terça-feira, dezembro 09, 2014

Estou confuso...

Hoje me coloco na posição de leitor...

Leitor comum, crédulo, simplório...

Mas que desconfiando se questiona, o que mudou?

Por que antes, os empresários que vivem de comercializar jogadores de futebol não valiam um tostão furado e agora, pariram um santo?

Não eram eles que destruíam o futebol?

Pelo menos era o que diziam as muitas e muitas postagens...

Não eram eles que inoculavam nos clubes o vírus do desapego às bases e o amor desenfreado a velhos medalhões, sempre caros, quase sempre inúteis?

Isso era o que eu lia quase que diariamente.

Não eram os empresários que tomavam dos clubes os poucos jovens valores revelados ainda imberbes os levavam para longe sem deixar nada a não ser o vazio?

Foi o que ouvi sempre.

Repentinamente, surgiu um empresário...

Novo em tudo...

Quase um santo.

Um empresário capaz de se entregar de corpo e alma em prol da grandeza do futebol de nossa ensolarada terra potiguar...

Um empresário que se põem acima das querelas miúdas, da mesquinhez provinciana e serve alegremente a dois senhores que se não se odeiam, quase se detestam e nada fazem para ser ao menos cordiais em sua rivalidade.

Homem bom esse empresário...

Confiável o bastante para frequentar casas tão diferentes, sem levar ou trazer nada do que lhe é dito nas mesas de negociação.

Mercador competente...

Vende seus produtos, dá conselhos, indica soluções e constrói sonhos de acesso e títulos com seu celular sempre repleto de nomes à disposição.

E eu, agora, apenas um humilde leitor, me pergunto: como esse homem conseguiu evitar que suas brancas roupas não fossem respingadas pela sujeira que seus iguais espalham por todos o país, segundo sempre disseram...

O que tem ele de diferente dos que por aqui eram veementemente criticados e apontados como os mensageiros do apocalipse do futebol local e nacional?

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