Sou Clube de Regatas Vasco da
Gama, não importa se chova ou faça sol...
Entretanto, mesmo desgostoso, sorumbático
e mantendo ainda alguma esperança presa em finas teias, faço questão de abrir
um parêntesis em minha decepção para registrar meu respeito aos atletas que na
noite de quarta-feira vestiram a camisa da Sociedade Esportiva Palmeiras.
É bem provável que a maioria
esmagadora dos leitores estranhe este texto e, certamente, os vascaínos se
insurgirão...
Mas, me desculpem.
O futebol nunca foi utilizado por
mim, como escudo protetor para ações, palavras e gestos de mau-caratismo.
Nunca utilizei a desculpa da
paixão para justificar a irracionalidade...
E, por isso, tenho que me render à
dignidade do elenco palmeirense.
Eles, não se comportaram como
recalcados e invejosos...
Não transformaram a rivalidade
entre instituições em salvo conduto para a canalhice...
Ao contrário, cada um deles,
portou-se com altivez...
Honraram seus contratos...
Afinal, nenhum deles foi contratado
para perder.
Se, são bons ou não, pouco
importa, não vou entrar no terreno da subjetividade...
O que sei é que são dignos.
Num país onde cada vez mais princípios
e valores são sufocados por interesses escusos ou menores, deixar passar em
branco algo assim, seria imperdoável.
Quarta-feira os jogadores do
Palmeiras arrancaram um empate que provavelmente tenha posto fim ao título que
tanto desejei...
Faz parte.
Não fomos suficientemente fortes
para vencê-los e eles, não foram indignos a ponto de abrir brechas para nos
favorecer com uma imerecida vitória.
No entanto, ainda restam alguns
embates, talvez o melhor esteja por vir...
Vou esperar.
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