Os campeonatos estaduais, que
muitos chamam impropriamente de regionais, estão de volta.
Em sua maioria com regulamentos
bizarros e inchados.
E que não valem nem para manter
as saudáveis rivalidades entre os grandes clubes brasileiros, asseguradas nos
torneios nacionais e internacionais, embora pudessem ser garantidas, aí, sim,
em torneios de fato regionais, no começo das temporadas.
Porque se, por exemplo, o
torcedor paulista prefere um Corinthians x São Paulo a um Corinthians x
Flamengo, certamente ele vê mais graça neste último do que num jogo entre
Corinthians e São Caetano.
Há anos que aqui se bate nesta
tecla.
Não porque, explique-se pela
milionésima vez, se proponha a extinção dos estaduais, que fazem sentido em boa
parte do país e para os clubes menores dos grandes centros futebolísticos do
país, que poderiam disputá-los por toda a temporada.
Sim, porque os atuais estaduais
estão longe de garantir a vida auto-sustentável dos clubes menores, que apenas
sobrevivem, mal, à custa deles, coadjuvantes empobrecidos e vampiros dos
maiores.
Os estaduais morreram em meados
dos anos 80 do século passado, apesar de, ainda nos 70, serem mais valorizados
que o Campeonato Brasileiro.
Mas, passaram.
A única graça do Paulistinha-2013
será ver o favorito Santos, concentrado apenas nele ao contrário do Trio de
Ferro, buscar o inédito tetracampeonato no profissionalismo.
No Carioquinha, no Gauchinho, no
Mineiro, será difícil encontrar uma atração.
É claro que quando as decisões
chegarem, isso muda um pouco, mas só um pouco e para quem vencê-los, porque se
o Galo, por exemplo, teve por que festejar o vice-campeonato brasileiro no ano
que passou, amargará se o fato se repetir no estadual — como todos os outros no
grande eixo do futebol nacional.
A constatação, por sinal, nada
tem de elitista, porque em defesa da esmagadora maioria das massas torcedoras
brasileiras.
Gramados lastimáveis, uma
interminável quantidade de jogos que nada representam nem para quem vence nem
para quem perde, públicos irrisórios, eis o quadro que viveremos nos próximos
meses, apenas para alimentar o colégio eleitoral das arcaicas federações estaduais.
É como voar de teco-teco quando
se pode usar um avião a jato, por mais que se possa ir de São Paulo ao Rio
neste simpático, mas ultrapassado, aviãozinho.
Até quando?
Em tempo: aos chatos de plantão
que imaginam cobrar coerência do blogueiro ao vê-lo comentar o que não
valoriza; sendo o que, infelizmente, resta, não há outra solução.
Nenhum comentário:
Postar um comentário