Corrupção até nas corridas de
rua…
Por José Cruz
A CBAt (Confederação Brasileira
de Atletismo) suspendeu o repasse de recursos à Federação de Atletismo do
Distrito Federal.
Segundo a Polícia Civil da
capital da República, dirigentes da Federação, com apoio e funcionários do
governo local, desviaram R$ 197 mil de verbas públicas destinadas a corridas de
rua.
Seis pessoas foram indiciadas,
entre elas o presidente da federação, Paulo Roberto Maciel da Silva.
Desvios
As investigações são da Delegacia
de Repressão ao Crime Organizado que, ironicamente, detonou a operação “Pierre
Coubertin” – o pai das Olimpíadas modernas.
O atletismo é a mais nobre
modalidade dos esportes e a que deu origem aos Jogos Olímpicos.
“Foram 20 competições financiadas
por verba federal e da Secretaria da Fazenda. Os valores eram desviados e, na
prestação de contas, apresentavam notas fiscais frias de empresas fantasmas”,
disse o delegado Fábio de Souza, que comanda mais um triste espetáculo de
corrupção.
Em decorrência, o governo do
Distrito Federal exonerou Mauricélio Matos da gerência de Esportes do Guará,
cidade satélite de Brasília, acusado de integrar o grupo acusado de fraudar as
prestações de contas.
Pedi para conversar com o
presidente da Federação, Paulo Roberto, mas ele não retornou a ligação. Estou
ao dispor para publicar suas explicações.
Detalhe
O novo escândalo foi identificado
quando o conselho fiscal da Federação de Atletismo analisava os gastos de 2012.
Havia saques elevados e notas
fiscais suspeitas, que passaram a ser investigadas.
Como se tratava de verba pública,
os conselheiros encaminharam cópia dos documentos à polícia especializada.
Fica evidente a importância de o
conselho fiscal de todas as instituições esportivas ser independente, sem
vínculo com a chapa eleita, para que possa agir na fiscalização das contas.
O resultado está aí.
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