Imagem: Autor Desconhecido
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
quarta-feira, junho 17, 2020
Série A italiana recebe proposta bilionária pelos direitos de televisão...
3 bilhões de
euros ofereceu a Bain Capital para negociar os direitos de televisão da Série A
italiana nas próximas três temporadas, segundo a Bloomberg...
Fonte:
Máquina do Esporte
terça-feira, junho 16, 2020
Os 50 anos da Copa do Mundo do México - 1970... Parte 1.
Imagem: Arquivo Pessoal/Família Claudio Coutinho/Reprodução
Em pé da esquerda
para a direita: Rogério, Cláudio Coutinho, Carlos Alberto Parreira, Félix,
Joel, Leão, Fontana, Brito, Clodoaldo, Zagallo e Admildo Chirol.
Agachados:
Mário Américo, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Baldocchi, Piazza, Everaldo,
Paulo Cézar Caju, Tostão, Marco Antônio e Ado.
Sentados: Edu, Zé Maria, Dadá
Maravilha, Gérson, Roberto Miranda, Jairzinho, Pelé e Nocaute Jack. (Foto:
Arquivo pessoal / Família de Cláudio Coutinho / Reprodução)
A partir de
hoje publico a série Copa 70: o futebol arte completa 50 anos, escrita pelo
jornalista Pedro Henrique Brandão Lopes, do Universidade do Esporte...
Tenho
absoluta certeza que vai agradar em cheio.
Então...
Vamos lá.
Copa 70: o
futebol arte completa 50 anos — A preparação
A equipe
vencedora da Copa do Mundo de 1970 é apontada como a melhor de todos os tempos,
por isso, nesta semana, em comemoração ao cinquentenário do Tri, o time
recheado de craques e dirigido por Zagallo será retratado aqui numa série
especial de textos que abordará desde a preparação, passando por momentos da
campanha até o legado esportivo e cultural
Por Pedro
Henrique Brandão Lopes/Universidade do Esporte
A preparação
Marcado por
uma inovadora preparação física e logística com direito a processos individuais
e personalizados para os atletas, o planejamento posto em prática antes do
Mundial é apontado como a base que possibilitou aos atletas uma condição
perfeita para demonstrar o inigualável talento do grupo que conquistou o Tri.
O período
após a Copa do Mundo de 1966 foi conturbado na Seleção Brasileira.
Se o futebol
doméstico ia muito bem e vivia uma era fértil de craques e ótimos times, a
Seleção havia se desestabilizado com a má campanha na terra da Rainha.
Afinal,
depois do bicampeonato — 1958 e 1962 —, o complexo de vira-latas fora
substituído por uma certa empáfia e obsessão por conquistas, o brasileiro
estava mal acostumado quando o assunto era Copa do Mundo.
Vicente
Feola, campeão de 58, fora resgatado como treinador para a Copa de 1966, mas
deixou o comando para outra aposta dos dirigentes no sucesso de outrora: Aymoré
Moreira.
O técnico
chegou amparado pela conquista de 1962, porém, também não conseguiu engrenar um
bom trabalho e Oswaldo Brandão foi contratado.
Entre a saída
de Aymoré e a chegada de Brandão, o jovem Zagallo comandou a equipe nacional em
dois amistosos, mas não agradou por fazer testes demais e acabou descartado
pelos dirigentes.
Mesmo
chancelado por inúmeras conquistas e seu grande prestígio entre atletas,
Oswaldo Brandão também sucumbiu à pressão e o cargo acabou vago.
Em 4 de
fevereiro de 1969, a CBD anunciou surpreendentemente João Saldanha como o
treinador que conduziria o Brasil ao tricampeonato mundial.
Um espanto,
pois, apesar de ter comandado o Botafogo na década de 1950, Saldanha era comentarista
da Rádio Nacional e ocupava-se como jornalista esportivo longe dos clubes.
Há quem diga
que a contratação foi uma tentativa de João Havelange, então presidente da CBD,
para controlar as críticas da crônica esportiva com um membro da imprensa no
mais alto posto do futebol nacional.
E, de fato,
João Saldanha logo sanou uma das principais críticas: definiu um time base.
Assim
surgiram “as feras de Saldanha”, 11 titulares absolutos que foram anunciados
logo na chegada do treinador.
Nas
eliminatórias para a Copa do Mundo, em seis partidas contra Colômbia, Paraguai
e Venezuela, as “feras” conquistaram aproveitamento total com seis vitórias,
anotaram 23 gols e sofreram apenas dois tentos dos adversários.
Nem o mais
otimista torcedor esperava que 1969 terminaria com a Seleção classificada de
maneira invicta e num momento tão bom do grupo e de seu treinador.
Porém, o João
Saldanha de 1970 em nada se assemelhava ao João Saldanha do mágico ano
anterior.
Com a
classificação assegurada, a personalidade forte de João e uma série de intrigas
nos bastidores acabaram por deixar insustentável a permanência do treinador.
Muito se fala
sobre o episódio em que João Saldanha ao ser confrontado com uma declaração de
Emílio Garrastazu Médici sobre a escalação de Dadá Maravilha respondeu que “o
presidente escala o ministério e eu escalo a seleção”.
Sobre escalar
a Seleção, reside justamente aí uma controvérsia que contribuiu para a queda do
treinador.
Saldanha
começou 1970 em atrito com Pelé e declarou que o Rei do Futebol estava fora de
forma e que não estaria enxergando bem, para completar, horas antes de um
amistoso contra o Chile, o treinador avisou que Pelé não estaria entre os
titulares.
O desgaste
entre treinador, dirigentes e o grupo de jogadores era notório, quando aconteceu
o amistoso contra o Bangu, em Moça Bonita, e tudo que já era ruim piorou.
Não havia por
que marcar um jogo contra um time que não teria condições de apresentar
qualquer resistência a Seleção.
Porém, a
partida foi marcada e cerca de 20 mil pessoas compareceram ao campo do Bangu
para ver as Feras de Saldanha.
Na verdade,
viram o Bangu dominar o primeiro tempo e ainda sair na frente com gol do
ilustre desconhecido Paulo Mata.
A torcida
enlouqueceu com a péssima partida da Seleção e começou um protesto contra o
treinador: “eu grito, eu falo, o Saldanha tem cara de cavalo”.
Os críticos
subiram o tom e Saldanha se sentia perseguido, reagia mal, como no episódio em
que foi ao CT do Flamengo armado para tirar satisfação com o treinador
rubro-negro Yustrich que havia lhe criticado.
A soma do
posicionamento político e a má fase pessoal de João Saldanha em 1970 levaram
João Havelange a criticar publicamente o treinador.
Noite de 17
de março, Saldanha foi chamado para uma reunião na CBD e ouviu de Havelange que
a “comissão técnica estava dissolvida”.
Estava
demitido o homem que arquitetou o time que seria campeão do mundo apenas três
meses depois.
Saiu do
prédio da CBD fazendo troça com a frase do dirigente que o demitira: “não
sou sorvete para ser dissolvido”.
Apesar da
ironia de Saldanha, a comissão técnica nunca foi dissolvida.
Na verdade, o
treinador foi o único demitido, o corpo técnico que trabalhava com João
Saldanha foi mantido.
O preparador
físico Admildo Chirol e o médico Lídio Toledo não se relacionavam bem com o
treinador demitido, mas seriam fundamentais na manutenção do planejamento para
o Mundial.
Horas depois
da demissão de João Saldanha, o nome de Zagallo foi anunciado para comandar a
equipe que tentaria o tricampeonato no Mundial do México.
A responsabilidade
era enorme e com apenas 78 dias até a estreia, o jovem treinador tinha grandes
chances de queimar sua carreira ainda iniciante.
Seria o
começo de uma relação de amor entre Zagallo e a Amarelinha, o bicampeão mundial
enquanto jogador se tornaria o Velho Lobo, um símbolo da Seleção Brasileira.
No entanto,
pôde contar com a herança de um planejamento inovador de sua comissão técnica
pensado por João Saldanha.
A começar
pela formatação da própria comissão técnica.
Aquela foi a
primeira vez que a Seleção Brasileira teve uma equipe completa com massagista,
preparador físico, médico e pessoal para administrar a logística de
deslocamentos e estadias durante a Copa.
Tudo que foi
pensado pelo antigo treinador não foi modificado após sua demissão.
A fim de traçar
a estratégia, João Saldanha contou com a competente consultoria de Lamartine da
Costa, oficial da Marinha brasileira que havia sido observador dos Jogos
Olímpicos do México, em 1968.
Em razão da
famosa altitude do México, um processo inédito de aclimatação foi preparado e
os jogadores seguiram para a cidade de Guanajuato, mais de 2 mil metros acima
do nível do mar.
A sede
brasileira no Mundial seria Guadalajara, uma cidade com elevação de 1500
metros, a intenção era fazer com que os atletas se habituassem a uma altitude
maior da qual enfrentariam na competição para que na hora dos jogos tivessem
fôlego extra.
Cláudio
Coutinho foi figura importante nessa preparação. Capitão do Exército, Coutinho
era um estudioso da preparação física e defensor da modernização do futebol
brasileiro.
Foi Cláudio o
responsável por introduzir o “teste Cooper” na preparação física brasileira.
A imprensa
criticou a preparação até a bola rolar, pois quando os jogos começaram, era
visível que os brasileiros estavam fisicamente um nível acima dos adversários.
Brito, por
exemplo, tinha resistência de corredores de longas distâncias e foi considerado
o melhor preparo físico da Copa.
O plano era
oferecer mais atividade física e menos treinamento com bola.
Ao analisar,
atualmente, o método é completamente compreensível, já que com a bola rolando,
as feras se garantiam era preciso dar condições físicas de suportar o calor dos
jogos ao meio-dia em altitudes como a de Guadalajara.
Nesse
intuito, foram realizados treinamentos de corrida em longas distâncias entre
três e quatro quilômetros no horário em que os jogos seriam disputados — com o
sol a pino do meio-dia no verão escaldante do México —, e numa altitude
superior à do local dos jogos.
Era uma
condição desumana, mas supervisionada pelo melhor time da preparação física
brasileira em 1970.
Depois de 21
dias em Guanajuato executando a preparação desenhada por Lamartine da Costa, um
oficial da Marinha escolhido pelo comunista João Saldanha em plena ditadura, o
resultado não poderia ser diferente: na bola e no fôlego, os brasileiros
atropelaram seus adversários.
A preparação
física surgida a partir da visão extracampo de Saldanha e do planejamento
técnico de figuras competentes, e preservado por Zagallo, foi o primeiro passo
em direção ao Tri. O resto seria feito pela mágica das pernas dos craques.
Imagem: Autor Desconhecido
Mesmo com a volta do futebol a Liga Espanhola sofrerá forte impacto financeiro sem torcedores nos estádios...
800 milhões de
euros será o impacto financeiro sentido pela LaLiga, a Liga Espanhola, com a
manutenção dos estádios sem torcedores até o final deste ano...
Fonte:
Máquina do Esporte
segunda-feira, junho 15, 2020
Arena da Baixada: de granja a palco da Copa do Mundo...
Imagem: Reprodução/Athletico Paranaense
Arena da
Baixada: de granja a palco da Copa do Mundo
Jaqueilton
Gomes/Universidade do Esporte/Ludopédio
O estádio,
que hoje é casa do Athletico Paranaense, nasceu antes mesmo do surgimento
oficial do Furacão e foi se desenvolvendo com o clube, até se tornar um dos
mais modernos do mundo
Com o nome
oficial de Joaquim Américo Guimarães, o estádio foi o primeiro do Estado do
Paraná e desde então é sinônimo de evolução e pioneirismo, quando se fala em
palcos do futebol no Brasil. Antes, para começar a entender a história, é
preciso saber quem foi o homem que dá nome a Arena.
Joaquim
Américo Guimarães foi fundador e presidente do Internacional Foot-Ball Club e
organizador das primeiras competições de futebol no estado do Paraná, ainda em
1910.
Para dar uma
casa ao seu clube, ele alugou em 1912 uma chácara localizada no bairro Água
Verde, onde seria a sede e o campo oficial do Internacional FC.
A
concretização do sonho não demorou e logo foi construída uma arquibancada de
madeira para abrigar os torcedores que acompanhavam as partidas dos torneios
amadores realizados por Américo, antes da criação do Campeonato Estadual.
No ano
seguinte, em dezembro de 1913, um grande festival esportivo, com a presença de
1.500 torcedores, inaugurou oficialmente a praça esportiva, então chamada de
Baixada do Água Verde.
No ano
seguinte, o estádio pioneiro do Paraná sediou o primeiro jogo oficial do
Flamengo fora do Estado do Rio de Janeiro.
O Rubro-Negro
carioca foi até a capital paranaense para enfrentar o Internacional, na primeira
partida interestadual da história de Curitiba.
O placar do
jogo foi um estrondoso 7 a 1 para os cariocas.
Primeira
edição do Campeonato Paranaense
Em 1915, o
estádio recebeu todos os jogos do Campeonato Paranaense.
O campo era o
único com condições adequadas em Curitiba para receber as partidas.
Para coroar e
acentuar o pioneirismo do campo, o Internacional, time da casa, foi o vencedor
da competição com a incrível campanha de dez vitórias em dez jogos.
Aquela foi a
primeira e única conquista oficial da equipe.
Dois anos
mais tarde, em 1917, Joaquim Américo morreu, aos 38 anos de idade, e não teve a
oportunidade de ver o seu Internacional se fundir ao América para dar vida ao
Club Athletico Paranaense, oficialmente fundado em 26 de março de 1924.
O novíssimo
clube de futebol curitibano acabou herdando o patrimônio de seu antecessor, e
manteve a sede na chácara alugada junto à família Hauer, prorrogando o período
de aluguel do imóvel.
Um ano após a
fundação, o Furacão deu sua primeira mostra de que nasceu para ser um campeão,
e depois de uma campanha quase perfeita, com oito vitórias, três empates e
apenas uma derrota, o recém-nascido time foi campeão paranaense pela primeira
vez, e jogando em seu estádio, venceu o Savóia por 3 a 1 na decisão.
Aquisição
definitiva e evolução da Baixada do Água Verde
Já na década
de 1930, o clube finalmente conseguiu a posse definitiva do terreno que se
mantinha alugado.
Um outro
terreno, localizado no Juvevê, bairro da capital paranaense, foi dado em troca
do lugar onde era instalado o Furacão.
Só aí, o
estádio ganhou o nome de Joaquim Américo Guimarães, que mantém até hoje, em
homenagem ao visionário que impulsionou o futebol no estado e fundou o clube
que mais tarde deu vida ao hoje Athletico, campeão do Brasil e da
Sul-Americana.
Seguindo sua
linha de inovação, o primeiro estádio de futebol do Paraná partiria agora para
outra fase de sua história, e as primeiras arquibancadas de madeira,
construídas antes de existir o Athletico Paranaense, deram lugar a assentos de
concreto em 1937, e assim permaneceu até sua ampliação, em 1967, quando foram
construídos novos degraus, dando mais espaço para a torcida do Furacão que ainda
iria crescer e viver muitas glórias nas décadas seguintes.
Após essa
fase, o Joaquim Américo passou anos estagnado, e só no ano de 1980 viu uma
novidade, quando foram instaladas as torres de iluminação elétrica do estádio,
após doações de torcedores apaixonados.
No entanto, a
nova reforma não foi suficiente diante de anos tenebrosos vividos pelo Furacão
dentro de campo, que acabou refletindo nas finanças do clube, e isso acabou
deixando o primeiro estádio de futebol do Paraná bastante defasado em relação
ao Couto Pereira, a casa do arquirrival Coritiba.
Anos difíceis
longe de casa
Com tudo
isso, a direção do Athletico resolveu mudar drasticamente e, em 1986, optou por
deixar de mandar seus jogos no lendário estádio, se desfazendo da cobertura e
das torres de iluminação que há pouco havia adquirido.
A partir de
então, os jogos do clube eram disputados no Estádio Pinheirão, recém reformado
pela Federação Paranaense de Futebol.
Algumas
propostas foram feitas no intuito de transformar a velha Baixada em um novo
empreendimento, e entre elas, até a de construção de um shopping center.
No entanto,
nada foi feito, e o campo que agora estava sendo usado apenas para treinamentos
e categorias de base, se manteve, quase que esquecido, mas imponente e
histórico.
Durante sua
estadia no Pinheirão, o Rubro-Negro viveu dias difíceis, com poucas glórias.
O clube
seguiu no campo da FPF até que a torcida não aguentou mais e iniciou um
movimento para retornar à antiga Baixada do Água Verde.
A ideia foi
comprada pelo então presidente atleticano, José Carlos Farinhaki, que deu
início ao projeto da nova Baixada em 1992, com uma reforma que durou dois anos.
Finalmente,
em 1994, a reforma foi concluída e o Furacão voltou a atuar na sua casa
novamente.
Em 22 de maio
o estádio foi reinaugurado, com uma partida contra o Flamengo, o mesmo que 80
anos antes havia protagonizado a inauguração da praça esportiva contra o
Internacional, clube predecessor do Athletico.
Desta vez o
clube carioca saiu derrotado, pois Ricardo Blumenau, nos minutos finais, tratou
de fazer 1 a 0 para o Furacão.
Surgimento da
Arena da Baixada
Pensando em
voos cada vez maiores, a velha Baixada não durou muito e em 1997 a direção do
clube tomou uma decisão que mudaria definitivamente a história atleticana.
O estádio
octogenário seria demolido, para dar lugar a uma nova e moderna arena, que mais
uma vez fez jus a sua característica de pioneirismo.
O projeto
custou cerca de U$ 35 milhões e parte foi custeado com a venda dos atacantes
Oséas e Paulo Rink para Palmeiras e Bayer Leverkusen (ALE) respectivamente.
A construção
da nova casa rubro-negra durou dois anos, e em 24 de junho de 1999 o Athletico
Paranaense inaugurava a novíssima Arena da Baixada como conhecemos hoje,
considerada à época a mais moderna arena da América Latina.
Neste dia, os
torcedores, em sua nova casa agora com capacidade para 32.000 pessoas, puderam
comemorar mais uma vitória, desta vez contra o Cerro Porteño (PAR), por 2 a 1.
Copa do
Mundo: o auge da Arena
Após o
anúncio do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, a Arena da Baixada passou
a ser fortíssima candidata a receber jogos da competição, por ser, ao lado do
Engenhão, recém-construído, o estádio mais moderno do Brasil.
A confirmação
veio em 2009, dois anos após o anúncio do Brasil como país sede.
No entanto,
com toda a modernidade, a Arena da Baixada precisaria passar por mais uma
reforma.
Antes de
entregar a Arena para a reforma, o Furacão viveu uma página amarga da sua
história, quando em 2011 foi rebaixado para a Série B do Brasileirão, mesmo
tendo vencido o rival Coritiba na última partida dentro da antiga Arena da
Baixada.
A reforma
para ficar no Padrão FIFA durou pouco mais de dois anos, e foi concluída já no
ano do mundial. A inauguração aconteceu diante do Corinthians, em um amistoso
no qual os paulistas venceram por 2 a 1, no dia 14 de maio de 2014.
Evento teste
feito e a próxima partida recebida já valeria pela Copa do Mundo.
O jogo entre
Irã e Nigéria terminou empatado em 0 a 0, mas marcou a Arena da Baixada, por
sua primeira partida do mundial.
Honduras 1 a
2 Equador, Austrália 0 a 3 Espanha e Argélia 1 a 1 Rússia foram os outros jogos
da Copa disputados no estádio.
Em mais de um
século de história, quem olha para a moderníssima arena pode até não acreditar,
mas aquele é o estádio que começou em uma granja na capital paranaense e chegou
a um dos mais altos níveis do futebol mundial.
Fernando Muslera, goleiro do Galatasaray e da seleção do Uruguai fraturou a tíbia e o perônio da perna direita na partida contra o Rizespor...
Imagem: Autor Desconhecido
O goleiro
uruguaio Fernando Muslera, do Galatasaray e da seleção do Uruguai fraturou neste
domingo a tíbia e o perônio da perna direita, na partida contra o Rizespor,
válida pelo campeonato turco de futebol...
Muslera, de
33 anos, lesionou-se na sequência de um choque com o atacante Skoda, que o
obrigou a ser substituído logo aos 24 minutos.
Face à
gravidade da lesão, o jogador foi atendido durante mais de 10 minutos, antes de
ser transportado ao hospital após ter a perna direita imobilizada...
Os exames
realizados no hospital constataram a fratura da tíbia e do perônio de Muslera.
Segundo a
imprensa turca, será operado nesta segunda-feira (15), em Istambul...
A previsão é
que a recuperação do goleiro dure cerca de seis meses.
Galatasaray,
abalado, jogou mal e acabou derrotado pelo Rizespor por 2 a 0, gols de Skoda...
A equipe que
tenta o tricampeonato está agora a seis pontos dos líderes Trabzonspor e
Basaksehir, após 27 rodadas.
Futebol mexicano perde um de seus ídolos para a covid-19...
Imagem: Autor Desconhecido
O ex-jogador
da seleção mexicana e do Pumas Aaron Padilla, que disputou os Mundiais de
futebol de 1966 e 1970, morreu neste domingo aos 77 anos, vítima de covid-19...
O anúncio foi
feito pela Liga mexicana em comunicado.
Padilla disputou
55 jogos pela seleção mexicana, marcando oito gols...
No Mundial
disputado no México em 1970, jogou 3 das quatro partidas da seleção na primeira
fase.
El
Gansito', como era conhecido em seu país, trabalhou como diretor do Pumas após encerrar
sua carreira, tendo sido ainda porta-voz da associação de árbitros da Liga
mexicana, que hoje lembrou o extraordinário ser humano e ícone do futebol
nacional...
O ex-jogador
morreu aos 77 anos após complicações causadas pelo novo coronavírus, que no
futebol mexicano já causou cerca de 30 infeções entre atletas profissionais,
além do presidente da Liga MX, Enrique Bonilla.
Imagem: Autor Desconhecido
domingo, junho 14, 2020
O racismo se torna tema obrigatório no mercado...
Imagem: Autor Desconhecido
Análise:
Racismo se torna tema obrigatório no mercado
Pesquisa
mostra que consumidores americanos esperam posicionamento das empresas sobre o
tema
Por Duda
Lopes para o site Máquina do Esporte
Diversas
empresas têm abordado o tema do racismo e abraçado as mais recentes
manifestações nos Estados Unidos.
No esporte, o
cenário não é diferente.
Somente nesta
quinta-feira (11), a Nascar proibiu a bandeira confederada, os clubes da
Premier League anunciaram que vão jogar com a frase "Black Lives
Matter" nas camisas e o COI afirmou que debaterá a possibilidade de
manifestações políticas nos Jogos Olímpicos.
Mais do que
de fato abraçar uma causa social, as empresas e as entidades esportivas têm
reagido a um clamor popular.
De repente,
se posicionar contra a violência aos negros se tornou uma iniciativa
obrigatória no mercado.
O que pode
ser uma evolução ou simplesmente transparecer oportunismo.
Essa
imposição do consumidor não é um mero palpite, ao menos para o mercado dos
Estados Unidos.
A agência de
relações públicas Edelman fez um levantamento com 2 mil pessoas para medir como
o público tem enxergado a atuação das marcas.
No atual
contexto da série de protestos no país, 63% da população se mostra preocupada
com o racismo, número que sobe para 70% nas pessoas entre 18 e 34 anos.
Os números
vão além: 56% acham que as empresas têm obrigação moral de se posicionar sobre
o racismo e 60% acreditam que elas têm que investir no combate à desigualdade
racial.
Por fim, 82%
dos consumidores americanos entendem que tomar uma posição sobre o tema ajuda
na confiança deles na marca.
Essa
emergência, no entanto, faz com que entidades esportivas se coloquem em
situações peculiares.
É o caso do
COI, que parece não saber para onde ir, mas sabe que terá que ser mais flexível
do que o costume.
O pior, no
entanto, foi o CEO da NFL, Roger Goodell, que na última semana admitiu que
errou ao ignorar as manifestações contra o racismo em 2016.
Os escândalos
eram os mesmos, mas a repercussão era outra.
À época, era
razoável fechar os olhos para os problemas e reprimir uma causa no mínimo
justa.
Hoje, não.
Patético.
Para sorte
das entidades esportivas, existe uma fórmula simples de evitar fazer esse tipo
de papelão.
Ela envolve
valores mais nobres e fazer o que é certo, mesmo sem necessariamente ter
unanimidade pública.
Pela própria
imagem, o esporte precisa ser o propulsor da mudança, não o contrário.
sábado, junho 13, 2020
Família de Cristiano Ronaldo rifa camisa do atacante para ajudar atingidos pelo covid-19 na região de Gramado e Canela no Rio Grande do Sul...
Imagem: SAPO Lifestyle
A família de
Cristiano Ronaldo colocou esta semana para sorteio a camisa utilizada pelo
atacante partida contra o Sassuolo, pela temporada 2018/19, com a qual o ele
marcou o seu primeiro gol pela Juventus...
O objetivo do
sorteio é levantar fundos para ajudar as famílias afetadas pela pandemia do
coronavírus na região de Gramado e Canela, na serra gaúcha, onde Kátia
Aveiro tinha um restaurante aberto até há poucas semanas.
A camisa, que
será sorteada, estava exposta no restaurante da irmã do jogador, sendo que
naturalmente era alvo das atenções dos visitantes...
Percebendo o
sucesso, Kátia Aveiro decidiu usar a camisa para tentar ajudar as famílias em
dificuldades que residem na região, organizando a campanha funciona num esquema
de 'rifas'.
Os
interessados fazem uma doação no valor de 30 reais (5,26€) em uma plataforma
criada para o sorteio, garantindo assim sua chance de ganhar a camisa...
Logo após o
site para receber as doações ter sido colocado on-line, cerca de cem
participantes já garantiam uma arrecadação inicial de dois mil euros.
Nike fecha patrocínio com a jogadora norueguesa Ada Hegerberg...
Imagem: BBC
1 milhão de
dólares ao ano pagará a Nike à jogadora de futebol norueguesa Ada Hegerberg por
um contrato de dez anos de patrocínio, segundo a AFP...
Fonte:
Máquina do Esporte
sexta-feira, junho 12, 2020
A Liga da Espanha voltou nesta quinta-feira, e com ela o cabo de guerra entre Barcelona e Real Madrid...
Imagem: Autor Desconhecido
O cabo de
guerra entre Barcelona e Real Madrid
Com 11
rodadas e 33 pontos para serem disputados, o Campeonato Espanhol retorna nesta
quinta-feira, 11, e desde a temporada 2014/2015 a diferença entre líder e
vice-líder não era tão pequena na vigésima sétima rodada.
Por Taís
Viviane/Universidade do Esporte
Apenas dois
pontos separavam Barcelona e Real Madrid quando o Campeonato Espanhol foi
pausado há mais de três meses por conta da pandemia do Covid-19.
Mas, se a
diferença entre os eternos rivais é pequena, a distância dos dois para o
Sevilla, terceiro colocado, é grande o suficiente(doze pontos para o Barcelona
e nove para o Real Madrid), para que seja altamente improvável que os andaluzes
fiquem com o título do campeonato nacional nesta temporada.
Assim, com o
iminente retorno do Campeonato Espanhol é bom relembrar como foram as
trajetórias de Culés e Merengues até a vigésima sétima rodada da liga
espanhola.
O Barcelona
Mesmo sendo
líder, o clube catalão passa pela sua pior temporada em mais de 10 anos.
Com 58
pontos, são dezoito vitórias, quatro empates e cinco derrotas.
O Barcelona
nunca dependeu tanto de Lionel Messi, 31 dos 63 gols que os blaugrana marcaram
neste Campeonato Espanhol tem participação direta do argentino, 19 gols e 12
assistências, fazendo dele o líder do campeonato espanhol e do Barcelona em
ambos os quesitos.
A última vez
que o Barcelona chegou para a 28ª rodada com cinco derrotas foi na temporada
2007/2008, os culés terminaram aquela campanha na terceira colocação com 67
pontos e nove derrotas, foi a última vez que o Barcelona marcou menos de 85
pontos no campeonato nacional.
Com uma
tabela mais fácil que a do seu rival, a equipe da Catalunha terá seis jogos
fora de casa, um a mais que o Real, e cinco em casa.
Os blaugrana
enfrentarão quatro times do Top 10 (Sevilla, Atlético de Madrid, Villarreal e Athletic
Bilbao), e são nesses confrontos que a equipe catalã tem encontrado mais
dificuldade nesta temporada, em 14 jogos são oito vitórias, dois empates e
quatro derrotas contra esses times, resultando em um aproveitamento de 61,9%.
Nos outros
sete confrontos com os times fora do Top 10, dois estão no meio da tabela e
livres de risco de rebaixamento (Osasuna e Alavés), e cinco equipes estão da
15ª colocação para baixo (Valladolid, Celta de Vigo, Mallorca, Leganés e
Espanyol), contra esse grupo o rendimento do Barça sobe consideravelmente, são
dez vitórias, dois empates e apenas uma derrota nas 13 vezes que os culés
enfrentaram a parte de baixo da tabela, totalizando um aproveitamento de
82,05%.
A partida
contra o Atlético de Madrid, que busca entrar na zona de classificação para
Champions League, e o derby catalão contra o Espanyol, devem ser os confrontos
mais complicados, apesar da fase extremamente negativa dos periquitos.
Outro ponto
interessante é que partidas que seriam em campos complicados como Ramón Sánchez
Pizjuán, casa do Sevilla, e La Cerámica, casa do Villarreal, podem acabar se
tornando mais simples devido à ausência da torcida rival.
Em busca do
vigésimo sétimo título, a equipe de Quique Setién, conseguiu recuperar
jogadores como Jordi Alba, Arthur e Luís Suárez, que em condições normais são
titulares na equipe catalã, apesar do uruguaio ainda não ser uma certeza para o
jogo da volta contra o Mallorca.
Quem ainda
ocupa o departamento médico é o francês Ousmane Dembélé, que só deve voltar em
meados de agosto.
Real Madrid
Caçando o
trigésimo quarto título, o clube merengue vem em uma temporada melhor que a
anterior, e liderava a competição até a 26ª rodada.
Com 56
pontos, são dezesseis vitórias, oito empates e três derrotas.
No Campeonato
Espanhol, Karim Benzema é o destaque da equipe na temporada com 14 gols e 6
assistências, Sergio Ramos é o vice-artilheiro com 5 gols.
Luka Modric e
Toni Kroos, com 5 assistências cada, ocupam a segunda posição no ranking de
assistências merengue.
Com seis
partidas em casa e cinco fora, o Real Madrid terá pela frente seis confrontos
contra o Top 10 (Getafe, Real Sociedad, Valencia, Villarreal, Granada e
Athletic Bilbao), mas aqui estão os adversários contra os quais os madridistas
tem o melhor desempenho.
Das 12
partidas contra essas equipes, até agora, são sete vitórias, cinco empates e
nenhuma derrota, contabilizando um aproveitamento de 72,2%.
Contra os
rivais da parte de baixo da tabela é que os merengues encontram a maior
dificuldade, são nove vitórias, três empates e três derrotas, em um
aproveitamento de 66,66%.
O Real Madrid
enfrentará os três times que estão, atualmente, na zona de rebaixamento
(Mallorca, Leganés e Espanyol), um que ainda corre risco de ser rebaixado
(Eibar), e um que, teoricamente já está a salvo (Alavés).
Para os
madridista, os derbys e clássicos já passaram então as partidas não devem ter
doses a mais de rivalidade, porém jogar contra o Athletic Bilbao em San Mamés
sem sofrer com a pressão da torcida rival, pode ser um bônus para o time de
Zidane.
Para a
retomada do campeonato, o Real Madrid recuperou jogadores como Hazard e
Asensio, que podem ser muito importantes para a etapa final da temporada.
O belga tem
um rendimento muito abaixo do esperado até agora, apenas 1 gol e 4 assistências
no campeonato, e não joga desde 22 de fevereiro quando se machucou contra o
Valencia, mas voltou em boa forma da quarentena.
Já o
espanhol, que se rompeu o ligamento cruzado anterior e lesionou o menisco
externo do joelho esquerdo, em julho de 2019, tem a chance de voltar ao futebol
e marcar a diferença para o clube da capital.
O
departamento médico dos merengues está ocupado apenas pelo defensor Nacho e o
atacante Jokic.
Mallorca X
Barcelona, sábado, 13/06, às 17h.
Real Madrid X
Eibar, domingo, 14/06, às 14h30.
Fortaleza tem ótima arrecadação na pré-venda da nova camisa...
900 mil reais
arrecadou o Fortaleza com a pré-venda da nova camisa do clube, lançada no
último dia 30 de maio em live com convidados especiais...
Fonte:
Máquina do Esporte
quinta-feira, junho 11, 2020
O cavalo Ocean Bay estrela do turf na Venezuela é roubado, esquartejado e comido...
Imagem: Haras Alegria
Ocean Bay,
estrela do Turf na Venezuela por chegado perto de ganhar a Triple Crown em
2016, sequestrado há alguns dias foi encontrado morto perto da propriedade de
seu treinador...
Não é a
primeira vez que algo assim acontece.
Ramón García
Mosquer, treinador da Ocean Bay, informou seu sequestro através de suas redes
sociais e posteriormente sua morte...
"Amanhecer
com a triste notícia de que o campeão Ocean Bay foi seqüestrado no domingo.
Realmente não sei o que pensar. O que aconteceu com minha linda Venezuela. Impotência,
se não mais. Sequestraram um animal indefeso para comê-lo. Onde está a
humanidade?", escreveu, Mosquer no domingo passado em sua conta no
Twitter.
E logo depois
ele publicou uma mensagem lamentando a morte do animal: "Que desgraça, os
restos do CAMPEÃO OCEAN BAY definitivamente apareceram ... que impotência, meu
Deus".
Ocean Bay
ganhou uma boa reputação por suas oito vitórias em 15 corridas disputadas...
“Condenamos
essa bestialidade atroz. A indústria nacional de equitação perde um pedigree de
primeira ordem em sua expansão, em uma indústria que gera milhares de empregos,
hoje também atormentada pelo flagelo da insegurança e da fome desencadeada”, disse Eleisi Espina, presidente da Federação de
Trabalhadores da Indústria Equestre.
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