Imagem: Autor Desconhecido
Depois de ser demitido pelo
Fluminense após a derrota por 4 a 2, Levir Culpi deixou o Maracanã sem falar com
os jornalistas, mas, ontem, segunda-feira (07) divulgou uma nota, que no
mínimo, pode ser considerada diferente...
Estou “puto da cara”, mas preciso dizer algumas palavras.
Quero agradecer a oportunidade de fazer parte da história do Fluminense.
Trabalhar nove meses em um clube famoso por ser o que mais demite técnicos no
mundo tem também seu mérito. Dos times que trabalhei, o Flu é um dos mais
oscilantes no convívio entre vitória e derrota.
Conquistamos a Primeira Liga no ano mais difícil da história do Flu.
Devido à Olimpíada, nunca jogamos em casa. Só no dia 28 de outubro é que
fizemos o primeiro jogo no Maracanã.
Formamos um ambiente bom de trabalho, coisa também muito difícil de
conseguir porque o Flu estava dividido entre Laranjeiras e CT da Barra. E o
pior, terá eleições nesse mês. Sabe o que acontece num clube quando quatro
candidatos disputam a presidência?
Depois de tantos meses, ainda não sei o nome de todos os funcionários e
companheiros de trabalho, mas agradeço a torcida do Flu e todos àqueles que
torceram por nós.
Não me arrependo de nada. Fui demitido pelos erros que cometi e não por
influência de outros. Esses meses entre “céu” e “inferno” estarão inclusos no
livro “De volta ao inferno”, quando falarei sobre o retorno ao futebol
brasileiro depois de sete anos no Japão, com as passagens pelo Galo mineiro e
agora o Flu.
Assim como o livro anterior, “Um burro com sorte”, esse livro terá toda
a arrecadação revertida para o hospital Pequeno Príncipe, especializado em
atendimento de crianças e que merece o apoio de todos, mesmo dos que não gostam
de mim. Valeu!
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