Primeira Liga tem triplo do
público de Estaduais e jogos rentáveis
Por Rodrigo Mattos
Encerrada nesta quarta-feira com
o título do Fluminense, a Primeira Liga teve uma média de público que
representa o triplo do verificado nos Estaduais dos times participantes.
A maioria dos 21 jogos foi
rentável ao contrário das competições locais.
Houve boas audiências na Sportv.
As receitas com comercialização
do torneio, no entanto, ficaram bem abaixo da expectativa inicial.
A média de público ficou em
12.204 após a final entre Fluminense e Atlético-PR.
Os cinco Estaduais que têm os
times disputastes (MG, RJ, PR, SC e RS) têm número de pagantes que giram entre
2.500 e 5 mil por jogo.
Se fizermos uma média entre eles,
ficará em 3.500, menos de um terço da Primeira Liga.
Nem o Paulista com média em torno
de 6 mil chega perto.
Ressalve-se que não foram
disputadas as finais desses torneios.
Isso fez diferença em relação à
bilheteria para os clubes.
Das 21 partidas, 16 foram rentáveis,
enquanto cinco foram deficitárias.
Nos Estaduais, a maioria dos
jogos tem despesa maior do que a renda.
“Diante dos problemas, atendeu a nossa expectativa. É possível ser
melhor com certeza. Flamengo e Fluminense, por exemplo, não tiveram o Maracanã para
jogar. Se tivessem, é possível que tivesse atingido uma média do Brasileiro'',
afirmou o diretor jurídico da Primeira Liga, Eduardo Carlezzo.
Tanto que a final foi em Juiz
Fora, com público de 23.985, um número bem inferior ao que poderia ser recebido
no Maracanã.
No total, a renda dos jogos foi
de R$ 7,3 milhões.
Consideradas as 20 partidas antes
da final, sobraram R$ 4,256 milhões para os clubes, isto é, 63% – ainda não foi
possível obter a renda líquida da decisão.
Esse percentual é superior ao que
os times cariocas, por exemplo, costumam ficar de suas rendas nos Estaduais.
Isso porque as federações ficaram
com cerca de 6% do total, menos do que costuma ser cobrado no Rio.
A comercialização da competição,
no entanto, ficou abaixo da expectativa inicial.
O contrato de televisão foi de R$
5 milhões, bem inferior a Estaduais.
Os parceiros comerciais foram a
Kaiser e a Penalty.
Ou seja, arrecadou-se menos de
10% do esperado inicialmente que era de R$ 80 milhões.
Isso é atribuído pela Primeira
Liga à guerra contra a CBF que deixou a realização da competição na corda
bamba.
Por isso, uma reunião na próxima
segunda-feira deve definir o formato para 2017 para levar para uma negociação
com a confederação.
A ideia é usar sete datas,
aproveitando a pequena redução prevista para os Estaduais.
“A ideia é seguir avançando'', contou Carlezzo, que promete
divulgar os números financeiros da Primeira Liga em breve.
Haverá uma festa de encerramento
no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, na segunda-feira.
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