Nova proposta da Globo reduz
abismo financeiro entre clubes
Projeto para dividir receita do
Brasileirão torna desequilíbrio de arrecadação entre times menor
Por Duda Lopes e Erich Beting
O duelo entre a Globosat e o
Esporte Interativo pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro na TV
paga para o período de 2019 a 2024 vai provocar uma mudança significativa na
divisão da receita oriunda da TV.
No projeto montado pela Globo
após a investida do EI sobre os clubes, a divisão das receitas da TV, passarão
a ser feitas da seguinte forma: 40% distribuído igualmente, outros 30% conforme
a posição do time no Brasileiro e os 30% restantes conforme a aparição dos
clubes na televisão.
A mudança na divisão do bolo da
TV era um dos trunfos usados pelo EI na negociação.
O canal do Grupo Turner acenava com
uma proposta de dividir metade igualmente entre os clubes, 25% conforme a
performance e o restante de acordo com a audiência.
A reviravolta aconteceu durante o
último final de semana, quando a Globosat decidiu reformular a proposta que
faria ao São Paulo.
A emissora promoveu a venda
exclusiva dos direitos de transmissão na TV paga e apresentou o novo modelo de
rateio da verba, convencendo o clube a declinar da proposta do EI na reunião do
Conselho.
A assinatura do contrato foi uma
espécie de ponto de virada no andamento das negociações, que agora estão mais
pendentes para a Globosat.
Ao todo, nove clubes já assinaram
com a Globo (Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, São
Paulo, Sport, Vasco e Vitória), enquanto o EI tem o Santos e o Bahia mais
adiantados, mas sem assinatura.
Na próxima semana, o Atlético
Paranaense levará ao Conselho a discussão da proposta da TV.
No início da semana, o Esporte
Interativo divulgou nota pelo Facebook em que cobrava o Grupo Globo a separar
as propostas de transmissão por plataforma (TV aberta, paga e pay-per-view),
além de bater na tecla da divisão mais igual do dinheiro dos times.
A proposta da Globo, para as três
plataformas, é de R$ 1,1 bilhão por temporada.
O EI oferece R$ 550 mi só para a
TV paga.
Com a conquista do São Paulo e o
novo modelo de divisão das cotas, a Globo ficou mais forte.
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