Além das derrotas
Por Lauro Jardim
Para a coluna Radar On-Line
A lista de irritações da
diretoria do Flamengo com Vanderlei Luxemburgo era extensa.
Mas o que esgarçou de vez a corda
foi a oposição de Luxemburgo em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal do
Esporte – além, claro, do desempenho medíocre do time.
Luxemburgo se declarou contra a
proposta de o dirigente ser responsabilizado com os próprios bens por desvios
ou má gestão.
A medida é defendida com todas as
forças pelo Flamengo.
Ao posicionar-se contra um tema
tão caro à diretoria, Luxemburgo comprou uma briga grande demais – uma briga
que ele só poderia bancar se estivesse vencendo, vencendo e vencendo.
A lista de contrariedade se
estendia a uma agenda própria de Luxemburgo que, de acordo com a cúpula, se
manifestava sobre temas que não eram de sua alçada (como e Lei de
Responsabilidade Fiscal do Esporte) e dava entrevistas sem combinar nada com o
clube.
Irritava também o que um
dirigente do Flamengo classifica de “estilo Luxemburgo” de justificar os
resultados:
- Ele sempre se colocava na
seguinte posição: eu ganho, nós empatamos e eles perdem.
Os dirigentes do Flamengo não
negam, porém, que o que o derrubou mesmo foram os resultados em campo.
Se o time estivesse vencendo,
teriam que aturar Luxemburgo como ele é.
Com desempenhos pífios da equipe,
certas características do técnico ficaram insuportáveis.
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