A Medida Provisória número 527, é mais uma prova da subserviência e falta de compromisso com a população da maioria dos deputados federais.
A tal medida, assinada pela presidente Dilma Rousseff, prevê a manutenção em segredo de orçamentos feitos por órgãos federais, estaduais e municipais para obras da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.
Caso seja aprovada agora, no Senado Federal, a medida dará a FIFA e ao COL, o direito de alterar projetos, interferir nos valores das obras e tudo, ficará em completo segredo.
Enfim, é a farra do boi, devidamente institucionalizada.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, classificou a MP 527 de "absurda, escandalosamente absurda".
Uma pena que não sejam somente aqueles que festejaram tais eventos, os responsáveis por pagar a conta...
Infelizmente, gente que como eu, preferia não ver absurdos como Brasília gastar 1 bilhão de reais na construção de um estádio para seu “futebol de mentira”, terá que arcar também com toda essa bandalheira.
Só para ilustração:
Em 2010, Brasília contabilizou 1.014 mortes por falta de vagas nas UTIs da rede pública de saúde...
Essas mortes equivalem a 8% de todas as solicitações de vagas.
Na capital do país, duas pessoas morrem todos os dias por falta de atendimento adequado.
2 mortos por dia, a espera de vagas em uma das 335 Unidades de Terapia Intensiva da rede hospitalar pública do Distrito Federal.
O último, segundo o repórter Valtemir Rodrigues do Jornal de Brasília, foi o senhor Deodato Mendes Gonçalves, de 91 anos, que morreu depois de esperar por 4 dias uma vaga em uma UTI.
Infelizmente, tenho boa memória e ainda me lembro do então presidente Lula, em um dos seus inflamados discursos, dizer em alto e bom som:
“Não haverá investimentos públicos e esta será a Copa da Transparência”.
Em tempo:
O deputado Fábio Faria (PMN/RN) e o deputado Paulo Vagner (PV/RN), votaram favoravelmente a Medida Provisória 527.
O deputado Felipe Maia (DEM/RN), votou contra a sua aprovação.
Os demais deputados da bancada do Rio Grande do Norte, não compareceram a votação.
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