Fritz Keller
foi muito claro sobre o tema em entrevista ao ‘Die Welt’, quando confirmou a
decisão de que o respeito às condições sociais e políticas será prioridade da Federação
Alemã de Futebol (DFB).
“No futebol
alemão temos que estar prontos para responder de maneira diferenciada questões
complexas. Que valores não são negociáveis para nós? Por exemplo, os direitos
das mulheres”, escreveu Keller, que preside a DFB desde setembro.
Assim que
assumiu, em sua primeira reunião, apresentou uma proposta “segundo a qual
não enviaremos nenhuma seleção para partidas em que tenham lugar em países em às
mulheres não tenham direitos iguais”.
Keller
afirmou que a ‘Mannschaft’ também não disputará partidas onde não seja garantido
o livre acesso a estádios de futebol ou outras instalações esportivas à todas
as mulheres...
A proposta
foi aprovada por unanimidade, como assegurou Keller, ex-presidente do SC Friburg.
Do blog:
A notícia
acima foi publicada pelo Deportes Quatro.com, que pertence ao conglomerado
MEDIASET Espanha...
Bom, confesso
que ainda estou tentando ir mais a fundo, pois as consequências de tal decisão vão
atingir profundamente o futuro do futebol alemão.
Vejamos,
então...
A Alemanha está
fora da Copa do Mundo de 2022, no Qatar?
Afinal, o
Catar é um país em que praticamente todos os direitos sofrem restrições...
Mulheres e
gays em especial são prioritários na lista de discriminação do governo do
Catar.
E a Eurocopa?
A Alemanha também
pensa em desistir de disputar a competição?
Na atual
competição a seleção alemã está em um grupo em que apenas um país tem sérios
problemas em relação aos direitos humanos, a Bielorrússia...
Porém, o jogo
entre as duas seleções em que Minsk foi a sede, aconteceu antes da aprovação da
proposta – a Bielorrússia enfrenta a Alemanha no próximo dia 16 de novembro, em
território germânico.
Mas, e daqui
para frente?
A UEFA mudará
o critério de formação dos grupos?
Em vez de
sorteio, será escolha?
Pois segundo
a decisão da DFB, a seleção alemã não pisará em solo de países como a Armênia,
Cazaquistão, Rússia, Chipre(?), Moldávia, Albânia, Turquia, Macedônia, Romênia,
Azerbaijão, Geórgia, Sérvia, Bulgária, Montenegro (?) e Kosovo (?)...
Mesmo concordando
com decisão da DFB, sinto que na prática será bastante difícil torná-lo exequível.
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