Imagem: Autor Desconhecido
Hoje, vou escrever sobre a
homenagem que o Slask Wroclav, da Polônia, prestou no dia da mulher, a Danuta
Siedzikówna...
Antes da partida contra o Legia
Warszawa, um enorme bandeirão foi erguido na arquibancada ocupada pelos
torcedores do Slask com a imagem de Danuta.
O estádio primeiro silenciou, depois
explodiu num aplauso único...
Rivais no futebol, os torcedores
de ambos os times se uniram e gritaram o nome da mulher cujo rosto estava estampado
na enorme bandeira.
Danuta, não era nenhuma cantora rebolativa...
Não era uma atriz glamorosa e nem
tão pouco uma líder feminista, ou ativista política...
Danuta foi enfermeira.
Pequenina e magricela, não era
nem feia e nem bonita, era uma menina comum...
E teria desaparecido nas sombras
da história, não fosse o seu triste destino e sua coragem bem acima do normal.
Danuta nasceu Guszczewina, em
1928 e, morreu em Gdánski, no ano de 1946.
Aos 11 anos, em 1939, assistiu as
fronteiras de sua Polônia serem ultrapassadas pelo Wehrmacht alemão...
17 dias depois, a leste, sem
aviso e sem declaração formal de guerra, o exército vermelho atacou o restava
do exército polonês e junto com os alemães subjugaram os poloneses.
Levada pelo turbilhão da guerra,
a pequena Danuta acabou convocada para ajudar a socorrer os feridos...
Sua mãe que participava da
resistência aos invasores, alemães e soviéticos, foi capturada e fuzilada pelo
Gestapo...
Sem família, já que seu pai havia
morrido no Irã, Danuta continuou seu trabalho de enfermeira, junto a resistência
polonesa.
Ao fim da guerra, com 18 anos,
Danuta Siedzikówna, foi presa pelos soviéticos e morreu sob tortura, acusada de
pertencer ao movimento anticomunista que surgiu após o conflito...
Na bandeira desfraldada pela
torcida do Slask Wroclav, estava escrito...
“Ela se comportou como deveria. É
de mulheres como esta que nós precisamos.”
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