Enquanto na Espanha a AFE (Associação dos Futebolistas Espanhóis) e a Liga Profissional de Futebol ainda tentam encontrar uma saída para por fim a greve que parou a primeira rodada do campeonato e que ameaça não realizar a segunda, na Itália a AIC (Associação dos Futebolistas Italianos) sinalizou que dificilmente haverá jogos na primeira rodada do campeonato italiano.
Organizados, coesos e fortemente politizados os jogadores de futebol no continente europeu são voz ativa nas relações trabalhistas.
Na Espanha, a AFE e a Liga ainda não chegaram a um acordo sobre o Fundo de Garantia Salarial...
A Liga oferece um aporte de 10 milhões de euros para o fundo e a AFE, quer um valor maior.
A AFE exige que os cerca de 200 jogadores que estão com seus salários atrasados, recebam imediatamente e não aceita que os clubes reduzam os dias de férias dos jogadores convocados para servir à Federação Espanhola.
O encontro entre os dirigentes da Liga e da AFE, iniciado na ontem (quarta-feira), durou 7 horas, foi suspenso por 1 hora...
Ao fim do intervalo os dirigentes patronais e sindicais voltaram à mesa de negociação e, até as primeiras horas da madrugada de hoje (quinta-feira), nenhum acordo foi anunciado.
Já Itália as razões que podem levar a paralização do campeonato, são as seguintes:
Primeira: a AIC rejeitou a propostas dos clubes em relação ao aporte financeiro a ser depositado no Fundo de Garantia Salarial...
Segunda: o artigo 7 do acordo coletivo de trabalho, também foi totalmente rejeitado pela AIC...
De acordo com a proposta da Liga, a nova redação do artigo 7, permitiria aos dirigentes dos clubes decidirem unilateralmente colocar atletas para treinar em separado...
A AIC considerou a proposta absurda, ridícula e discriminatória.
Terceira: o “imposto de solidariedade”, embutido no plano de ajuste fiscal aprovado pelo governo Silvio Berlusconi, prevê um aumento adicional de 5% nas rendas anuais que superem os 90 mil euros e 10% nas que excedam os 150 mil euros anuais...
A AIC pretende evitar que seus associados sejam penalizados pelo novo imposto.
O mal estar entre patrões e empregados no futebol da Itália, já dura desde o verão passado, mas em virtude dos clubes haverem prometido que solucionar o problema, a greve foi adiada...
Depois de esperar um ano e sem que nenhuma solução fosse dada, a AIC convocou seus associados e estes, decidiram pelo enfrentamento.
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