Imagem: Trivela
A Premier League está mesmo mais
rica, e médios ingleses já se igualam a grandes de outras ligas
Por: Leandro Stein
Para o Trivela
Ninguém questiona o posto da
Premier League como campeonato nacional mais poderoso da atualidade.
O último
relatório da consultoria Deloitte em seu tradicional Football Money League,
todavia, ajuda a dimensionar esta grandeza dos ingleses.
E impressiona pela
forma como os clubes do país se colocam entre os mais ricos do mundo.
Ainda que
apenas o Manchester United se coloque entre os cinco times com maior receita em
2013/14, todos os 20 participantes da elite do campeonato inglês estavam no Top
40 mundial.
Números impulsionados pelos novos acordos de TV no país, mas também
pelo aumento das possibilidades comerciais.
Pelo quinto ano consecutivo, o
Real Madrid aparece como o clube mais rico do mundo.
A conquista do décimo
título da Champions League ajudou os merengues a fazerem crescer ainda mais as
suas receitas, € 550 milhões no total, após acréscimo de € 37 milhões.
Na
sequência, os novos acordos de patrocínio e de televisão permitiram que o
United saltasse da quarta para a segunda colocação, com receitas € 95 milhões
maiores.
O Bayern de Munique também soube fazer mais dinheiro e permanece em
terceiro, enquanto o Barcelona se manteve no mesmo patamar financeiro e caiu
para a quarta colocação.
Por fim, completando o Top 5, o PSG se mantém graças
ao Catar, que corresponde a 69% de seu dinheiro.
A partir de então, o que se nota
é o domínio da Premier League. Manchester City, Chelsea, Arsenal e Liverpool
ocupam as posições abaixo no ranking, todos com receitas crescendo em pelo
menos € 65 milhões.
Apesar do sucesso esportivo, Juventus e Borussia Dortmund
surgem logo abaixo, com acréscimos não tão expressivos em suas contas.
Entre os
ingleses, o Top 20 ainda conta com Tottenham, Newcastle e Everton.
Milan e
Internazionale registraram perdas em 2013/14, com os nerazzurri ultrapassados
pelo Napoli.
Vice-campeão europeu e atual dono da taça de La Liga, o Atlético
de Madrid fez as suas receitas saltarem em € 50 milhões e subiram do 20º lugar
para o 15º.
Já o Galatasaray foi o único intruso no Top 20 que não disputa uma
das cinco grandes ligas, na 18ª colocação.
E, olhando para baixo, mais
Premier League. West Ham, Aston Villa, Southampton, Sunderland, Swansea e Stoke
City dominam da 21ª à 30ª posição.
Os Hammers, por exemplo, atualmente têm
receitas maiores do que gigantes como Olympique de Marseille, Roma e Benfica.
Já os Swans, que há dez anos disputavam a quarta divisão inglesa, estão à
frente do Porto, que dez anos atrás conquistava a Champions League sob o
comando de José Mourinho, ou o Ajax, tetracampeão continental.
Em compensação,
o Corinthians, único brasileiro a aparecer no Top 30 em 2014, caiu apenas para
o Top 50 do ranking, ao lado do Flamengo.
No fim das contas, o que a
Football Money League indica é que o dinheiro da televisão se tornou uma
maneira importante de cimentar o sucesso financeiro dos clubes.
E que, por mais
que os direitos de transmissão na Inglaterra sejam maiores do que nos outros
países, a divisão mais igualitária permite um crescimento geral, ao contrário
do que aconteceu na Espanha durante os últimos anos.
A partir de então, o
próximo passo para o crescimento está nos acordos comerciais e de patrocínio.
E
os valores que entram a partir das bilheterias do estádio, por mais que sejam
importantes em uma estrutura básica, tendem a ter uma importância cada vez
menor à medida que o fortalecimento econômico dos clubes acontece.
Neste momento, o modelo da
Premier League aparece como ideal.
E a tendência é que o dinheiro que jorra na
Inglaterra faça os clubes médios terem tanto poder de contratação quanto as
tradicionais forças de outras grandes ligas europeias.
Por mais que, de uma
maneira geral, a Champions League viva outro monopólio.
Enquanto a supremacia
comercial de Real Madrid, Barcelona, Bayern e PSG pesar tanto quanto a economia
dos grandes ingleses, a taça mais importante da Europa deverá se revezar entre
poucas mãos – por mais que os mata-matas do torneio deem brechas a surpresas,
como o Dortmund e o Atlético dos últimos anos.
Abaixo, o Top 30 da Football
Money League, com a receita de cada clube em 2013/14:
1º – Real Madrid – € 549 milhões
2º – Manchester United – € 518
milhões
3º – Bayern de Munique – € 487
milhões
4º – Barcelona – € 484 milhões
5º – Paris Saint-Germain – € 474
milhões
6º – Manchester City – € 414
milhões
7º – Chelsea – € 387 milhões
8º – Arsenal – € 359 milhões
9º – Liverpool – € 306 milhões
10º – Juventus – € 279 milhões
11º – Borussia Dortmund – € 261
milhões
12º – Milan – € 249 milhões
13º – Tottenham – € 215 milhões
14º – Schalke 04 – € 213 milhões
15º – Atlético de Madrid – € 169
milhões
16º – Napoli – € 164 milhões
17º – Internazionale – € 164
milhões
18º - Galatasaray – € 161 milhões
19º - Newcastle – € 155 milhões
20º – Everton – € 144 milhões
21º – West Ham – € 137 milhões
22º – Aston Villa – € 133 milhões
23º – Olympique de Marseille – €
130 milhões
24º – Roma – € 127 milhões
25º – Southampton – € 126 milhões
26º – Benfica – € 126 milhões
27º – Sunderland – € 125 milhões
28º – Hamburgo – € 120 milhões
29º – Swansea – € 118 milhões
30º – Stoke City – € 117 milhões
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