segunda-feira, agosto 22, 2016

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram maravilhosamente imperfeitos...

Imagem: Vasily Fedosenko/Reuters


Se a abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foi apoteótica, deliciosamente surpreendente e a todos encantou...

A cerimônia de encerramento foi emocionante e graciosa.

Tenho a impressão que ficou demonstrado que os Jogos Olímpicos são inquestionavelmente o evento de maior peso no mundo do esporte... que me desculpe a FIFA e sua Copa do Mundo...

A diversidade de esportes, de cores, de raças, de cultura e de gêneros, produz um congraçamento que nenhuma outra festa global possui.

O futebol é um esporte arrebatador e a Copa contagiante, mas os Jogos Olímpicos são deliciosamente encantadores e sedutores...

A Olimpíada não nos reduz a um time ou nação, curiosamente, temos nossas preferencias, mas somos capazes de torcer desesperadamente por um desconhecido atleta de Nauru, Kiribati ou Tuvalu, da mesma forma que nos rendemos a um Usain Bolt, um Michael Phelps ou a inigualável equipe de basquete dos Estados Unidos.

Somos capazes de vibrar com a ginastas russas, da mesma forma que nos comovemos com Rafaela Silva e sua história de luta e superação...

Torcemos por Felipe Wu como se estivéssemos numa arquibancada.

Fitamos atônitos o esforço de Isaquias Queiroz, atleta que nem sequer conhecíamos e remamos com ele até a chegada, para depois aliviados vibrar com o seu segundo lugar...

No futebol, o segundo lugar não nos afeta, nas Olímpiadas nos leva ao nirvana.

Sim, os Jogos Olímpicos são incrivelmente cativantes...

O Rio de Janeiro, mesmo não estando pronto e preparado para a grandiosidade do evento, realizou uma OLÍMPIADA MARAVILHOSAMENTE IMPERFEITA.

Nós, brasileiros, nos sentimos gratos...

Por termos descoberto ou redescoberto, gente como Maicon Andrade, Erlon de Souza, Alison e Bruno, Martine Grael e Kahena Kunze, Ágatha e Bárbara, Robson Conceição, Poliana Okimoto, Thiago Braz, Arthur Zanetti, Arthur Nory, Diego Hypólito, Rafael Silva, Mayra Aguiar, Rafaela Silva, Felipe Wu, Isaquias Queiroz, aos rapazes do vôlei e aos meninos do Micale.

Mas, além deles, nos curvamos diante de todos que competiram sob nossa bandeira, dando o seu melhor e nos ensinando que não existe derrota para quem nunca desiste de sonhar...

Nos molhamos, suamos, corremos, saltamos, lutamos e sofremos com vocês.

Aos atletas de todo o mundo, nosso muito obrigado e nossas desculpas se nem tudo foi perfeito...

Estamos felizes por terem vindo e mais felizes ainda por sabermos que nos levarão no peito, nos querendo bem e sabendo compreender que somos assim, diferentes, no nosso modo ser.

Sejam todos felizes...

Agora é hora de voltarmos para nossa realidade e começar a consertar as bobagens que fizemos e dar início a construção de nosso pais...

IMPERFEITAMENTE MARAVILHOSO.

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