terça-feira, janeiro 15, 2013

Aos meus críticos com afeto e com carinho...




Hora, hora, vejam só...

Millôr Fernandes tinha razão quando escreveu: “O verdadeiro milagre brasileiro; uma democracia completamente isenta de democratas”.

Não posso ter opinião contrária, tenho por força que seguir a manada.

Porém, o que mais me encanta é quem me critica, não me desmente, muito pelo contrário, me dá razão quando ao defender, aponta as deficiências que critico.

Quem me critica não apresenta argumentos, não desconstrói ponto por ponto nada do que escrevo...

Apenas se ampara na velha tática de usar o argumento emocional como arma.

Desde quando, neguei as evidentes melhoras na condução da FNF?

Desde quando, afirmei para quer que seja que a FNF não se tornou mais eficiente, mais crível e mais profissional?

A pergunta é: excetuando-se América e ABC, quem é mesmo profissional por aqui?

O Potiguar que não tinha um médico num treinamento, onde todos nós sabemos dos riscos de ocorrer as mais variadas contusões?

O mesmo Potiguar que foi para uma partida sem ao menos disfarçar e levar um médico para o banco de reservas, depois do trágico acontecimento do meio da semana?

A FNF mudou, mas a maioria dos filiados não...

A organização do campeonato tem sim uma nova “cara”...

Ficou mais profissional, ficou mais enxuta, ficou mais séria...

Ganhou apoios e trouxe patrocinadores, mas sejamos honestos...

Estes não vieram por que seus produtos passaram a vender horrores, mas sim, pela capacidade de convencimento de um talentoso jovem chamado Alan Oliveira e pela credibilidade do presidente José Vanildo...

Foi só por isso.

Dizer que o campeonato gera empregos diretos e indiretos é dizer a mais óbvia das obviedades...

Uma banquinha de bananas gera empregos diretos e indiretos...

O Midway gera empregos diretos e indiretos...

Um cidadão gera empregos diretos e indiretos...

Até mesmo o PCC, gera empregos diretos e indiretos.

Quanto a mim, não tenho ânsia de absolutamente nada...

Tenho sim, o direito de opinar e o compromisso de não vender ilusões.

Como disse Eric Hoffer, “propaganda não engana as pessoas, apenas ajuda as pessoas se enganarem”.

Não gosto dos campeonatos estaduais.

Por favor, leia com atenção, eu disse campeonatos estaduais, todos eles.

Aliás, eu e a maioria dos brasileiros, e só ver o número de torcedores que vão aos estádios durante os jogos meia boca.

Não gosto deles e digo os motivos...

São deficitários, forçam os clubes maiores a sustentar os sanguessugas da bola e entre outras coisas, só servem para manter a estrutura de poder da CBF...

A única coisa de bom que geram é a possibilidade dos torcedores do Trem de Macapá, por exemplo, poderem comemorar um título.

No mais, nada acrescentam.

Por outro lado, quem foi que num ataque autoritarismo decretou que eu ou qualquer um tenha que ter orgulho de ter nascido aqui ou acolá?

Nascer ali ou lá é obra do acaso, ninguém que conheça ou tenha conhecido escolheu onde nascer e nem tão pouco o útero em que seria gerado...

Ou estou enganado?

As pessoas devem ser orgulhar daquilo que fazem, das coisas que conquistam e do respeito que seus semelhantes lhe têm.

Para mim, me desculpem os fundamentalistas do óbvio ululante, tanto faz com tanto fez, ter nascido no Brasil...

O acaso poderia ter me feito ver a luz na Bolívia, em Burundi, no Iraque ou até mesmo em Papua Nova Guiné...

Viram, não citei nenhum país europeu, pois sei o quanto isso os irrita.

Em relação a viver em Natal, vivo por escolha e, portanto, posso me dar ao luxo de dizer que sou tão ou mais natalense que qualquer um...

Não nasci e nem fui obrigado a vir para cá, escolhi, pois para aqueles que não sabem, a fundação em que trabalhei tinha escritórios de representação em todos os Estados – apontei Natal...

Apenas matar a curiosidade de alguns, se não houvesse futebol aqui e nem na Mongólia, não ficaria desempregado, trabalho há 30 anos para o mesmo patrão.

Quanto a não estar “atuando”, pergunto, como não?

Se meus críticos acordam às 7 horas da manhã, leem o que escrevo e logo passam a redigir um contraponto...

Estou “atuando” sim, e como estou.

Por fim, duas coisinhas...

Sou ateu e os ateus, não idolatram nada, pelo contrário...

Portanto, não idolatro o futebol europeu, o parecio, mas isso é questão de gosto e gosto, cada um tem o seu - se é que ainda é permitido a diversidade do gostar.

Quando escrevo sobre o futebol europeu ou sobre o futebol de qualquer outro continente, o faço no sentido de informar, de mostrar como é feito e de quebrar alguns mitos e mentiras contadas por tantos e tantos anos.

Apenas para ilustrar, a KNVB – Koninklijke Nederlandse Voetbalbond – ou Real Associação de Futebol dos Países Baixos, cuja função, além de comandar a seleção nacional é de em conjunto com as federações locais (quem comanda o futebol profissional são as ligas), organizar o futebol amador, coordena todo fim de semana, 33 mil jogos de equipes amadores pertencentes às Ligas de Sábado (Zaterdag) e as Ligas de Domingo (Zondag)...

Todos com toda a parafernália exigida por qualquer competição de futebol...

Eles devem ser organizadinhos e profissionais, ou não?

Sobre o esforço conjunto no sentido de melhorar o campeonato, concordo em parte...

É sim, dever da federação, dos clubes e da imprensa, mas com ressalvas para a imprensa.

O conceito de imprensa responsável dos que me criticam, desculpe, deve ser revisto...

Imprensa não promove nada, não emula nada, não vende nada, não manda abraço para ninguém e nem tão pouco se submete a quem quer que seja.

A imprensa genuína tem como razão precípua, informar com exatidão, formando em seu leitor, o processo gerador de conhecimento consciente.

Desculpem, mas a praia deste blog não é o entretenimento puro e simples.

Ah, gosto do Campeonato do Nordeste, torço para que seja um sucesso de público e que venha para ficar, pois este sim é grande saída para os grandes clubes do nordeste.


2 comentários:

Alexandre Valente disse...

Bom dia, eu também sou da opinião que deveriam acabar com os campeonatos estaduais e voltar com todas as copas regionais, aqui no RN, só deveria ter dois clubes América e ABC o resto podia acabar que não iria fazer falta, gosto da Argentina, acho Messi melhor que Neymar, Ganso para mim é mais jogador que ele, gosto do futebol Europeu, aliás gosto de ver futebol de qualquer lugar, será que também sou do contra?

Anônimo disse...

"Imprensa não promove nada, não emula nada, não vende nada, não manda abraço para ninguém e nem tão pouco se submete a quem quer que seja."

- Não devia....
Mas faz e faz: pelo dinheiro, pela idiologia, pela sociologia, pela patologia, pela antropologia... no nosso PlANETA TERRA NESTE MOMENTO.

Ah, se não fizesse. - estariamos com 50% dos problemas resolvidos.

Mandar ver na minha, na sua, na do outro das opiniões, tá tudo certo; fazer da opinião um negócio e sujo é de ver a tristeza nascer.
Alguém escreveu e eu não me lembro - "...imprensa livre é a alma da humanidade..."; - acho que o cara queria dizer que o jornalista ver por dentro das pessoas e não por dentro da notícia.
- Ver mas não diz o que ver; que pena; INVENTA.
AH, SOBRE OS CAMPEONATOS ESTADUAIS?
É só tirar a canalha do caminho e colocar os sonhadores do século passado.
Continue batendo na alma de satanás ,rsssss
Anônimo que nada:
José Carlos de Medeiros