O futebol deixou as páginas de
esporte e foi parar nas páginas dedicadas ao crime...
Foi um processo lento.
Curiosamente, por acaso...
Quando um depósito destinado a
Havelange caiu na conta errada.
A partir daí, bastou um puxão e a
ponta do fio emergiu coberta de lodo pútrido...
Caíram as máscaras.
João Havelange, um dia, todo
poderoso, precisou renunciar aos cargos que pomposamente ocupava para escapar
das investigações que mostravam sua participação na corrupção que agora inunda a
FIFA.
Nas rodas de imprensa do mundo
todo, Havelange é tido como o “fundador da FIFA” corrupta e corruptora...
A renúncia o livrou das
investigações e o atirou nas sombras do esquecimento – logo ele, um homem vaidoso
e que sempre se portou como um estadista.
Seu sucessor no comando do
futebol brasileiro, Ricardo Teixeira, seu genro, não tinha seu porte, sua
elegância e nem tão pouco chegou a ter seu prestígio junto a chefes de estado
do mundo inteiro, mas segundo consta, o superou no quesito malfeitos...
O mesmo se pode dizer de Joseph
Blatter, o homem que o sucedeu na FIFA e que mesmo não possuindo seu charme e
sedução, ampliou de forma eficaz e continuada os esquemas e o jogo sujo na
entidade.
Hoje, Ricardo Teixeira está sob
investigação e Blatter, juntamente com Jérôme Valcke e Michel Platini – e aí,
admito uma profunda decepção – acabam de ser banidos do futebol...
Sem prejuízo as investigações a
que estão submetidos, pois a decisão de bani-los partiu do Comitê de Ética da
Fifa.
Mas não para por aqui
Os sucessores de Ricardo Teixeira
na CBF continuaram a escrever por linhas tortas...
José Maria Marin está em prisão
domiciliar nos Estados Unidos e se for condenado, pode pegar uma pena de 20
anos.
Marco Polo Del Nero, deixou a
presidência da CBF sob a legação que vai se dedicar à sua defesa...
Vai se defender sem sair do Brasil...
Se deixar o país, acaba como
Marin, preso.
Sua última cartada para tentar
continuar mandando na CBF, mesmo licenciado, se chama Coronel Nunes, presidente
da Federação Paraense de Futebol...
Tragicamente pesa sobre Nunes uma
imensa nuvem, carregada de dúvidas e repleta de ações, no mínimo condenáveis.
E os clubes, o que fazem?
Nada...
Alguns ensaiam uma
subversãozinha, mas no geral, permanecem submissos – afinal, todos têm suas
caixinhas de Pandora, que se abertas, não vão exalar nada muito perfumado.
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