Como os Estados Unidos bancam e formam seus atletas
Por Felippe Hermes
120 anos após a realização das
primeiras olimpíadas modernas, os Estados Unidos chegaram nesta edição na marca
histórica de 1000 medalhas de ouro!
É um feito e tanto.
Para você ter uma ideia, é quase
3 vezes o resultado obtido pelos segundos no ranking, a União Soviética e 4
vezes o resultado do terceiro país, a Grã-Bretanha.
Ao contrário da União Soviética,
e de todos os demais países do mundo, os Estados Unidos conseguiram isso sem
que houvesse necessidade de um grande envolvimento do Estado junto aos atletas
olímpicos.
Até hoje, sequer as passagens
para os atletas são bancadas com dinheiro público, como tradicionalmente ocorre
no Brasil e em todos os demais países.
Quem banca os atletas?
O povo, por meio de doações.
A Olympic Foundation arrecada
anualmente US$ 20 milhões, com os quais subsidia cada um dos atletas que irão
competir nas olimpíadas, e aos vencedores, dedica um prêmio, que pode chegar a
US$ 25 mil em casos de medalhas de ouro.
E o governo com isso?
Bom, o governo cobra imposto
sobre o prêmio das medalhas.
Apenas Michael Phelps pagará US$
55 mil sobre os prêmios obtidos nas olimpíadas do Rio2016.
Essa, porém não é a única forma
como atletas se financiam.
Por meio de crowndfunding, 140
atletas arrecadaram US$ 750 mil para bancar sua ida ao Rio, assim como de
familiares, e do material necessário para algumas modalidades...
A USOC, Olympic Foundation, é
responsável ainda por bancar treinadores, equipamentos e outros custos de
atletas de ponta.
Em resumo: um bolsa atleta sem 1
centavo de dinheiro público.
Para chegar a ser um atleta
olímpico, porém, a maior parte dos esportistas conta com um incentivo ainda
maior: apenas nos últimos 5 anos, as universidades americanas destinaram US$ 35
bilhões em subsídio para esportistas, sendo 2/3 disso vindos diretamente do
público por meio de doações, além do patrocínio de empresas.
Quer cursar uma faculdade, mas
não sabe como pagar?
Entre para o time de basquete!
Jogue futebol, ou, seja bom em
natação.
Investindo na base e sem um
comitê central que defina quem deve ser a melhor ginasta do país, os EUA mostraram
por que ainda vai ser muito difícil para qualquer outro país atingir o primeiro
lugar no pódio.
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