Imagem: Getty Images
Rogério Ceni,
um ídolo do São Paulo Futebol Clube
Conhecido
como o maior goleiro-artilheiro do mundo e, também o jogador que mais vezes
atuou por um mesmo clube.
Cássio Paiva
A torcida São
Paulina sente saudades do maior goleiro que já atuou na história do clube.
Rogério Mücke
Ceni, mais conhecido como Rogério Ceni, nasceu em 22 de janeiro de 1973, em
Pato Branco, município no sudoeste do Paraná, mas cresceu em Mato Grosso.
Rogério, com
17 anos, foi revelado no Sinop-MT pelo então técnico Nilo Neves, em 1990.
Na época, ele
se dividia entre o trabalho no Banco do Brasil e a prática esportiva e, ainda
no mesmo ano, despertou o interesse do clube paulista e para lá se transferiu.
Tendo como
maior característica a lealdade ao clube que serviu, o ex-jogador é bastante
premiado e ostenta recordes que serão difíceis de serem batidos.
Foi o jogador
que mais atuou em um mesmo clube na história do futebol mundial, com 1165
partidas, superando aquele conhecido como Rei do Futebol, Pelé, que vestiu a
camisa do Santos em 1.116 jogos.
Foi também o
jogador que mais vezes atuou como capitão de uma mesma equipe, com 982 jogos,
assim como foi o que mais venceu por um mesmo clube na história, com mais de
601 vitórias, batendo o recorde de Ryan Giggs, que era de 589 vitórias.
Além disso, é
o goleiro que mais fez gols em toda a história do futebol, com 132 tentos ao
todo, entre cobranças de faltas e pênaltis.
Rogério
possui inúmeros outros recordes expressivos e recebeu por seis vezes a Bola de
Prata, prêmio concedido pela revista Placar aos considerados melhores jogadores
do Campeonato Brasileiro.
Em 2008, além
desse, conquistou também a Bola de Ouro por ser considerado o melhor jogador,
entre todos, daquela competição.
Na torcida,
ficou conhecido como “mito”, devido aos seus feitos e conquistas dentro do
clube, e, principalmente, como reconhecimento pelo espírito profissional,
raçudo e comprometido que sempre teve com a equipe paulista.
2005 foi o
melhor ano para Rogério, sendo líder do time vencedor que conquistou o
Paulista, a Libertadores e o Mundial de Clubes.
Aquele também
foi o ano em que Ceni mais balançou as redes adversárias e entrou de vez na
história do São Paulo FC como um dos maiores ídolos do time.
Além do mais,
naquele ano, sagrou-se o melhor jogador da Libertadores e do Mundial de Clubes
da FIFA.
Ainda no
Mundial de 2005, um lance de destaque se tornou a maior pintura feita em sua
carreira.
Estamos
falando da falta cobrada por Gerrard, que lançou a bola no ângulo esquerdo da
trave de Rogério.
E, o que
parecia ser uma cobrança perfeita que seria convertida em gol, foi evitada pelo
ídolo são paulino, que “voou”, espalmando a bola para a linha de fundo em uma
defesa espetacular.
Esse lance
foi um dos principais responsáveis pela conquista desse mundial, vencendo o
Liverpool na finalíssima.
Nos 3 anos
seguintes, Rogério Ceni viveu as glórias da conquista do tricampeonato
Brasileiro, em 2006, 2007 e 2008.
Após isso,
viveu um período de seca com o time paulista e conquistou apenas a Copa
Sul-Americana de 2012, contra o Tigres, do México, em um jogo polêmico.
Desde então,
não conseguiu mais títulos com o clube e, em 2015, aos 42 anos, Ceni se
aposentou do futebol profissional.
Sua última
partida oficial pelo São Paulo foi em 28 de outubro de 2015, na derrota para o
Santos, na Vila Belmiro, por 3 a 1, pela Copa do Brasil.
Em 11 de
dezembro do mesmo ano, Rogério fez sua despedida oficial dos gramados, em um
jogo festivo, no Estádio do Morumbi, que reuniu alguns jogadores que já foram
campeões mundiais pelo São Paulo: os campeões de 92 e 93 contra os campeões de
2005.
O goleiro
atuou nesta segunda equipe e converteu um pênalti no final da partida.
Ao fim do
certame, Rogério agradeceu aos torcedores pelos 25 anos de São Paulo e
declarou: “Gostaria que, quando eu morresse, eu fosse cremado e as minhas
cinzas fossem jogadas aqui no Morumbi, para que eu possa sempre lembrar do que
aconteceu”.
Após se despedir
da carreira de jogador, Rogério seguiu para um tour pela Europa em busca de se
preparar para ser treinador, e fez cursos em Londres, na Federação Inglesa de
Futebol (FA), em parceria com a empresa 1st4sport.
O ex-goleiro
aproveitava as folgas do curso para visitar os principais times europeus e
acompanhar treinos táticos de treinadores renomados como Pep Guardiola, Jürgen
Klopp, Jorge Sampaoli, Carlo Ancelotti e Claudio Ranieri.
Ao voltar
para o Brasil, começou sua carreira na nova função como assistente do então
técnico da Seleção Brasileira, Dunga, para a Copa América de 2016.
Já no final
do mesmo ano, foi contratado parar treinar o São Paulo, seu clube do coração.
Porém, sua
passagem foi breve, pois acumulou maus resultados.
Após sair da
equipe paulista, treinou o Fortaleza, time que, em 2018, fez uma campanha de
sucesso e conquistou o título da Série B e, consequentemente, o acesso para a
primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
Seu último
tento foi o título do Campeonato Cearense de 2019.
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