No último mata-mata no
Brasileiro, 10 dos 12 grandes tiveram menos público, e por goleada, do que em
2014
Paulo Cobos, para o ESPN.com.br
Alguns clubes grandes, como Vasco
e Grêmio, articulam a volta do sistema mata-mata ao Campeonato Brasileiro. Não
deve ser pelo desejo de mais torcedores nos estádios.
A última vez em que o principal
campeonato do país teve a fórmula desejada por gremistas, vascaínos e algumas
federações, foi em 2002.
Naquele ano, as finais foram
emocionantes, com Corinthians e Santos decidindo o título em dois jogos com
Morumbi lotado.
Mesmo assim, o Brasileiro daquele
ano terminou com média de 12.886 torcedores por jogo, e ainda assim foi melhor
do que as registradas em 2000 (11.546) e 2001 (11.400).
No ano passado, com pontos
corridos, o Nacional teve média de 16.555 pagantes por jogo, um crescimento de
28% em relação a 2002, o ano derradeiro do mata-mata.
Quem mais se beneficia dos pontos
corridos são os times grandes.
Além de mais mandos de campo (19
contra de 12 a 16 em 2002), 10 dos 12 clubes mais tradicionais do pais viram
suas médias de público disparar na comparação entre 2002 e 2014.
As exceções foram Atlético-MG e
Santos.
E ambos têm motivos para isso.
O primeiro deixou de jogar no
gigante Mineirão para atuar no acanhado Independência (onde sua média de
ocupação é muito melhor).
Já o time do litoral paulista foi
o campeão em 2002 e fez campanha medíocre em 2014.
Para os outros dez, o crescimento
foi bastante expressivo, indo dos 27% registrados pelo Corinthians até os 180%
obtidos pelo Botafogo.
Na média, o aumento de bilheteria
nos jogos com mando dos grandes entre 2002 e 2014 foi de 49%, passando de
16.792 para 25.013, número já bem próximo do registrado no Espanhol e no
Italiano.
Ironia é o que acontece com o
Vasco, um dos líderes da volta do mata-mata.
Em 2002, o clube teve média de
5.234 pagantes como mandante na primeira divisão do Brasileiro.
No ano passado, estava na Série
B, que também teve pontos corridos.
E seu público médio foi de 12.989
pagantes por jogo, ou 148% maior do que no último ano com mata-mata.
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