Imagem: Trivela
A Portuguesa da Fita Azul
Por Leandro Iamin e Paulo Júnior
para o Trivela
Nem sempre o mundo foi tão
apressado e globalizado.
Houve um tempo em que gestos
valiam mais que números, e uma fita simbólica valia o mesmo que uma taça.
Na década de 50 uma excursão para
a Europa era um evento mais complexo que hoje, e sua importância era autoexplicativa.
Quando a Portuguesa de Desportos,
em 1951, resolveu passar um mês do outro lado do oceano e voltou invicta de lá,
aquilo era o pontapé inicial definitivo para o que, até hoje, é considerado o
auge do time do Canindé.
A Fita Azul era uma honraria
criada pela CBD, depois organizada pelo jornal A Gazeta Esportiva, e se
propunha a premiar as excursões invictas de times brasileiros.
Mas a Lusa conseguiu muito mais
que as três Fitas Azuis em 51, 53 e 54 (as duas primeiras indo para a Europa e
a do meio viajando pela américa): aquele time, com Julinho Botelho e Djalma
Santos, forneceu muito pé-de-obra para a seleção brasileira, abrigou
treinadores especiais como Aymoré Moreira e Oswaldo Brandão, teve Pinga, o
maior artilheiro até hoje do clube e, de quebra, venceu duas vezes o Rio-São Paulo,
um no Maracanã, outro contra o Palmeiras no Pacaembu.
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