Concorrência pode elevar direitos da Premier League nos EUA a US$ 300
milhões por ano
NBC, Disney, CBS e WarnerMedia são postulantes a abrir os cofres para ter
torneio em 2022
Redação do Máquina do Esporte
NBC. Disney. CBS. WarnerMedia. Quatro gigantes da mídia.
Todas interessadas em garantir os direitos de transmissão da Premier
League nos Estados Unidos.
E o que acontece quando tanta empresa grande e financeiramente potente
está atrás de um objetivo?
O objetivo aumenta seu preço.
A Bloomberg divulgou, nesta quarta-feira (15), que os direitos para
transmitir o torneio em território americano a partir da temporada que vem
podem alcançar um patamar de US$ 300 milhões por temporada.
Em um contrato de seis anos, o valor chegaria a beirar os US$ 2 bilhões.
Para se ter uma ideia, seria o dobro do que a dona atual dos direitos, a
NBC, paga atualmente (US$ 150 milhões).
O contrato termina nesta temporada.
A emissora, que faz parte do grupo Comcast, quer renovar o acordo.
A Premier League tem sido um dos maiores impulsionadores de novos clientes
para o Peacock, serviço de streaming da Comcast, e uma grande atração na TV linear.
As oito partidas diferentes por rodada atraíram mais de 1 milhão de
telespectadores na NBC na temporada passada.
“Certamente queremos continuar nosso ótimo relacionamento com a Premier
League. Agora em nossa nona temporada, trabalhamos juntos para impulsionar o
crescimento do esporte nos Estados Unidos com uma produção inovadora e uma
promoção incomparável”, afirmou a NBC, que acredita que os valores realmente podem dobrar, em
um comunicado enviado à Bloomberg.
De acordo com a publicação, Disney, CBS e WarnerMedia também estão firmes
no páreo.
As três querem participar da licitação e devem usar como trunfo uma
mistura de transmissão linear e streaming para garantir o negócio, com a
Amazon, uma quinta gigante, também sendo considerada interessada como uma opção
exclusiva para o streaming.
Pelo lado da Premier League, há um consenso de que o trabalho da NBC é
feito de maneira correta e consegue internacionalizar o torneio de forma
satisfatória.
No entanto, sabe também que, ao colocar os direitos em leilão, pode
alcançar cifras muito maiores que as atuais e até acima dos US$ 300 milhões por
temporada, se a disputa se acirrar.
E dinheiro realmente não parece ser problema quando o assunto é o futebol
das principais ligas europeias nos Estados Unidos.
Recentemente, a Disney fechou com a LaLiga e pagará US$ 175 milhões por
temporada para transmitir a competição nas várias plataformas da ESPN.
E é um fato que, no mercado americano, a liga espanhola atrai muito menos atenção que a liga inglesa.
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