Imagem: Correio do Povo
Futebol: violência na final da Série C sobra até para o árbitro
Na partida que deu título da 3ª divisão ao Boa Esporte, houve pancadaria dentro e fora de campo; juiz foi à delegacia relatar agressão de jogador do Guarani
A decisão da Série C do Campeonato Brasileiro foi pior do que imaginava qualquer torcedor do Guarani, quando viajou para Varginha para apoiar o time contra o Boa.
Além de perder por 3 a 0 e ficar com o vice-campeonato, o time campineiro foi citado na súmula do árbitro Marcos Mateus Pereira devido a confusão extracampo ocorrida após o apito final.
O juiz ainda relatou a agressão que sofreu do zagueiro Ferreira e afirmou ter feito Boletim de Ocorrência contra o jogador.
“Aos 16 minutos do segundo tempo expulsei de forma direta o atleta de número 3 da equipe do Guarani, senhor Antonio Ferreira de oliveira júnior, por desferir uma cotovelada na altura do peito de seu adversário de número 11, Rodolfo José, na disputa da bola, jogando-o ao solo”, registrou o árbitro na súmula.
“Após a expulsão, o atleta expulso veio em minha direção e me agrediu com um empurrão na altura do peito me jogando ao solo. Cabe salientar que o atleta teve de ser contido pelos seus companheiros até a entrada da Polícia Militar em campo e ofereceu resistência para sair do campo de jogo. O atleta atingido não necessitou de atendimento médico e continuou na partida. Foi lavrado o boletim de ocorrência”, prosseguiu o juiz no documento.
Ferreira deve sofrer uma punição severa do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), sem contar que terá que responder sobre o ocorrido na Justiça.
Vale lembrar que quando Dudu, do Palmeiras, trombou contra Guilherme Cereta de Lima, na final do Paulistão de 2015, contra o Santos, pegou uma suspensão de 180 dias.
Posteriormente, a sanção acabou sendo convertida para seis jogos.
Horas depois da final da Série C, o zagueiro Ferreira se manifestou sobre o episódio nas redes sociais.
Ele admitiu ter “perdido a cabeça” e pediu desculpas pela agressão ao árbitro.
“Infelizmente fui expulso hoje num lance que estou procurando entender até agora. Foi errado da minha parte te perdido a cabeça? Foi, mas naquele momento passou um filme na minha cabeça, o quanto trabalhamos com seriedade, comprometimento, empenho e etc… pra chegar nessa final, e ser manchado de uma forma tão covarde, não pude me conter. Peço desculpas a todos, garanto a vocês que não existe ninguém mais triste do que eu nesse momento”, disse o jogador.
Além da possível punição individual ao jogador, o Guarani corre o risco de sofrer sanção como clube por causa da confusão causada pelos torcedores ao fim da partida.
Membros da torcida do time de Campinas deixaram um rastro de destruição no Estádio do Melão, em Varginha.
A eventual punição pode ser mais severa porque o Guarani seria reincidente.
O clube paulista só jogou a partida de ida da decisão no Brinco de Ouro da Princesa por causa de um efeito suspensivo, pois perdeu um mando de campo por incidentes no duelo contra o ASA, pelas quartas de final da Série C.
Na súmula, o árbitro registrou a confusão.
“Após o término da partida iniciou-se um tumulto generalizado no setor do estádio onde se encontrava a torcida do Guarani. Corrimões metálicos foram arrancados pelos torcedores e jogados arquibancada abaixo. Foi necessário a intervenção da Polícia Militar. Até o final da confecção desta súmula a PM ainda não havia finalizado o boletim de ocorrência dos fatos ocorridos no estádio”, disse o árbitro, que anotou também a interrupção da partida causada pelo uso de sinalizadores por torcedores presentes na área destinada ao Guarani nas arquibancadas.
Fonte: Veja (com Estadão)
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