Primeira Reunião da Comissão Estatuinte do COB.
Por Alberto
Murray Filho
Sugestões
preliminares para iniciar o debate:
1. O artigo
26 do estatuto do COB deve ser modificado, de tal forma que a qualquer
brasileiro no pleno gozo de seus direitos possa ser candidato a presidente e
vice. Não pode haver nenhum tipo de restrição. E os cargos devem ser
remunerados.
2. Não devem
ser necessárias 10 Confederações para a apresentação de uma chapa. A
apresentação das chapas deve ser livre. Democracia absoluta.
3. O colégio
eleitoral deve ser amplamente aumentado. Os clubes formadores assim definidos
por lei (segundo os critérios do CBC) devem ter poder de voto, o Comitê
Brasileiro de Clubes, a Confederação Brasileira de Desportos Universitários e
Confederação Brasileira de Desporto Escolar também. Todos os atletas que tenham
participado de Jogos Olímpicos devem ter direito irrestrito de voto para
presidente e vice-presidente do COB, assim como técnicos. Esse Colégio Eleitoral elegerá o presidente e
vice do COB e os membros da assembleia geral.
4. O Conselho
Fiscal não pode ser eleito com a chapa. Deve ser eleito de forma independente.
5. Deve haver
uma Comissão de Ética também eleita de forma independente.
6. Devem ser
retiradas as cláusulas de sigilo de todos os contratos do COB, cujo valor
envolvido seja igual, ou superior, a R$ 50.000,00. Transparência absoluta dos
números.
7. As Confederações
que ainda não democratizaram seus estatutos devem ser obrigadas a fazê-lo.
8. A
diretoria da Academia Olímpica Brasileira deve ser eleita pelo voto direto de
seus membros e não por escolha do presidente do COB.
Apenas
algumas sugestões iniciais.
Veja que
desde 2011 o COB não presta contas ao Ministério do Esporte sobre a aplicação
de recursos da Lei Piva.
Conforme foi
publicado hoje, se a lei for levada com rigor, o COB e as Confederações ficam
legalmente impedidas de receber quaisquer repasses adicionais.
E isso pode
ocorrer a qualquer momento.
Basta alguém
agir.
O Movimento
Olímpico precisa dar uma satisfação à sociedade e resgatar a sua credibilidade.
E apenas com
transparência absoluta e democracia radical isso será possível.
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