Imagem: Natacha Pisarenko/AP
Tenho lido nas redes sociais críticas pesadas as meninas da seleção brasileira...
Algumas sensatas, porém, a maioria
escorrega na hipocrisia e na injustiça.
Sobre essas críticas, a melhor coisa
que li foi no blog do Menon...
“Não se pode exigir ouro aquém só
deu migalhas”.
Mais perfeito que isso...
Impossível.
No Brasil o futebol feminino sofre com o preconceito...
Qualquer mocinha que se aproxime
de uma bola, logo tem sua feminilidade contestada, como se isso tivesse uma
brutal importância.
Se não é isso, é o deboche...
Coisas do tipo: é ruim, é feio, é
chato ver mulher jogar.
Não, não é não...
Sinceramente?
O futebol feminino nos
Jogos Olímpicos, sob a ótica da entrega, da determinação, da garra e da vontade
de vencer, deu de dez a zero na maioria das partidas da Série C...
Aliás, da B e da A também.
Só não falo da Série D porque por
sorte ainda não vi ninguém e nem pretendo...
Masoquismo não é minha praia.
Aqueles que cobram a medalha de
ouro, provavelmente não sabem quase nada sobre a maioria das jogadoras que vestiram
a camisa da seleção...
Sou capaz de apostar que um
percentual bastante significativo não tem a menor ideia do nome do time em que
joga a Marta.
O clube é sueco e se chama FC
Rosengård...
Agora já sabem.
Além disso, os críticos, quase
todos, só param para ver as mulheres jogando, quando estão com a camisa
amarela...
Fora disso, quase nenhum, sabe
quais são as equipes femininas que existem no país e poucos, raros, já foram a
um estádio ver qualquer dessas equipes jogar.
Não vou entrar no desinteresse da
CBF, das federações e dos clubes...
Creio que todos já saibam que é
nenhum.
Portanto, não se pode exigir ouro
a quem só se deu migalhas.
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