sábado, janeiro 24, 2015

A Premier League é a liga de futebol mais próspera do planeta...

Imagem: Trivela



A Premier League está mesmo mais rica, e médios ingleses já se igualam a grandes de outras ligas


Por: Leandro Stein

Para o Trivela

Ninguém questiona o posto da Premier League como campeonato nacional mais poderoso da atualidade. 

O último relatório da consultoria Deloitte em seu tradicional Football Money League, todavia, ajuda a dimensionar esta grandeza dos ingleses. 

E impressiona pela forma como os clubes do país se colocam entre os mais ricos do mundo. 

Ainda que apenas o Manchester United se coloque entre os cinco times com maior receita em 2013/14, todos os 20 participantes da elite do campeonato inglês estavam no Top 40 mundial. 

Números impulsionados pelos novos acordos de TV no país, mas também pelo aumento das possibilidades comerciais.

Pelo quinto ano consecutivo, o Real Madrid aparece como o clube mais rico do mundo. 

A conquista do décimo título da Champions League ajudou os merengues a fazerem crescer ainda mais as suas receitas, € 550 milhões no total, após acréscimo de € 37 milhões. 

Na sequência, os novos acordos de patrocínio e de televisão permitiram que o United saltasse da quarta para a segunda colocação, com receitas € 95 milhões maiores. 

O Bayern de Munique também soube fazer mais dinheiro e permanece em terceiro, enquanto o Barcelona se manteve no mesmo patamar financeiro e caiu para a quarta colocação. 

Por fim, completando o Top 5, o PSG se mantém graças ao Catar, que corresponde a 69% de seu dinheiro.

A partir de então, o que se nota é o domínio da Premier League. Manchester City, Chelsea, Arsenal e Liverpool ocupam as posições abaixo no ranking, todos com receitas crescendo em pelo menos € 65 milhões. 

Apesar do sucesso esportivo, Juventus e Borussia Dortmund surgem logo abaixo, com acréscimos não tão expressivos em suas contas. 

Entre os ingleses, o Top 20 ainda conta com Tottenham, Newcastle e Everton. 

Milan e Internazionale registraram perdas em 2013/14, com os nerazzurri ultrapassados pelo Napoli. 

Vice-campeão europeu e atual dono da taça de La Liga, o Atlético de Madrid fez as suas receitas saltarem em € 50 milhões e subiram do 20º lugar para o 15º. 

Já o Galatasaray foi o único intruso no Top 20 que não disputa uma das cinco grandes ligas, na 18ª colocação.

E, olhando para baixo, mais Premier League. West Ham, Aston Villa, Southampton, Sunderland, Swansea e Stoke City dominam da 21ª à 30ª posição. 

Os Hammers, por exemplo, atualmente têm receitas maiores do que gigantes como Olympique de Marseille, Roma e Benfica. 

Já os Swans, que há dez anos disputavam a quarta divisão inglesa, estão à frente do Porto, que dez anos atrás conquistava a Champions League sob o comando de José Mourinho, ou o Ajax, tetracampeão continental. 

Em compensação, o Corinthians, único brasileiro a aparecer no Top 30 em 2014, caiu apenas para o Top 50 do ranking, ao lado do Flamengo.

No fim das contas, o que a Football Money League indica é que o dinheiro da televisão se tornou uma maneira importante de cimentar o sucesso financeiro dos clubes. 

E que, por mais que os direitos de transmissão na Inglaterra sejam maiores do que nos outros países, a divisão mais igualitária permite um crescimento geral, ao contrário do que aconteceu na Espanha durante os últimos anos. 

A partir de então, o próximo passo para o crescimento está nos acordos comerciais e de patrocínio. 

E os valores que entram a partir das bilheterias do estádio, por mais que sejam importantes em uma estrutura básica, tendem a ter uma importância cada vez menor à medida que o fortalecimento econômico dos clubes acontece.

Neste momento, o modelo da Premier League aparece como ideal. 

E a tendência é que o dinheiro que jorra na Inglaterra faça os clubes médios terem tanto poder de contratação quanto as tradicionais forças de outras grandes ligas europeias. 

Por mais que, de uma maneira geral, a Champions League viva outro monopólio. 

Enquanto a supremacia comercial de Real Madrid, Barcelona, Bayern e PSG pesar tanto quanto a economia dos grandes ingleses, a taça mais importante da Europa deverá se revezar entre poucas mãos – por mais que os mata-matas do torneio deem brechas a surpresas, como o Dortmund e o Atlético dos últimos anos.

Abaixo, o Top 30 da Football Money League, com a receita de cada clube em 2013/14:

 1º – Real Madrid – € 549 milhões
 2º – Manchester United – € 518 milhões
 3º – Bayern de Munique – € 487 milhões
 4º – Barcelona – € 484 milhões
 5º – Paris Saint-Germain – € 474 milhões
 6º – Manchester City – € 414 milhões
 7º – Chelsea – € 387 milhões
 8º – Arsenal – € 359 milhões
 9º – Liverpool – € 306 milhões
10º – Juventus – € 279 milhões
11º – Borussia Dortmund – € 261 milhões
12º – Milan – € 249 milhões
13º – Tottenham – € 215 milhões
14º – Schalke 04 – € 213 milhões
15º – Atlético de Madrid – € 169 milhões
16º – Napoli – € 164 milhões
17º – Internazionale – € 164 milhões
18º - Galatasaray – € 161 milhões
19º - Newcastle – € 155 milhões
20º – Everton – € 144 milhões
21º – West Ham – € 137 milhões
22º – Aston Villa – € 133 milhões
23º – Olympique de Marseille – € 130 milhões
24º – Roma – € 127 milhões
25º – Southampton – € 126 milhões
26º – Benfica – € 126 milhões
27º – Sunderland – € 125 milhões
28º – Hamburgo – € 120 milhões
29º – Swansea – € 118 milhões
30º – Stoke City – € 117 milhões

Nenhum comentário: