Em jantar,
Del Nero comemora vitória sobre lei que obrigava rebaixamento por dívidas
Por Gabriela
Moreira, blogueira do ESPN.com.br
O discurso de
Marco Polo Del Nero no jantar que a CBF ofereceu ao seu colégio eleitoral, após
o jogo do Brasil, teve um resumo do que o cartola fez neste último ano de
mandato.
Entre os
pontos dos quais o dirigente se orgulha está a proteção aos clubes que não têm
Certidão Negativa de Débitos, permitindo que eles continuem a participar de
campeonatos de futebol, mesmo que não estejam com os pagamentos de impostos em
dia, contrariando um dos principais pontos da lei do Profut, de 2015.
À plateia, o
presidente da CBF também falou sobre arbitragem.
Retirar da
lei o rebaixamento por falta de CND foi uma batalha vencida e relatada aos
participantes do jantar como vitória da CBF em Brasília.
O dirigente
citou a decisão do Supremo Tribunal Federal no mês passado que anula os efeitos
desportivos da lei.
E também
narrou as outras iniciativas que a entidade tomou para anular este ponto da
legislação, como a Medida Provisória proposta pelo deputado e diretor da CBF
Vicente Cândido (PT SP) e o Projeto de Lei de deputados como Andrés Sanchez (PT
SP), Rogério Marinho (PSDB RN) e Marcus Vicente (PP ES), este também vice da
entidade.
Arbitragem
Em relação à
arbitragem, Marco Polo não entrou em detalhes sobre como resolver o problema.
Mas garantiu
que tem havido esforços e, entre eles, citou a implantação do árbitro de vídeo.
Foram
convidados para o jantar presidentes e diretores de todos os clubes das séries
A e B, presidentes das federações dos Estados e membros de Tribunais de Justiça
Desportiva.
A todos, a
CBF ofereceu pagar passagens e hospedagem, mas nem todos os dirigentes
aceitaram o pagamento de despesas.
O objetivo
formal do jantar foi uma "confraternização" pela classificação do
Brasil para a Copa da Rússia, mas informalmente, foi o lançamento da
candidatura do dirigente às eleições do ano que vem.
Marco Polo
aproveitou para conversar com os presidentes de clubes e tentar desfazer o mal-estar
criado com a diminuição de poder dos clubes no colégio eleitoral da CBF.
Em março
deste ano, a entidade decretou que os clubes das séries A e B passarão a ter
direito a voto com peso menor do que os 27 presidentes de federação.
Os da
primeira divisão (20), valerão a metade.
Os da segunda
divisão (20), três vezes menos.
A mudança
veio junto da inclusão dos clubes da série B, conforme exigência da lei do
Profut (13.155/2015).
O jantar
oferecido por Marco Polo foi realizado logo após o jogo do Brasil contra o
Chile, no próprio Allianz Parque.
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