quarta-feira, novembro 13, 2019

Rogério Ceni, um ídolo do São Paulo FC...

Imagem: Getty Images

Rogério Ceni, um ídolo do São Paulo Futebol Clube

Conhecido como o maior goleiro-artilheiro do mundo e, também o jogador que mais vezes atuou por um mesmo clube.

Cássio Paiva

A torcida São Paulina sente saudades do maior goleiro que já atuou na história do clube.

Rogério Mücke Ceni, mais conhecido como Rogério Ceni, nasceu em 22 de janeiro de 1973, em Pato Branco, município no sudoeste do Paraná, mas cresceu em Mato Grosso.

Rogério, com 17 anos, foi revelado no Sinop-MT pelo então técnico Nilo Neves, em 1990.

Na época, ele se dividia entre o trabalho no Banco do Brasil e a prática esportiva e, ainda no mesmo ano, despertou o interesse do clube paulista e para lá se transferiu.

Tendo como maior característica a lealdade ao clube que serviu, o ex-jogador é bastante premiado e ostenta recordes que serão difíceis de serem batidos.

Foi o jogador que mais atuou em um mesmo clube na história do futebol mundial, com 1165 partidas, superando aquele conhecido como Rei do Futebol, Pelé, que vestiu a camisa do Santos em 1.116 jogos.

Foi também o jogador que mais vezes atuou como capitão de uma mesma equipe, com 982 jogos, assim como foi o que mais venceu por um mesmo clube na história, com mais de 601 vitórias, batendo o recorde de Ryan Giggs, que era de 589 vitórias.

Além disso, é o goleiro que mais fez gols em toda a história do futebol, com 132 tentos ao todo, entre cobranças de faltas e pênaltis.

Rogério possui inúmeros outros recordes expressivos e recebeu por seis vezes a Bola de Prata, prêmio concedido pela revista Placar aos considerados melhores jogadores do Campeonato Brasileiro.

Em 2008, além desse, conquistou também a Bola de Ouro por ser considerado o melhor jogador, entre todos, daquela competição.

Na torcida, ficou conhecido como “mito”, devido aos seus feitos e conquistas dentro do clube, e, principalmente, como reconhecimento pelo espírito profissional, raçudo e comprometido que sempre teve com a equipe paulista.

2005 foi o melhor ano para Rogério, sendo líder do time vencedor que conquistou o Paulista, a Libertadores e o Mundial de Clubes.

Aquele também foi o ano em que Ceni mais balançou as redes adversárias e entrou de vez na história do São Paulo FC como um dos maiores ídolos do time.

Além do mais, naquele ano, sagrou-se o melhor jogador da Libertadores e do Mundial de Clubes da FIFA.

Ainda no Mundial de 2005, um lance de destaque se tornou a maior pintura feita em sua carreira.

Estamos falando da falta cobrada por Gerrard, que lançou a bola no ângulo esquerdo da trave de Rogério.

E, o que parecia ser uma cobrança perfeita que seria convertida em gol, foi evitada pelo ídolo são paulino, que “voou”, espalmando a bola para a linha de fundo em uma defesa espetacular.

Esse lance foi um dos principais responsáveis pela conquista desse mundial, vencendo o Liverpool na finalíssima.

Nos 3 anos seguintes, Rogério Ceni viveu as glórias da conquista do tricampeonato Brasileiro, em 2006, 2007 e 2008.

Após isso, viveu um período de seca com o time paulista e conquistou apenas a Copa Sul-Americana de 2012, contra o Tigres, do México, em um jogo polêmico.

Desde então, não conseguiu mais títulos com o clube e, em 2015, aos 42 anos, Ceni se aposentou do futebol profissional.

Sua última partida oficial pelo São Paulo foi em 28 de outubro de 2015, na derrota para o Santos, na Vila Belmiro, por 3 a 1, pela Copa do Brasil.

Em 11 de dezembro do mesmo ano, Rogério fez sua despedida oficial dos gramados, em um jogo festivo, no Estádio do Morumbi, que reuniu alguns jogadores que já foram campeões mundiais pelo São Paulo: os campeões de 92 e 93 contra os campeões de 2005.

O goleiro atuou nesta segunda equipe e converteu um pênalti no final da partida.

Ao fim do certame, Rogério agradeceu aos torcedores pelos 25 anos de São Paulo e declarou: “Gostaria que, quando eu morresse, eu fosse cremado e as minhas cinzas fossem jogadas aqui no Morumbi, para que eu possa sempre lembrar do que aconteceu”.

Após se despedir da carreira de jogador, Rogério seguiu para um tour pela Europa em busca de se preparar para ser treinador, e fez cursos em Londres, na Federação Inglesa de Futebol (FA), em parceria com a empresa 1st4sport.

O ex-goleiro aproveitava as folgas do curso para visitar os principais times europeus e acompanhar treinos táticos de treinadores renomados como Pep Guardiola, Jürgen Klopp, Jorge Sampaoli, Carlo Ancelotti e Claudio Ranieri.

Ao voltar para o Brasil, começou sua carreira na nova função como assistente do então técnico da Seleção Brasileira, Dunga, para a Copa América de 2016.

Já no final do mesmo ano, foi contratado parar treinar o São Paulo, seu clube do coração.

Porém, sua passagem foi breve, pois acumulou maus resultados.

Após sair da equipe paulista, treinou o Fortaleza, time que, em 2018, fez uma campanha de sucesso e conquistou o título da Série B e, consequentemente, o acesso para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro.

Seu último tento foi o título do Campeonato Cearense de 2019.

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