Confesso que estou me sentido muito
feliz...
Repentinamente, percebo que no
meio futebolístico norte-rio-grandense, existem inúmeros leitores de Umberto Eco.
Porém, há um lado triste...
Poucos desses leitores sabem que
o escritor, filósofo, semiólogo e linguista italiano, é considerado por muitos
de seus pares, trivial...
Seus críticos concordam que Eco é
um escritor bem-humorado e relativamente claro e que escreve com graça e
desenvoltura...
Mas que se insere numa tradição
intelectual que se caracteriza pela constante vagueza e por tiradas
sensacionalistas.
Outros afirmam que Eco se utiliza
de uma estratégia comum em quase toda a sua obra...
Cada afirmação, por mais trivial
que seja, que possa ser "defendida" com uma citação ou uma referência
a um autor qualquer, Eco recorre ao autor...
Isto dá imediatamente ao leitor a
impressão de estar perante uma obra extremamente erudita, o que é verdade.
Mas é então que os estreitos
limites da competência filosófica de Eco se revelam: ao lado de uma citação ou
de uma referência a um grande autor só para dizer uma banalidade qualquer, vem
a reflexão original de Eco... e aqui cai todo o edifício, pois essa reflexão é,
regra geral, tola...
A erudição de Eco, que lhe
permite fazer imensas referências cruzadas, tem uma função muito precisa:
disfarçar a incompetência intelectual do autor.
Portanto, apesar de me socorrer
em opiniões muito mais consistentes sobre Eco, tenho a minha própria...
A opinião de Umberto Eco sobre os
“os imbecis” que perambulam pela internet, não traz nenhuma novidade...
Assim como, não é nenhuma
novidade que quem o cite, agora, o faça apenas com o intuito de desqualificar
quem os critica via rede social.
Por fim, basta ter uma conta no
Twitter para que se perceba sem muito esforço que o que disse Eco, é o óbvio...
Aliás, sem ser intelectual ou ter
pretensão de sê-lo, costumo dizer que antes da internet, achava que o mundo
tinha uns 80% de idiotas, mas com o advento da internet e das redes
sociais, cheguei à conclusão que estamos na casa dos 97%.