Nada como o tempo para
desmascarar mitos...
Lendo aqui e ali, as dificuldades
encontradas por Roberto Fernandes, técnico do América para encontrar
substitutos para os atacantes Isac e Pingo, me pergunto:
Como assim?
Não é Brasil o maior produtor de espermatozoides
de chuteiras do planeta?
Não é aqui que basta balançar a “cajarana”
que despencam craques à vontade?
Nascer no Brasil é ou não é,
nascer com a suprema sapiência no domínio da esférica, seja no barro, na lama,
no asfalto, no cimento, nos calçamentos ou nos campos gramados?
Pois é, parece que não...
Parece que os garanhões,
responsáveis pelas gerações dos anos cinquenta, sessenta, setenta e oitenta,
esgotaram seus preciosos espermatozoides futebolísticos...
Existem alguns, é claro, mas são
raros e como tal, são caros...
Portanto, mais um mito se vai.
Noventa por cento dos que hoje
são considerados craques e paredões, talvez, sequer fossem reservas no Bangu
dos anos 60.
Aqui como em qualquer outro lugar
do planeta, o que existe são gerações afortunadas no trato com a pelota.
A nossa vantagem sempre foi à
monocultura esportiva e a população maior que a da maioria dos nossos
concorrentes...
A prova?
Simples...
Tente se lembrar de todos os
meninos que você conheceu desde o seu primeiro dia de escola até o último dia numa
faculdade ou de quando você desistiu dos livros e veja, se recorda de algum que
tenha vivido ou sobrevivido por no mínimo dez anos como atleta profissional de
futebol?
Difícil, né?
Eu não conheci nenhum.
Um comentário:
Também jogador TOP custa R$ 100.000 tem vitrine na série A. Aí nossos sábios dirigentes fazem a seguinte proposta:
"Vc vem para Natal ganhando R$30.000 na Série B aumentamos para R$80.000."
Ninguém em sã consciência abriria mão de ganhar R$ 100 durante 12 meses para ganhar R$ 30 por 3 meses e depois R$ 80 por mais 9 meses.
Abraço
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