Imagem: Getty Images/AFP/Staff
Morreu, vitima de complicações respiratórias e problemas
renais, Ladislao Mazurkiewicz.
Considero-me um privilegiado, vi Mazurkiewicz jogar, umas
tantas vezes pelo Atlético Mineiro, outras tantas vezes pelo Peñarol e pela
seleção do Uruguai.
Com apenas 1,79 metros, o “chiquito”, apelido que ganhou em
casa por ser o menor de seus irmãos, foi grande numa posição que era preciso
tamanho para vencer.
Mazurkiewicz usava até a Copa de 1966, a cor cinza em seus
uniformes...
Uma cor sem vida...
Nada condizente com seu porte elegante, suas defesas arrojadas,
seus saltos precisos e suas saídas do gol decisivas.
Ao final do mundial, Muzurkiewicz descobriu que Lev Yashin o
respeitava, o admirava e chegou dizer que quando parasse, ele seria seu
sucessor...
Depois disso, nunca mais ninguém o viu jogar com outra cor
que não fosse o negro...
Em minha modesta opinião, o mais elegante, o mais charmoso e
o mais bonitos do uniformes.
Engraçado, não sou uruguaio, não torço pelo Peñarol, mas
estou abatido, triste...
Odeio quando gigantes morrem, mesmo que saiba que serão
disputados por Odin e Zeus e que no Valhalla ou no Olimpo, serão cortejados e
respeitados eternamente.
De todos os jogadores em campo, a bola é apaixonada pelos
goleiros, pois eles são os únicos que abraçam e a aconchegam junto ao peito.
Grandes goleiros não morrem...
Apenas se afastam e deixam o gol vazio.
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