No dia 06 de setembro, o
treinador da Portuguesa de Desportos com bom ex-boleiro, deu uma declaração
daquelas típicas...
Sem necessidade e sem razão, a
não ser pela contrariedade de ter empatado com o ABC num jogo em que ele,
certamente esperava ganhar.
Jorginho disse na ocasião o
seguinte:
“O ABC não fez nada, faz tempo
que não vem fazendo nada”.
O assunto poderia ter morrido no
exato momento em que Jorginho encerrou a entrevista, mas infelizmente, para cada
um Jorginho, existem aqueles que não entendem que o silencio na maioria das vezes
é o melhor caminho...
Pois bem, passados poucos dias da
infeliz declaração de Jorginho, o vice-presidente de futebol do ABC, Flávio Anselmo,
que poderia ter passado por cima do assunto, instigado por um repórter e na ânsia
de dar a torcida uma satisfação, entrou no jogo e deu a resposta...
“Pelo que soube Jorginho sempre
foi um jogador mediano. Agora, como técnico ele não ganhou nada. O ABC tem 52
títulos estaduais, e um título brasileiro. Além de uma grande história. Já
Jorginho, pelo que sei de título, só tem o de eleitor”.
A emenda saiu pior que o
soneto...
Como pelo que soube?
Jorginho começou sua carreira em
1983 e encerrou em 2002...
Flavio estava em que planeta
quando Jorginho jogava?
Não viu jogar, soube por alguém?
Jogador mediano?
Jorginho jogou por 17 equipes
brasileiras...
Entre elas, o Palmeiras,
Coritiba, Atlético Mineiro, Santos e Fluminense...
Foi convocado para a seleção
brasileira e disputou uma partida como titular.
Bem, mediano ou não, fosse, nos
dias de hoje, o departamento de futebol do ABC certamente teria tido todo o
interesse em tê-lo em seu elenco.
Com relação aos títulos do ABC e
sua grande história no cenário norte-rio-grandense e nordestino, Flavio tem
razão, mas sem ter a percepção que no futebol, assim como em tudo na vida, a dinâmica
é parte do processo, resolveu criticar a falta de títulos no currículo de
Jorginho como treinador e finalizou afirmando que o único título que Jorginho
tinha era o de eleitor...
Infeliz afirmativa.
Ontem, no estádio do Canindé, Jorginho
comemorou o título de Campeão Brasileiro da Série B, ainda faltando três
rodadas para o término da competição...
Pois bem, agora, quando for
votar, Jorginho vai apresentar seu título de eleitor e inevitavelmente, será
cumprimentado na fila por seu título de campeão do Brasil da segunda divisão...
Flavio, por sua vez, também
apresentará seu título de eleitor à mesa e receberá abraços de torcedores
alvinegros pelo brilhante e merecido título de Campeão Brasileiro da Série C,
mas ainda assim, estará um passo atrás de Jorginho.
Silence is golden!
4 comentários:
FERNANDO,
Apenas a título de curiosidade veja o que encontrei na net sobre Jorginho (copiado abaixo com o devido endereço):
http://trivela.uol.com.br/blog/menon/e-por-que-nao-jorginho/
De virada, a Portuguesa venceu o Americana por 3 a 2 e garantiu matematicamente o acesso à Série A. Foram 19 vitórias em 32 jogos. Dez empates e três derrotas. 68 gols marcados - mais de dois por jogo. 33 gols sofridos, praticamente um por jogo. O time joga ofensivamente, busca sempre a vitória. A torcida, pequena, está voltando aos jogos. A diretoria sonha em manter a base da equipe. E, principalmente, manter seu técnico, Jorginho, que foi jogador da Portuguesa e tem grande empatia com a torcida.
Não deve ter problema. Jorginho deve ter convite apenas de times médios e contra eles, a Portuguesa consegue lutar. E por que não Jorginho em um grande time? A resposta que me deu um consultor esportivo é indicativa do que se passa no futebol de hoje. "Jorginho fica andando de um lado para outro ao lado do campo, com o uniforme meio caindo e com a barba mal feita. Ninguém quer um técnico assim. As coisas mudaram no futebol", me disse.
Sabe o que é consultor esportivo? Ele tem um arquivo com nome de jogadores e técnicos. Idade, títulos, estilo de jogo etc. É procurado por algum clube que está montando time para o início da temporada. Então, pergunta o que o time quer. Qual a pretensão; ser campeão ou não cair? Que estilo de jogo a diretoria quer? Com tantas informações, recomenda técnicos e jogadores. Se o negócio é fechado, ganha porcentagem nas duas pontas.
Ele não indica Jorginho. Acha que, ao primeiro mau resultado, o estilo descontraído do treinador será o culpado. E conta de uma entrevista de Jorginho, há pouco, após uma vitória da Lusa no Canindé. "Ele ficou reclamando que o adversário ficou na retranca. Só jogou atrás. E aí, mandou essa: atrás doi, eu não gosto".
Jorginho fez um ótimo trabalho na Lusa, como estava fazendo no Palmeiras, antes de ser substituído. Teve pouco tempo no Goiás. Saiu e o time caiu, no ano passado. Foi regular na Ponte. Ganhou seis seguidas e depois entrou em maré de azar. Foi acusado de ser muito ofensivo. Fazia as mesmas alterações que implementou na Lusa. O time está sendo atacado? Ele colocar um meia mais ofensivo, um lateral que apoia ou mesmo um atacante. Acredita na força dos três pontos. Detesta empatar.
Não é um técnico acabado. Não sabe tudo. Ainda tem a melhorar. Mas poderia ter suas chances se o futebol não fosse cheio de preconceitos. Não há mais tempo para boleiros. O que se quer é "professor" bem vestido, bem barbeado, e falando platitudes como "o time vai encaixar".
Felipão perdeu de 6 a o para o Coritiba.
Carpegiani levou de 5 a 0 d Corinthians.
Tite foi eliminado pelo Tolima.
Celso Roth perdeu o Mundial para o Mazembe.
Dorival foi eliminado em casa pelo Barueri.
São melhores do que Jorginho? Podem até ser, mas o treinador da Lusa merecia sua chance. Pelo menos por economia. Com o salário mensal dos grandões, é possível paga=lo por 4 meses.
Enquanto na Portuguesa trabalha, no ABC fala, essa é a diferença.
Acho que estou bêbado. Li um blog de Natal criticando Flávio Anselmo. Como pode ? Blog de Natal só faz elogiar Flávio Anselmo. Em Natal é Jesus no Céu, Deus no céu e Flávio Anselmo no céu sentado ao lado do pai do todo poderoso. Viva Natal a terra do sol e de mulheres bonitas. Viva Flávio Anselmo e as contratações do ABC Futebol Clube. Acho que estou bêbado porque blog nenhum em Natal critica Flávio Anselmo, só elogia.
Sou também Flávio, mas Flávio Augusto, filho de gente pobre e torcedor do ABC.
O bom mesmo foi ouvir um radialista dizer o time do ABC pode não ser bom, mas também não é ruim. O nome da rádio não precisa nem escrever. O nome do narrador não precisa nem dizer. Pobre torcedor do ABC que tudo que esse cara escreve a torcida alvinegra aplaude, tudo que esse cara diz a torcida do ABC acredita.
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