Corrupção, políticos e futebol
Por José Cruz
Enquanto o Procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, reconhecia, ontem, que “assaltaram a Petrobras”, na Presidência
do Senado um grupo de deputados, liderados por Vicente Cândido, discutia com
representantes do governo e do Bom Senso Futebol Clube sobre um projeto de lei
que fixará, entre outras mazela, como livrar a CBF de fiscalização maior sobre
as verbas que recebe.
O projeto, conhecido como “lei de
responsabilidade fiscal”, determinará sobre o pagamento da dívida dos clubes ao
INSS e Imposto de Renda.
E quem é Vicente Cândido, que
também prepara um substitutivo ao projeto original, do tucano Otávio Leite?
Cândido é um político do PT,
partido da presidente Dilma Rousseff que está até aqui na lama da corrupção.
Mais:
Cândido é um dos vice-presidentes
da Federação Paulista de Futebol, amigo do presidente José Maria Marin, e do
futuro chefão do futebol, Marco Polo Del Nero, que assumirá em março.
Com esse perfil, que isenção tem
esse deputado para discutir sobre normas à CBF, já que está intimamente
vinculado à sua direção?
E porque fiscalizar a CBF? Como
já cansamos de dizer aqui, porque ela é a gestora do principal patrimônio
esportivo do país, a Seleção Brasileira, que explora símbolos, hino e bandeira
nacionais, aí faturando muito, mas com destino suspeito e duvidoso da grana que
arrecada.
Ah, sim, terça-feira, dia 9, foi o Dia Mundial
de Combate à Corrupção.
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