RESOLUÇÃO Nº 041/2008-FNF
O Presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol, no uso de suas atribuições legais, que lhe são conferidas pelo Estatuto da Entidade e,
Considerando, a necessidade de realizar tratamento cardiológico;
Considerando, a necessidade de realizar outros itens de cunho particular;
RESOLVE:
- Renunciar irrevogavelmente ao Cargo de Presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol.
Dê-se ciência, cumpra-se, e arquive-se.
Natal-RN, 10 de abril de 2008.
Alexandre Carlos Cavalcanti Neto
Presidente da FNF
O documento acima é o THE END melancólico de uma das mais confusas, ineficientes, despreparadas e ausentes administrações do nosso futebol.
Encerra um período que ficará marcado pela inoperância e pela falta de uma ação efetiva em prol do futebol potiguar e, é claro, deixará seqüelas, mas não saudades.
Porém, volto a insistir que Alexandre Cavalcanti não pode ser considerado o vilão principal da tramóia que o levou a sentar na cadeira de presidente da FNF...
Infelizmente, em mim ficou a impressão que Alexandre sempre esteve mais para bobo da corte do que para rei.
Aqueles que o apoiaram, deram-lhe o poder de direito, mas nunca o permitiram governar de fato.
A escolha do nome de Alexandre, tramada numa animada mesa de carteado em luxuoso apartamento VIP de Natal, tinha como objetivo não o futebol, mas sim interesses políticos e de acomodação de espaços.
Alexandre foi escolhido não por suas qualidades, mas por seus defeitos...
Os mentores dessa escolha sabiam que Alexandre é um homem dócil e de bom trato.
Sabiam que Alexandre gostava de futebol, mas também sabiam que não passava daí, sua ligação com o esporte. Era do conhecimento dos “bruxos que a volta do caldeirão fervente” preparavam a poção que o tornaria o supremo mandatário do futebol potiguar, que eles não teriam com o que se preocupar, pois se há uma qualidade inegável em Alexandre Cavalcanti, é a sua lealdade incondicional e sua profunda admiração por seu irmão, o deputado Poty Junior.
Alexandre havia dado mostras disso e passado com louvor no São Gonçalo, quando aceitou ser presidente do clube, mesmo sabendo que o faria por conveniência de seu irmão, o então prefeito Poty Junior.
No São Gonçalo, Alexandre apenas assinava papéis que eram colocados a sua frente e se pronunciava quando autorizado... No São Gonçalo quem mandava e desmandava era Poty e não o presidente Alexandre Cavalcanti.
Com sua renuncia, Alexandre saí de cena e entrega o bastão para o advogado José Vanildo...
Mesmo tendo profundo respeito por José Vanildo e por ele nutrir uma sincera amizade, não posso deixar de dizer que José Vanildo, antes de tudo terá que provar ser capaz de exorcizar os “bruxos” que ainda detêm as cordas que moviam o ex-presidente e seus poucos e raros movimentos no comando da FNF.
Quanto a Alexandre Cavalcanti, espero os problemas de saúde que alegou para renunciar, sejam rapidamente resolvidos e que ele volte a gozar de saúde e bem estar.
Nada tenho, tive ou provavelmente terei contra a pessoa de Alexandre e desejo com a mais profunda sinceridade que ele seja sempre muito feliz em tudo o que vier a fazer daqui para frente.