sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Amigos precisam ser sinceros sempre, pois nem sempre estamos certos...

Carlos Eugênio Mendes Cleto e Mario Sérgio Figueiroa são meus amigos, o primeiro a 40 anos e o segundo a cerca de uns 19 ou 20, se não estou enganado e ambos têm sobre mim, a mesma opinião: “Ser seu amigo não é tarefa fácil, pois sua sinceridade chega a ser cruel”!


Mas por outro lado, ambos costumam dizer que sou um desses sujeitos com quem se pode contar para o que der e vier...


Exagero a parte, tenho que concordar com o Cleto e o Mário que costumo ter posições, e isso, tem me custado alguns dissabores com elação aos que preferem a omissão ou a bajulação.


Certa vez, um amigo me procurou para tratar segundo ele, de um assunto muito sério e pessoal – estava propenso a deixar sua esposa - e eu, me dispus a ouvir, afinal, amigos mais que boca, tem que ter ombros e ouvidos sempre disponíveis (em alguns casos bolso também).


Fomos jantar e depois, fiquei horas a fio a vê-lo consumir doses de uísque e a falar sobre seu descontentamento com o casamento e sua esposa...


Foi um longo discurso, por vezes afetado, por vezes repleto de mágoas, mas sempre fazendo questão de se eximir de qualquer culpa – dizem que isso é normal – vá lá que seja, mas acredito que encontrar um ou outro defeito em si mesmo, ajuda a angariar a simpatia do interlocutor em ocasiões assim.


Quando finalmente ele parou, veio momento que eu mais temia: ele me olhou e disse – o que você acha, preciso de sua opinião?


Em resposta, lhe devolvi: “você tem certeza que quer saber o que eu penso”?


Ele disse: “claro porra, somos amigos e o procurei por confiar em seu bom senso”!


Muito bem disse eu, vamos lá...


Você é casado há 20 anos e, levou esse tempo todo para descobrir todos esses defeitos em sua mulher?


Caramba vai ser lerdo assim no inferno!


Não conte mais isso para ninguém, pois vai parecer que você está assinando um atestado de burrice.


Mas, por outro lado, vamos aos fatos:


Quando vocês se conheceram na faculdade, você era um Zé Mané, que vivia a filar cigarro, carona e uns trocados da rapaziada por estar sempre duro..

.

Você era inteligente, agradável, estudioso, gente boa e um monte de coisas mais – mas, era duro!


Ela te conheceu assim não foi?


Pois bem, você bem sabe que todos comentavam que você era um cara de sorte, pois mesmo sendo pobretão, tinha conquistado uma das meninas mais bonitas e gostosas da turma...


Ela por sua vez, costumava dizer que você era um sujeito especial, tinha vontade, tinha garra, tinha alegria e era confiante: essas eram algumas das razões que ela usava como justificativa diante das amigas, mas havia a mais importante a meu ver – ele amava o que você era e não, o que você tinha!


Pois bem, vou encurtar...


O tempo passou, ela ficou velha, você também, mas acho que ainda não lhe caiu a ficha...


Você virou um profissional de primeira linha, ganhou respeito, fama e melhor: ganhou grana, muita grana!


E é aí que eu acho que está a questão...


Posso estar errado, mas é assim que vejo essa situação.


Você se acha um cinqüentão ainda aprumado (também acho) e sua mulher tem hoje, 49 anos...


Ela ainda é bonita, mas aos seus olhos, perdeu o encanto – creio ser normal, afinal a convivência e a intimidade causam estragos mesmo.


Como quase todo cinqüentão que ganhou grana e ficou poderoso, você começou a se questionar sobre os prazeres que a grana podia comprar e a sedução que o poder podia realizar...


Rico, dono de negócios importantes, amigo dos caras e todas aquelas menininhas dando sopa...


Por que não?


Por que ficar preso a uma mulher de 49 anos, quando centenas de “gatinhas” dariam tudo para passear no seu barco e andar numa das três porcarias que você vive a se vangloriar de serem máquinas potentes, caras e coisa e tal...


Quem não gostaria de lhe fazer companhia, em suas inúmeras viagens transatlânticas de negócios?


Você ganhando grana a cada contrato fechado e ela a flanar descompromissadas, gastando parte da grana que certamente não lhe fará falta.


Afinal, a noite compensará não é?


Pois bem, o tempo lhe garantiu inúmeras conquistas, mas também lhe infectou com o vírus da hipocrisia...


Preferia quando você chegava de mansinho e envergonhado dizia: “Fernando, estou duro, tu tem um trocado que possa me arranjar e um cigarro”?


Aquilo era sincero, mesmo que fosse aos olhos da maioria, humilhante.


Faça assim, diga que cansou de estar casado, diga que está querendo cair na gandaia e “comer” o maior número possível de gatinhas doidivanas que pululam as noites e as festas que você freqüenta...


Se você me disser isso, vou compreender e até lhe dar apoio, mas pintar sua mulher como uma mala, uma chata e um estorvo, não dá...


Desculpe, mas não dá mesmo!


Estático, meu amigo permaneceu calado, pediu a conta e fez um gracejo: “essa eu pago, é para compensar os muitos trocados que te devo” (risos).


Despedimos-nos e cada um seguiu seu rumo...


Continuamos grandes amigos, ele continua casado e talvez, até “coma” algumas menininhas por aí – não dá para ser perfeito e hipocrisia faz parte da vida cotidiana de todos nós.


Fiz esse longo contorno, para mostrar que amizade não pode estar baseada na máxima troncha de que amigo nunca tem defeito – os meus tem, eu tenho e se qualquer um deles disser que não tenho, estará mentindo.


Portanto, me sinto a vontade para rebater meu amigo Pedro Neto que hoje, ao menos a meu ver, cometeu um deslize ao postar em seu blog, sua opinião sobre a reivindicação do Maranhão e do Piauí, que desejam entrar na Copa do Nordeste...


Sob o título “Não será para bom ninguém a entrada dos dois”, o texto diz o seguinte:


A intenção das Federações do Maranhão e Piauí de participarem da Copa do Nordeste parece que ficará apenas na vontade.

São vários os problemas para que os dois estados venham participar da Liga do Nordeste.

Entre eles podemos citar: A distância dos dois estados em relação aos demais da região. O custo/beneficio com a entrada dos dois estados na Liga. O regulamento da competição que não permite a entrada de outras equipes se não houver unanimidade entre os clubes que fazem parte da Liga.

Como se tudo isso não bastasse não vejo atrativo algum na entrada das equipes dos estados do Piauí e Maranhão, com todo respeito aos estados e aos clubes, entretanto isso é a mais pura realidade.

Não tenho a menor dúvida de que a Copa do Nordeste continua sendo a menina dos olhos dos grandes clubes nordestinos, contudo, será preciso uma união de forças entre as Federações de futebol, Liga, dirigentes, clubes e a sociedade que gosta de futebol como num todo, afinal, estamos falando em alguns milhões de reais nos cofres dos nossos clubes.

Os dirigentes da Liga do Nordeste e os dirigentes dos clubes têm todo o direito de pensar diferente do que penso, entretanto, temos que olhar pelo lado financeiro, então, olhando assim, não existe a menor possibilidade da participação dos estados, todavia, os dirigentes é que deverão decidir.

Se analisarmos friamente os estados do Maranhão e Piauí estão muito mais para a região Norte do que para o Nordeste. Comidas, costumes, tradições, traços e outros principalmente a localidade.

A razão sempre deve estar acima da emoção!


Bem, não concordo com nada do que Pedro escreveu, mas respeito seu ponto de vista e por respeitar, parto para o debate, pois considero que é através da discussão amparada em bases intelectuais é que se pode buscar o aperfeiçoamento.


Piauí e Maranhão são estados geograficamente nordestinos e, portanto, excluí-los seria amputar parte do corpo, seria aleijar a região...


Pedro em defesa de sua tese, afirma que são vários os problemas que impedem a participação dos dois estados, mas cita apenas três:


A distância física de ambos, o custo/benefício dos dois em relação à Liga e por fim, o regulamento da Liga que segundo Pedro, só permite novos participantes, com anuência unanime de todos os seus membros...


Certo, coloco aqui os meus questionamentos:


Natal é mais distante de Teresina do que é de Salvador?


A viagem de Fortaleza para São Luis é mais longa que para Maceió?


Creio que não.


Por outro lado, o que significa custo/benefício nesse caso?


Excluir as populações de Teresina e São Luis é um benefício?


Perder a possibilidade de aumentar a venda das cotas de TV é benefício?


Incluir o Sampaio Correa, o Moto Clube, o Flamengo e o River, implicaria em que custos?


Eles encareceriam mais a competição do que Sergipe, Confiança, Treze, Campinense, América, ABC, CRB, CSA e os outros?


Como?


Quanto?


Pedro também afirma que não vê nenhum atrativo na participação dos dois estados...


Discordo!


As torcidas de Sampaio e Moto, são tão apaixonadas quanto às de América e ABC e, posso quase afirmar que a média de público desse clássico, não fica a dever a quase ninguém na região.


Meu filho jogou no Sampaio, participou do clássico – pergunte a ele, como estava o estádio?


Pergunte como foi à pressão antes durante e depois do jogo e por fim, pergunte o que é jogar 45 minutos com a torcida do Moto fungando no seu cangote, tendo apenas um alambrado como proteção?


O mesmo se pode dizer de Flamengo e River...


Paulo Moroni está por aqui, pergunte a ele?


Sampaio, Moto, River e Flamengo, fazem parte de Estados pobres é verdade, mas nós potiguares, somos ricos?


A Paraíba é rica?


Alagoas é um oásis?


E a Bahia, é a nossa Dubai?


Recife é por acaso Paris?


Não!


Somos todos pobres no frigir dos ovos, talvez uns andem de bicicleta, outros de ônibus e uns poucos tenham bons carros, mas no fim das contas, somos pobres...


Em relação ao lado financeiro, creio que acima já deixei alguma impressão, mas deixo mais uma questão:


Não é mais fácil lotar qualquer estádio no Maranhão e no Piauí, diante de um Sport, Santa Cruz, Bahia e Vitória que o contrário?


Não me espantarei se a torcida do Moto colocar mais gente em seu estádio diante do ABC ou do América que vice-versa.


Em relação aos costumes, comidas e tradições, não creio que sejam esses fatos excludentes, pois não me consta que fora Maranhão e Piauí, os outros estados sejam absolutamente homogêneos.


Pois bem, creio que já fui prolixo demais, portanto encerro por aqui, certo que Pedro Neto não teve nenhuma intenção de ser preconceituoso ou de menosprezar os Estados do Maranhão e do Piauí...


Acredito que se ao contrario do que afirma, ao final de seu texto, se realmente racionalizar, Pedro verá que sua posição foi apenas um deslize, um descompasso com o verdadeiro Pedro Neto, sujeito que conheço e admiro!



O maestro...

Imagem: Picture Alliance

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

A canção da Copa do Mundo de 2010 - "Oh África"...

O cantor que interpreta “Oh África”, música oficial da Copa do Mundo da África do Sul, não é sul-africano e sim americano de descendência senegalesa, e seu nome é Aliaune Badara Akon Thiam.


Akon, como é mais conhecido, nasceu em Saint Louis no Missouri, fala inglês, francês e uolófe (língua falada na África Ocidental – Senegal, Gâmbia e Mauritânia) e é filho do percussionista de jazz Mor Thiam.


Interprete de Rythm & Blues e Hip Hop, Akon deu os primeiros passos na música aos 15 anos, gravando em casa suas canções.


Incentivado pelo pai, Akon acabou por ser contratado pela SRC/Universal...


Abaixo, o vídeo da canção “Oh África”







Novas músicas...



A direita da página, abaixo das bandeiras que indicam a nacionalidade dos visitantes, ou país onde estão realizando a conexão, está à seção Hinos de Clubes e Músicas de Torcidas - Football Songs...


Nele, você encontra as músicas dedicadas ao Fenerbahçe da Turquia e Werder Bremem da Alemanha, mas hoje, postei mais quatro músicas: Steua Bucharesti da Romênia, KSP Warszawa da Polônia, Khazar Lankaran do Azerbaidjão e BVB Borussia Dortmund da Alemanha.


Bem, a demora em postar novas músicas, ficou por conta da dificuldade em encontrar arquivos de boa qualidade, porém, andei pesquisando e encontrei, arquivos com a qualidade que faço questão que tenham...


Divirtam-se.

Chamar a polícia na Áustria é um prazer...

Imagem: Autor Desconhecido

ABC segue líder, América perde e o clima esquenta na cúpula do futebol potiguar...

Uma varanda, um balde gelo, uma Coca-Cola de 2 litros, um cinzeiro, o cigarro e ouvidos atentos na transmissão...


A quarta-feira prometia ser quente, mas acabou sendo bem mais quente – e põem quente nisso!


Mas, comecemos do começo – isto é, dos jogos em andamento e de seus resultados.


Corintians e Potiguar de Mossoró, em Caicó, empataram em 1x1...


Esse resultado tirou do Corintians a segunda colocação e deixou o Potiguar em perigo – isso me lembra que o meu amigo Lupercio Luiz deve estar bem aborrecido, mas imagino que ele já esperasse por algo assim, afinal, a direção do clube não se mostrou muito empolgada em fazer um time competitivo.


O Baraúnas teve que se deslocar até ASSU para enfrentar o Centenário de Pau dos Ferros, em virtude do estádio Leonardo Nogueira estar interditado por falta dos laudos liberatórios do Corpo de Bombeiros.


Bem, ASSU não é tão distante assim, mas como também a campanha do Baraúnas não anda lá essas coisas, imagino que o torcedor mossoroense, não tenha se sentido motivado a pegar a estrada e torcer pelo tricolor – seja como for, o certo é que o Baraúnas acabou empatando em 0x0 com o ainda surpreendente Centenário.


Mas voltemos à varanda e ao som ligado na transmissão dos jogos mais importantes da noite: ABC e Santa Cruz e Potyguar de Currais Novos e América.


Lá no Maria Lamas Farache, o ABC recebeu o Santa Cruz e venceu – 2x0 foi o placar.


Pelo que ouvi e depois, pelo que li, o ABC ainda não conseguiu uma melhora significativa, dede o jogo contra o Corintians (jogo que vi e não gostei do que vi), mas venceu e para o torcedor, vale o que está escrito...


Portanto, mesmo jogando um futebol sem brilho, o ABC é o líder isolado da competição e, com a derrota do América em Currais Novos, vai para o clássico de domingo numa posição bem mais confortável que seu rival.


Se vencer coloca 8 pontos na frente dos rubros e os despacha do primeiro turno e, se houver tropeços de Potyguar de Currais Novos e Corintians, o alvinegro fica muito perto do título do primeiro turno.


Na outra partida, o América foi a Currais Novos e enfrentou o Potyguar e, perdeu por 2x1...


Surpresa?


Nenhuma!


Afinal, o que se podia esperar, depois de uma semana onde a direção aceitando a pressão de uma parte da torcida, demitiu açodadamente o treinador Paulo Moroni (foi demitido invicto e na vice-liderança do campeonato) e, acabou se desentendo?


É claro que todo esse imbróglio desestabilizou o já instável time americano.


Como o Potyguar de Currais Novos não tinha nada haver com isso, venceu e ele, Potyguar, é agora, o vice-líder...


Segundo pude sentir pela transmissão, o placar foi justo, mas como o clima é instável, sujeito a chuvas e trovoadas, bastou à partida terminar, para que a tempestade desabasse.


João Maria Belmont, no momento ocupando um cargo diretivo no América, em entrevista a rádio Globo, fez declarações fortes, acusando o Coronel Ricardo Albuquerque, presidente da Comissão de Arbitragem de estar sendo conduzido pela direção do ABC na escolha dos árbitros: “Dentro da Federação quem está mandando é povo do ABC, eles é que estão escalando os árbitros”.


Não satisfeito, João Maria Belmont, disparou contra o Presidente de Federação, o advogado José Vanildo: “José Vanildo tem arranjar bolas boas, mas se ele está recebendo dinheiro para colocar bolas ruins, ele que divida o dinheiro com os clubes”.


Que me perdoem meus colegas, mas dizer que tal reação é normal e que, tudo é fruto de uma derrota e do aborrecimento que tal derrota causou, é um pouco demais...


O que Belmont disse, não foi um desabafo...


Belmont fez sérias acusações contra um Coronel PM, respeitado pela corporação, pela sociedade e reconhecido por todos como um homem integro, decente, honesto e equilibrado...


Belmont, ao declarar que o José Vanildo poderia estar se locupletando do acordo firmado com a Rhumell (empresa que fornece as bolas para o Campeonato Estadual) foi além do desabafo, lançou dúvidas sobre a honradez pessoal não só do presidente da FNF, mas do cidadão, do advogado e do conselheiro da OAB/RN, José Vanildo.


Não quero julgar João Maria Belmont, não me cabe, mas espero que ele, tenha como explicar cada palavra, pois ao terminar a transmissão, liguei para José Vanildo e o Coronel Ricardo e ambos deixaram claro que amanhã, irão tomar as medidas cabíveis.


Infelizmente não tenho o telefone de Belmont, gostaria de tê-lo ouvido também.


Ah, a Coca-Cola acabou, mas o céu está bonito, ainda tenho cigarros e agora, vou ler o livro de Hans Magnus Enzensberger: Hammerstein ou a obstinação.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Se algum dia for preso, tomara seja na Áustria...

Imagem: Autor Desconhecido

O bom senso, poderia ter evitado tudo o que aconteceu...

Havia mesmo razão para que a decisão de demitir Paulo Moroni fosse tomada de forma tão açodada?


A pergunta tem uma única razão: qualquer decisão implica que havia escolhas, então, se escolhas havia, por que não esperar?


Por que não aguardar algumas horas, reunir os interessados e levar ao presidente suas razões?


Não foi elegante da parte do grupo que comanda o futebol do América, tornar pública a decisão, sem antes sentar com seu presidente.


Poderiam até mesmo, sabedores que eram das preferências pessoais de José Maria Figueiredo, ter preparado o terreno com mais sabedoria – nada seria mais civilizado e maduro – bastava solicitar uma reunião de emergência com Figueiredo e nela, ponderar sobre a necessidade de mudar o treinador...


Argumentos racionais, que até poderiam estar amparados na tal antipatia da torcida por Moroni e na própria falta de convicção que alguns dirigentes tinham sobre a capacidade de Moroni ser aquilo que esperavam...


Por fim, como um ato de gentileza e de “malandragem”, poderiam ter solicitado a José Maria Figueiredo sua opinião sobre um possível substituto, mas já de antemão, combinados a sacar outros nomes e usá-los para minar o desejo de José Maria de ter Ferdinando Teixeira outra vez no comando da equipe.


Seria com certeza uma reunião dura e difícil, mas teriam eles – o grupo que comanda o futebol do América – dado a José Maria Figueiredo uma saída honrosa e sustentada pelo consenso.


Mas, infelizmente, as reações foram emocionais e emocionadas, e como tal, acabaram abrindo uma ferida que mesmo que seja suturada, custará a cicatrizar.


Se Alex Padang renunciar a renuncia, voltará triunfante e vencedor, mas exporá o presidente do América e o deixará diante de todos numa posição de total fragilidade.


Se José Maria Figueiredo fincar pé e contratar Ferdinando Teixeira, perderá um de seus mais atuantes colaboradores e, certamente, perderá outros apoios...


Em fim, talvez a solução devesse partir do próprio Ferdinando, que poderia vir a público e dizer que agradecia a lembrança, mas que em virtude de seu nome “rachar” o América, declinava o convite...


Mas, seja lá como for uma coisa é certa, faltou maturidade e acima de tudo, faltou conhecimento sobre certas regras não escritas de como evitar um confronto desnecessário.


Em 1881, Frederico Francisco de la Figanière, um diplomata monárquico português da segunda metade do século XIX, publicou seu opúsculo – Quatro regras de diplomacia – hoje démodé, diante das radicais mudanças sofridas pela diplomacia mundial, mas que lido com atenção e trazido para a vida cotidiana, evitaria inúmeros desgastes e transtornos.


01 - Servir a pátria, mais do que aos governos, conhecer profundamente os interesses permanentes da nação e do povo aos quais serve; ter absolutamente claros quais são os grandes princípios de atuação do país a serviço do qual se encontra.


02 - Ter domínio total de cada assunto e, dedicar-se com afinco ao estudo dos assuntos de que esteja encarregado, aprofundar os temas em pesquisas paralelas.


03 - Adotar uma perspectiva histórica e estrutural de cada tema e, situá-lo no contexto próprio, manter independência de julgamento em relação às idéias recebidas e às “verdades reveladas”.


04 - Empregar as armas da crítica ao considerar posições que devam ser adotadas por sua delegação; praticar um ceticismo sadio sobre prós e contras de determinadas posições; analisar as posições “adversárias”, procurando colocá-las igualmente no contexto de quem as defende.


05 - Dar preferência à substância sobre a forma, ao conteúdo sobre a roupagem, aos interesses econômicos concretos sobre disposições jurídico-abstratas.


06 - Afastar ideologias ou interesses político-partidários das considerações relativas à política externa do país.


07 - Antecipar ações e reações em um processo negociador, prever caminhos de conciliação e soluções de compromisso, nunca tentar derrotar completamente ou humilhar a parte adversa.


08 - Ser eficiente na representação, ser conciso e preciso na informação, ser objetivo na negociação.


09 - Valorize a carreira diplomática sem ser carreirista, seja membro da corporação sem ser corporativista, não torne absolutas as regras hierárquicas, que não podem obstaculizar a defesa de posições bem fundamentadas.


10 - Não faça da diplomacia o foco exclusivo de suas atividades intelectuais e profissionais, pratique alguma outra atividade enriquecedora do espírito ou do físico, não coloque a carreira absolutamente à frente de sua família e dos amigos.


Bem, sei que é desnecessário, mas para que o leitor entenda onde quero chegar, é preciso mudar uma ou outra coisa, ajustando para o assunto em questão.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

O golpe superou a tentativa de defesa...

Imagem: Schwantz

No domingo passado, dia 31, esse blog já sabia que o nome era Ferdinando Teixeira - José Maria Figueiredo é presidente de direito e de fato.

No domingo, dia 31 passado, na postagem “América assume a vice-liderança”, afirmei que Ferdinando Teixeira era o nome preferido por José Maria Figueiredo e hoje, pelo que leio nos blogs, acertei.


Não estou escrevendo para me vangloriar, nada disso...


Não uso esse blog para disputa de furos, tenho outra visão sobre o assunto, mas isso é outra história.


Quando escrevi sobre o assunto, o fiz por conhecer José Maria Figueiredo e, já havia ouvido dele, que não era favorável a saída de Paulo Moroni, mas que se isso acontecesse, seu nome era Ferdinando e não aceitaria vetos.


Pois bem, José Maria Figueiredo é um home de posições, e o foi, quando dirigia a DEMEC e deixou o cargo por não concordar com determinadas posturas da liderança política que o tinha indicado para o cargo...


Preferiu sair e voltar para sua escola ainda pequena e transformá-la naquilo que é hoje.


Continua sendo, quando se mantém em solitária oposição em Nísia Floresta...


Assim como, também o foi, quando exigiu que funcionários ícones do clube, trabalhassem e não vivessem à custa do clube e da fama obtida à custa do clube.


José Maria Figueiredo pode não ser o melhor sujeito do mundo, mas tem posições e isso, numa sociedade onde recuos movidos por interesse são a tônica, incomoda e perturba.


O perigo em José Maria Figueiredo é que se pressionado, ameaçado ou aborrecido, “chuta o pau da barraca” - e se o fizer, não vai para casa, amuado e tristonho: dirá em alto e bom som, suas razões.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Duvido que alguém tenha coragem de fazer alguma gracinha com a cor do uniforme do rapaz...

Imagem: Picture Alliance

Paulo Moroni, vice-líder e invicto, caí...

Caiu o técnico Paulo Moroni!


Caiu mesmo ou foi empurrado?


Desculpem, não vi, estou longe, mas se Moroni for ao ITEP e submeter a um exame, lá irão constatar que Moroni não caiu, mas foi empurrado...


E que empurrão!


Dizem alguns que ele não tinha empatia com a torcida e com alguns dirigentes do América...


Bem, pelo que percebo qualquer dia o América irá ficar restrito a alguns nomes, pois a torcida e alguns dirigentes americanos têm uma capacidade imensa de antipatizar com treinadores.


Mas isso é problema deles e não meu!


Outros afirmam que Moroni não tem o perfil necessário para ser treinador da equipe rubra...


Argumento chinfrim e totalmente vazio – chinfrim pela pobreza intelectual e vazio por não conceituar o que venha a ser o tal perfil exigido.


Mas talvez eu esteja querendo muito, ao esperar que do futebol saia algum tipo de argumento intelectualmente claro e sólido...


O clichê, “futebol é resultado”, parece findar qualquer contra argumentação; parece mais não finda, pois a própria vida é resultado – os mesmo que hoje empurraram Moroni escada abaixo, são fruto do resultado da luta de milhões de espermatozóides pela fecundação – pelo que vejo na humanidade, Deus deveria ser demitido, pois os resultados obtidos com a sua maior criação, o homem, são bastante duvidosos.


Mas enfim, Paulo Moroni não é mais treinador do América, e daí?


Logo, logo, as “cornetas” estarão tocando nos treinos e no Machadão por trás do banco americano, regidas pelos mesmos “maestros”.


“Existem mais coisas entre os gabinetes de diretores, redações e o campo de futebol, que nossa vã filosofia pode imaginar”.

A fisionomia dos torcedores, contradiz o cartaz...

Imagem: Rui Paulo Oliveira

O ranking das maiores dívidas do futebol brasileiro...

Apenas 1/3 dos clubes brasileiros da primeira divisão, conseguiram apresentar resultados operacionais positivos, todos os outros, estão “atolados” em dividas – essa é a conclusão da Casual Auditores Independentes, ao apresentar os dados de seu último relatório sobre a situação financeira dos principais clubes de futebol do Brasil.


O mais interessante é que ainda, segundo a Casual Auditores, alguns desses clubes vivem um paradoxo: mesmo tendo um aumento considerável de suas receitas e apoiados na “Timemania” para saldar suas dividas como o Estado, o valor dos endividamento dos clubes continua a crescer...


O fato novo foi o Flamengo, que “perdeu” a primazia de ser o clube mais endividado do país, para o Vasco da Gama...


Outro que junto com o Vasco “ascendeu” nesse triste ranking, foi o Fluminense, que agora, ocupa a terceira posição.


A lista dos clubes e suas respectivas dívidas (valores em real):


01 – Vasco da Gama: 377.854.000

02 – Flamengo: 333.328.000

03 – Fluminense: 320.721.000

04 – Atlético Mineiro: 283.334.000

05 – Botafogo: 265.424.000

06 – Corinthians: 255.164.000

07 – Palmeiras: 197.229.000

08 – Internacional: 176.906.000

09 – Santos: 175.565.000

10 – Portuguesa de Desportos: 155.598.000

11 – Grêmio: 154.638.000

12 – São Paulo: 148.380.000

13 – Cruzeiro: 131.578.000

14 – Vitória: 91.313.000

15 – Coritiba: 52.994.000

16 – Náutico: 49.857.000

17 – Atlético Paranaense: 37.028.000

18 – Paraná Clube: 27.303.000

19 – Figueirense: 10.940.000

20 – São Caetano: 3.137.000

21 – Barueri: 539.000


América e ABC estão à frente do Barueri, pois o América tem hoje uma dívida de 1.000.000 e o ABC, algo em torno de 2.500.000

No rúgbi não tem meio termo, ou vai ou racha...

Imagem: L'Equipe

América assume a vice-liderança...

Ouvir é diferente de ver, mas o hábito de ouvir, aliado ao fato de se conhecer quem fala e o assunto em questão, ajuda na avaliação...


Pelo que ouvi o jogo entre América e Alecrim no primeiro tempo, foi de dar sono no mais entusiasmado torcedor, mesmo os alecrinenses que vibraram após o gol de Felipe Moreira, devem ter ficado aborrecidos.


No segundo tempo, a narração mais empolgada, demonstrou um maior empenho dos jogadores, só não posso afirmar se esse empenho foi acompanhado por uma melhora técnica, mas, porém, como os lances de ataque se tornaram mais freqüentes e Berg, Nego e depois, Ivson fizeram a galera vibrar, fiquei com a impressão que a fase final do jogo foi bem mais divertida que a primeira.


Agora, não é preciso estar presente para perceber que existe mais que uma insatisfação em relação ao técnico Paulo Moroni, é mais que isso, com certeza...


O discurso que o time é bom e qualificado é repetido como um mantra, e tudo o que o ocorre de errado provém da inépcia do treinador.


Para mim, é triste ver que essa mentalidade açodada repercute e impõe ao treinador, ao elenco e ao clube, uma instabilidade desnecessária, pois gostem ou não, o América no momento é o vice-líder do campeonato e, forçar a troca do treinador na antevéspera de um clássico, é no mínimo uma inconseqüência.


Para finalizar, como já existem especulações sobre um possível substituto para Paulo Moroni, posso afirmar o seguinte: se a decisão de mudar de técnico for tomada e se José Maria Figueiredo chamar para si a responsabilidade em relação à contratação do substituto, o nome é Ferdinando Teixeira.


Ferdinando é o preferido do presidente e só não assumirá o América se não quiser.


Outros resultados


O ASSU montou um bom sistema de divulgação e procurou melhorias em sua estrutura, mas em relação ao time, parece que nada saiu como o esperado: ontem, perdeu e ficou na incomoda situação de lanterna.


O Santa Cruz não decola e o Corintians com sua equipe limitadíssima, já soma 5 pontos e está na cola de América e ABC – o resultado de 1x1 obtido em Santa Cruz, foi mais um ótimo resultado conquistado pela equipe seridoense.


Em Mossoró, o Baraúnas venceu seu maior rival, o Potiguar por 3x1 e deixou Erandir Montenegro em situação delicada.

domingo, janeiro 31, 2010

Valeu, mas fala com eles para arrumarem um uniforme menos feio para você!

Imagem: Picture Alliance

Duas faixas, dois erros...

No jogo ABC e Centenário de Pau dos Ferros, a torcida do Centenário levou duas faixas ao estádio e conseguiu uma proeza: errou nas duas!


Na primeira onde se lia “Federação respeite o torcedor do interior”, errou o alvo ao criticar a Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol...


A FNF, apenas cumpriu determinação do Ministério Publico preocupado com a segurança.


A faixa ficaria melhor assim: “Senhor prefeito, cuide do nosso estádio, pois, merecemos respeito”!


Na segunda faixa, abalroaram a língua pátria ao escrever: “Comando Alvirubro”.


O correto seria: “Comando Alvirrubro”!


Reclamar por ouvir falar e faltar as aulas de português, dá nisso!


Segurar é preciso...

Imagem: L'Equipe

ABC FC vence Centenário e assume a liderança isolada...

Agora, são 3 horas 47 minutos da madrugada de domingo...


Foi uma longa espera, mas duas máquinas potentes e uma conexão de primeiro mundo, permitiram que o tape do jogo Centenário e ABC, chegasse.


Viva a tecnologia e meus sinceros agradecimentos aos amigos que se propuseram a me ajudar nessa empreitada.


Bem, agora é escrever sobre minhas impressões sobre o jogo.


Antes do jogo


O goleiro Juan, acabou tendo que trocar o calção, mas estranhamente, por não ter um calção de cor diferente do preto, acabou usando o calção branco do ABC – pergunta: tal situação não fere as regras do jogo?


Diante da hilária cena, senti saudade dos meus tempos de peladeiro – seu Manoel nunca permitiu que a equipe da SQS 214 sul, pagasse um mico assim.


O primeiro tempo


O primeiro tempo foi fraco, ou melhor, só não foi pior em função da presença em campo do meia Renatinho do Centenário (aliás, alguém poderia me responder à razão das cores do escudo da equipe nada ter haver com as cores da equipe?)...


Hábil e com visão de jogo, Renatinho foi o dono do primeiro tempo e, mesmo depois que Didi Duarte percebeu sua desenvoltura e mandou Bileu “colar” nele, o meia, ainda assim, comandou as ações do Centenário.


Jogando de forma lenta e sem nenhuma criatividade, o ABC deu espaço a equipe interiorana e, como castigo, acabou sofrendo o primeiro gol.


Sobre o gol, o zagueiro Paulo Sérgio foi beneficiado pela falha dos dois zagueiros e por Yamada, que apesar de tantos anos atuando como goleiro, ainda não compreendeu que sair do gol é função primordial de qualquer goal keeper (sempre gostei da sonoridade em inglês).


Para a felicidade do ABC, Nino tentou um chute de primeira de fora da área e apesar de precisão do chute, contou com a colaboração do goleiro Juan...


Achei que o placar mais juste, seria a vitória parcial do Centenário.


O segundo tempo


Didi Duarte avançou a marcação, “colou” Marquinhos Mossoró em Renatinho, que sem o apoio dos companheiros de meio campo para “dialogar”, acabou cansando...


Por outro lado, Jaime que no primeiro tempo jogou de forma lenta e com poucos passes de profundidade, voltou melhor...


Habilidoso e dono de um futebol qualificado (o melhor jogador do ABC), Jaime passou a jogar dando mais velocidade ao jogo e foi responsável pelas melhores jogadas do alvinegro.


Cansado e com seu melhor jogador bem marcado, o Centenário, que, diga-se de passagem, é um time muito ruinzinho, acabou por sofrer dois gols de João Paulo e mostrando que o acaso, pode ser surpreendente, mas que não resiste ao tempo.


Apesar de precisar de uma melhor qualificação, o resultado acabou sendo justo, em função da desarticulação do Centenário e do melhor desempenho do ABC.

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Aos 21 minutos do segundo tempo, Juan Alberto Schiaffino, calou o Maracanã...

Imagem: Picture Alliance

Negar é um direito que qualquer um pode usar...

Na postagem “Eles se repetem”, afirmei que um celular alvinegro havia contatado o goleiro Sérvulo, ex América...


Reafirmo: Sérvulo foi contatado, mas como não topou, trouxeram o goleiro Yamada.


Também afirmei que um celular alvirrubro havia buscado informações sobre a situação de Rodriguinho...


Mesmo diante das peremptórias negativas, reafirmo: perguntaram sim, sobre Rodriguinho e, para completar, sondaram sobre Jean Carioca.


A respeito de Rodriguinho, o interessado soube o seguinte: “tem entrado jogando, mas foi substituído ao longo de algumas partidas, pois aqui no Bragantino, ele tem sido utilizado como um segundo atacante”...


E a conversa terminou com a seguinte afirmação: “dos 7 gols marcados até aqui pelo Bragantino, 5 deles saíram de assistências do Rodriguinho.

Rodeio?

Imagem: Imago

Uma ode ao cinismo...

Publicado como o original, sem nenhuma mudança ou correção...


“E mais e mais tola ainda é quando se anuncia, tentativas malogradas de contratação, em que são divulgados os números da condição que se propôs para chegar ao acordo, que tornou-se frustado, em virtude da não aceitação da outra parte envolvida”.


“Esse sim, o pior dos casos, pois o grupo toma conhecimento, da capacidade real de poder orçamentário do clube, o que antes, em alguns casos, os contratos foram formalizados, com um outro discurso. Pode gerar insatisfação e o pior: a desmotivação”.


Se for assim que agem os dirigentes, porque os jogadores têm que ser diferentes?

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Jairzinho e Brito... Um era técnica e ou outro, força.

Imagem: Imago

Eles se repetem...

Um celular alvinegro manteve contato com o goleiro Sérvulo, ex-América...


Um celular alvirrubro andou sondando Rodriguinho, ex-ABC...


Enfim, na falta de novos caminhos, trilham as velhas estradas.

Primeiro, Jarolim bateu e...

Imagem: Imago

O vício de andar em círculos...

Li no blog do Ricardo Silva, que Clodoaldo, aquele que era gênio e depois, virou “abobora”, está quase acertado com o Corintians de Caicó – só a direção do Corintians não notou que até a bola cansou daquele que um dia quase foi, mas como havia um bar nas proximidades, ficou!