Hoje me coloco na posição de
leitor...
Leitor comum, crédulo,
simplório...
Mas que desconfiando se questiona,
o que mudou?
Por que antes, os empresários que
vivem de comercializar jogadores de futebol não valiam um tostão furado e
agora, pariram um santo?
Não eram eles que destruíam o
futebol?
Pelo menos era o que diziam as
muitas e muitas postagens...
Não eram eles que inoculavam nos
clubes o vírus do desapego às bases e o amor desenfreado a velhos medalhões,
sempre caros, quase sempre inúteis?
Isso era o que eu lia quase que
diariamente.
Não eram os empresários que
tomavam dos clubes os poucos jovens valores revelados ainda imberbes os levavam
para longe sem deixar nada a não ser o vazio?
Foi o que ouvi sempre.
Repentinamente, surgiu um
empresário...
Novo em tudo...
Quase um santo.
Um empresário capaz de se
entregar de corpo e alma em prol da grandeza do futebol de nossa ensolarada
terra potiguar...
Um empresário que se põem acima
das querelas miúdas, da mesquinhez provinciana e serve alegremente a dois
senhores que se não se odeiam, quase se detestam e nada fazem para ser ao menos
cordiais em sua rivalidade.
Homem bom esse empresário...
Confiável o bastante para
frequentar casas tão diferentes, sem levar ou trazer nada do que lhe é dito nas
mesas de negociação.
Mercador competente...
Vende seus produtos, dá
conselhos, indica soluções e constrói sonhos de acesso e títulos com seu
celular sempre repleto de nomes à disposição.
E eu, agora, apenas um humilde
leitor, me pergunto: como esse homem conseguiu evitar que suas brancas roupas
não fossem respingadas pela sujeira que seus iguais espalham por todos o país,
segundo sempre disseram...
O que tem ele de diferente dos
que por aqui eram veementemente criticados e apontados como os mensageiros do
apocalipse do futebol local e nacional?
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