terça-feira, maio 31, 2016

O governo da França investiga a Copa de 2022 no Qatar...

Agora é procuradoria francesa que pode complicar a realização da Copa de 2022 no Catar

Por Nathalia Perez

As polêmicas envolvendo o fato do Catar ter sido escolhido como país-sede da Copa do Mundo de 2022 não terminam.

Desta vez, a procuradoria francesa alegou que considera abrir uma nova investigação em torno de como e do porquê a Fifa estabeleceu que um país que é suspeito de violar direitos humanos é a melhor opção para recepcionar o maior evento de futebol do mundo daqui a seis anos.

Isso porque há suspeitas do envolvimento de franceses no processo.

No último domingo, a procuradora da Fazenda Eliane Houlette contou a uma rádio francesa que as autoridades de seu país estão próximas de começar a investigar o caso do Catar, já que elas têm uma porção de elementos que os encorajam a apurar com mais afinco os acontecimentos, como a própria falou.

Os procuradores da França só poderiam começar a investigação caso tivessem razões para acreditar que cidadãos franceses estão envolvidos no caso do Catar ou atos ilegais relacionados a ele tenham sido negociados em território francês.

E eles têm.

Recentemente, o francês Michel Platini, presidente da Uefa que foi banido do futebol por quatro anos por violações éticas (ele foi “agraciado” por um pagamento de 2 milhões de francos suíços, equivalente a US$ 2,08 milhões, feito pela Fifa, com a aprovação do então presidente da entidade, Joseph Blatter, em 2011), deixou suspeitas sobre atividades ilícitas.

“Se existir uma investigação, o caso de Platini, com certeza, será parte dela. Mas não vamos focar somente nele”, afirmou Eliane Houlette à imprensa francesa.

É válido lembrar que há poucos dias o maior escândalo da história da Fifa completou um ano.

E seu estopim foi justamente a decisão da entidade em permitir que dois países menos preparados em relação aos outros que também estavam na disputa sediassem as próximas duas edições da Copa do Mundo.

Principalmente o Catar, denunciado pela Anistia Internacional por submeter seus civis a trabalho escravo nas obras para o evento.

Enfim, até 2022 tem chão. 

O problema é que, segundo evidências encontradas em investigações, desde 2006 há suspeitas de irregularidades nas escolhas das sedes e, até agora, nada foi resolvido.


A esperança é que ou as autoridades norte-americanas, ou as francesas, que agora parecem estar determinadas a agir, investiguem os casos, como a Fifa não fez.

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