sábado, fevereiro 27, 2016

Nada melhor que a concorrência... Esporte Interativo faz Globo mudar conceitos...

Nova proposta da Globo reduz abismo financeiro entre clubes

Projeto para dividir receita do Brasileirão torna desequilíbrio de arrecadação entre times menor

Por Duda Lopes e Erich Beting

O duelo entre a Globosat e o Esporte Interativo pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro na TV paga para o período de 2019 a 2024 vai provocar uma mudança significativa na divisão da receita oriunda da TV.

No projeto montado pela Globo após a investida do EI sobre os clubes, a divisão das receitas da TV, passarão a ser feitas da seguinte forma: 40% distribuído igualmente, outros 30% conforme a posição do time no Brasileiro e os 30% restantes conforme a aparição dos clubes na televisão.

A mudança na divisão do bolo da TV era um dos trunfos usados pelo EI na negociação.

O canal do Grupo Turner acenava com uma proposta de dividir metade igualmente entre os clubes, 25% conforme a performance e o restante de acordo com a audiência.

A reviravolta aconteceu durante o último final de semana, quando a Globosat decidiu reformular a proposta que faria ao São Paulo.

A emissora promoveu a venda exclusiva dos direitos de transmissão na TV paga e apresentou o novo modelo de rateio da verba, convencendo o clube a declinar da proposta do EI na reunião do Conselho.

A assinatura do contrato foi uma espécie de ponto de virada no andamento das negociações, que agora estão mais pendentes para a Globosat.

Ao todo, nove clubes já assinaram com a Globo (Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, São Paulo, Sport, Vasco e Vitória), enquanto o EI tem o Santos e o Bahia mais adiantados, mas sem assinatura.

Na próxima semana, o Atlético Paranaense levará ao Conselho a discussão da proposta da TV.

No início da semana, o Esporte Interativo divulgou nota pelo Facebook em que cobrava o Grupo Globo a separar as propostas de transmissão por plataforma (TV aberta, paga e pay-per-view), além de bater na tecla da divisão mais igual do dinheiro dos times.

A proposta da Globo, para as três plataformas, é de R$ 1,1 bilhão por temporada.
 
O EI oferece R$ 550 mi só para a TV paga. 

Com a conquista do São Paulo e o novo modelo de divisão das cotas, a Globo ficou mais forte.

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