reus, seus substitutos, não eram para ser levados na brincadeira.
Porém a Grécia segurou ímpeto dos alemães depois da primeira metade da fase
inicial...
Não havia truque, havia apenas
humildade e determinação por parte dos gregos.
Mas pagaram um preço alto...
O desgaste físico foi enorme.
Sabedores da disciplina tática
dos adversários, os alemães faziam a bola correr de pé em pé em busca de uma
brecha, mas, sobretudo forçando aos gregos a uma movimentação maior e com isto,
minando fisicamente o oponente.
Próximo ao final do primeiro
tempo, aos 38 minutos, Lahm avançou, cortou em direção ao centro e disparou de
fora da área um chute perfeito que Sifakis, goleiro grego, não conseguiu deter.
Na volta para a segunda etapa, a
duvida era se os gregos iriam se abrir e tentar o empate ou se iriam permanecer
com os pés fincados no terreno e se contentar com uma derrota por um placar pouco
dilatado.
Aos 9 minutos, surgiu a uma das
duas únicas oportunidades que poderiam dar a Grécia alguma chance...
Num contra ataque rápido, Salpingidis,
como uma flecha, alcançou a linha de fundo e cruzou para Samaras...
Este, mais rápido que
Boateng, penetrou e tocou frente a frente com Neuer...
O milagre havia acontecido...
Mas o gol foi o canto do cisne da
equipe grega.
Depois do empate, a
Alemanha partiu para cima e aos 15 minutos, Khedira marcou um belissímo, decretanto a virada.
Aos 22 minutos Klose marcou o
terceiro e aos 28, o estreante Marco Reus, marcou o quarto gol germânico.
No final, num lance de bola na
mão e não ao contrário, os gregos através de Salpingidis, diminuíram a
diferença...
Final, Alemanha 4x2...
Não desta vez, que os gregos
conseguiram deter os “Panzer” como imaginou o jornalista grego.
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