Imagem: Arquivo
US$ 5 milhões: por que o intervalo do Super Bowl vale tanto?
Apenas a alta audiência do evento não é suficiente para explicar
valores tão altos
Por Duda Lopes
No próximo domingo, a Fox
transmitirá o Super Bowl para os Estados Unidos. Neste ano, o valor cobrado por
30 segundos de comercial no intervalo do evento teve um novo recorde e chegou a
US$ 5 milhões.
Esse é o valor mais caro para um
anúncio na televisão em todo o mundo, e a altíssima audiência da transmissão
não é suficiente para entende-lo.
Obviamente, o número de pessoas
alcançadas tem um enorme peso nessa conta.
Em 2016, 111,9 milhões de pessoas
pararam para assistir ao Super Bowl nos Estados Unidos, o mais rico mercado do
planeta.
Em 2014, durante a apresentação
musical de Katy Perry, a audiência chegou a 118,5 milhões, um recorde do evento
americano.
Mas é o status de anúncio do
Super Bowl que tornou essa propriedade tão valiosa nos últimos anos.
Hoje, estar no intervalo do
evento não é como estar em outro espaço qualquer da televisão; os comerciais se
tornaram parte da atração.
Parece exagero, mas não é.
Um levantamento divulgado na
última semana pela NRF, a associação de varejo dos Estados Unidos, mostrou que
apenas 43% da audiência do Super Bowl entende que a parte mais importante do
jogo é o jogo em si.
Para 24% dos americanos que param
para assistir à partida, a parte mais significante da transmissão é o intervalo
comercial.
As propagandas ficaram na frente
de “sair com amigos”, com 15% das respostas, e o show musical no meio do
evento, com 12% das respostas.
Com todo esse interesse, as
empresas que apostam no Super Bowl recebem uma valorização acima do comum.
Em outra pesquisa revelada nos
últimos dias, a consultoria MGID tentou responder à pergunta: comercial no
Super Bowl vale a pena?
Com questionário que passou por
500 pessoas, a empresa tentou elucidar o mercado.
Segundo 39,6% dos entrevistados,
um comercial no Super Bowl muda positivamente a percepção de uma marca.
O levantamento também mostrou que
32,5% dos consumidores estariam mais dispostos a comprar um produto caso ela
aparecesse nesse espaço publicitário.
E 43,1% dos entrevistados
afirmaram que gostariam de rever na internet os comerciais exibidos.
Por fim, segundo a Nielsen, hoje
o Super Bowl consegue ter pluralidade de gênero em sua audiência.
Em janeiro de 1967, na primeira
transmissão do evento, apenas 34% dos telespectadores eram mulheres.
Hoje, esse número está em 47%.
No Super Bowl deste ano, um dos
anunciantes será a Honda, que apresentará a nova versão do veículo CR-V. Ao
site Business Insider, a vice-presidente de marketing da empresa, Susie
Rossick, respondeu se o intervalo do evento valia o investimento.
“É claro que tem sempre a sensação de que é algo que não vale a pena se
envolver, mas nós ainda valorizamos isso como uma ótima plataforma de
introduzir um veículo no mercado. São 110 milhões de pessoas e ninguém se
afasta quando os comerciais são exibidos. Eles assistem e se envolvem”,
afirmou a executiva.
Os valores, claro, assustam.
Para citar um único exemplo, a
Anheuser-Busch usará quatro marcas durante o Super Bowl.
Caso opte por apenas um comercial
para cada, com um minuto cada um, serão US$ 40 milhões em compra de mídia para
um único evento.
Em 2018, será a vez da NBC exibir
o Super Bowl.
E a emissora terá que se
perguntar se o mercado aguenta mais um aumento de preço para o espaço
publicitário.
Por ora, parece que sim.
Abaixo alguns comerciais da Kia que serão apresentados no Super Bowl...
São sensacionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário