Diz o velho chavão que vitória não se explica, vitória é para ser comemorada. Mas algumas vitórias podem e devem ser explicadas, assim como toda derrota tem um por que. Então vamos lá... Sou e serei sempre contrário a esse tipo de regulamento tão ao gosto da massa, pois deixa brechas para que o melhor acabe perdendo o que por mérito devia ser seu. Porém esse era o regulamento e se todos concordaram com ele nada há para ser contestado. E o titulo acabou nas mãos do ABC porque se o América foi o melhor em tudo? Creio que o alvinegro começou a vencer, quando forçado pelas circunstâncias mudou o comando da equipe e o fez de forma objetiva sem invenções. Ao mandar Roberval Davino embora, o ABC procurou uma solução prática, simples, onde os riscos fossem os menores e aí trouxe Ferdinando Teixeira. Havia no mercado bons nomes a disposição, mas o tempo era curto e quem pegasse as rédeas teria que saber exatamente o que fazer com o grupo que tinha. Ferdinando era o nome mais plausível para tentar dar um rumo para o barco que navegava a deriva e fazia água em seus porões. Ao assumir, Ferdinando ainda tentou trazer umas caras novas, mas ao perceber que não teria sucesso, voltou-se para única saída que lhe restava... Deu força ao grupo, mexeu com os brios da equipe e usou sua experiência e conhecimento para encontrar no poderoso adversário as fraquezas que lhe permitiriam chegar ao titulo. Conseguiu, conseguiu por ser inteligente, conseguiu por conhecer as entranhas do América e por fim, conseguiu por saber que a grande arma de um comandante na linha de frente é seu senso de observação. É ter a confiança, o respeito, a admiração e a fé de seus comandados... Por isso Ferdinando Teixeira é mais uma vez Campeão no Rio Grande do Norte.
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
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