Mais uma “briga” no futebol espanhol...
Desta vez, o embate é entre os clubes filiados a Liga de Futebol Profissional e as emissoras de rádio (a norma é valida para as partidas da Primeira e da Segunda Divisão).
Motivo: a norma imposta pela Liga que prevê cobrança de das emissoras relativas ao direito de transmissão.
Diferente do modelo empregado nas negociações com a televisão, a norma não permite que uma única emissora compre os direitos, mas estabelece que cada rádio interessada em transmitir as partidas, pague uma cota por jogo transmitido.
Vítimas?
Sim...
Todos aqueles que gostam de ouvir as transmissões radiofônicas.
Aqui no Brasil, por falta de interesse daqueles que deveriam ter como principal objetivo, informar, educar e esclarecer; criou-se a ideia que o rádio na Europa pouco ou nada tem haver com o futebol e suas emoções...
Ledo engano...
O rádio no velho continente é tão forte na vida dos amantes do futebol como aqui.
Com uma pequena diferença...
Lá, as equipes de esporte trabalham amparadas por uma forte e competente estrutura.
Produtores, pauteiros, repórteres, editores, sonoplastas, técnicos e toda a gente necessária para dar suporte a uma transmissão ou resenha, estão sempre prontos.
Pois bem, ontem, sábado, ao chegarem aos estádios imaginando que a decisão da Liga não seria aplicada de imediato, os profissionais do rádio foram surpreendidos com a proibição de ocuparem suas cabines...
Só iriam trabalhar aqueles cujas emissoras haviam pagado a cota exigida para cada partida.
Rádios como a Cadena SER, a COPE, a Onda Cero, a Punto Rádio, a Rádio Nacional e a Rádio Marca, optaram por transmitir do estúdio, via imagens de televisão.
Entretanto, a COPE e a Onda Cero, foram mais além: abriram linhas para que seus ouvintes, presentes nas arquibancadas, informassem tudo o que acontecia dentro dos estádios e que não podia ser visto pela televisão.
Outras pagaram o ingresso de seus profissionais no valor de 60 euros por cabeça, e transmitiram via celular...
Em Sevilha, o clube permitiu que apenas um membro de cada equipe, entrasse nas dependências do estádio, mas exigiu a assinatura de um documento onde o profissional se comprometia a não divulgar nada sobre a partida ou sobre as entrevistas, até estar fora do estádio, após o encerramento das partidas.
Algumas rádios aceitaram e alegaram que o faziam em respeito aos seus ouvintes.
No estádio Montivili, com capacidade para 10 mil espectadores, o Assessor de imprensa do Girona FC, informou que apenas a Catalunya Rádio estaria apta a transmitir o jogo entre o Girona e o Elche...
Ao ver seus companheiros deixando as dependências do Montivili, a equipe da Catalunya Rádio, em solidariedade, se retirou do local.
Ontem, pela primeira vez em 84 anos de história, as rádios espanholas não puderam transmitir as partidas como sempre o fizeram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário