Do blog: Colei do blog do Birner que por sua vez colou do UOL e o fiz por concordar em gênero, número e grau com o que Vitor Birner escreve abaixo. Por outro lado, acrescento que ao conselho do Birner, podemos agregar, mais um... “O mundo não gira em torno do seu “umbigo”, e mesmo que você ou eu insistamos, o planeta não vai parar para ficar com pena de nós”.
De Vitor Birner‘
Colei a conclusiva reportagem do UOL. Faço a seguinte recomendação aos críticos. Antes de começarem com o discurso patriótico e hipócrita sobre o talento do jogador brasileiro, ou a respeito do que não está certo lá, e realmente há erros, por favor, imitem o que serve de exemplo. Lembro que o Brasil revela mais jogadores talentosos que os outros países, mas há atletas de alto nível que nasceram noutras nações. E não são poucos.
‘Superdomingo’ faz Inglaterra esbanjar ao mundo êxito de sua liga
Bruno Freitas
Em Londres (Inglaterra)
Demorou mais de um século para que os inventores do futebol conseguissem derrubar o histórico clichê de jogo feio baseado em bolas aéreas e a imagem negativa da violência de torcedores para desenvolver a liga nacional mais rentável e atraente do mundo. Em pouco mais de dez anos, a Inglaterra reviu as estratégias de gestão de seu campeonato local, finalmente abriu seus clubes para o aporte de qualidade de jogadores estrangeiros e hoje colhe os milionários frutos do sucesso, que em um passado recente pertencia em maior parte aos torneios de Itália e Espanha. Um êxito também marcado por características bem locais.
Inglaterra possui a liga de futebol mais bem-sucedida da atualidade no mundo
De Londres, a reportagem do UOL Esporte acompanhou no último domingo a rodada de clássicos do Campeonato Inglês, tratada de “Superdomingo” pela imprensa, com Manchester United x Liverpool, à distância, e Chelsea x Arsenal, in loco, e testemunhou detalhes da liga de futebol mais bem-sucedida da atualidade.
Quatro dos dez clubes mais ricos do planeta e representantes da Inglaterra nas finais da Liga dos Campeões deste ano entraram em campo para duelar entre si pelo sonho do título nacional, em atualidade mais empolgante que as disputas pela taça em Itália e Espanha. Os embates tiveram bom nível técnico e mostraram a inusitada cara de ofensividade do futebol inglês de hoje.
O Manchester saiu como vitorioso do dia, com vitória sobre o Liverpool em casa (3 a 0) e vantagem de cinco pontos na liderança Em Londres, o Chelsea venceu o clássico da capital contra o Arsenal de virada (2 a 1) e virou o perseguidor mais direto dos atuais campeões.
Nesse jogo, o eventual visitante estrangeiro acompanhou detalhes da recente face vencedora do futebol inglês, como a incitação bem-sucedida ao consumismo frenético (camisetas, livros, programa do jogo e souvenires de todas as espécies) e a coexistência pacífica entre as duas torcidas.
Ao contrário da imagem disseminada do torcedor inglês nas últimas décadas, fãs de Chelsea e Arsenal coexistiram pacificamente no dia do clássico da capital, inclusive dividindo vagões do metrô até o estádio Stamford Bridge, sem um esboço sequer de provocação.
“O problema deles (Arsenal) é com o Tottenham. O clima é bem mais quente nos jogos entre os dois”, comenta Gavin Fallen, torcedor do Chelsea, antes do jogo, entregando o resquício de rivalidade menos amena que persiste na capital Londres.
Apesar do sucesso de organização, o Campeonato Inglês é incapaz de se isentar de um elemento considerado negativo, presente em eventos ao redor do mundo, esportivos ou não. São os cambistas, que instantes antes de Chelsea e Arsenal negociavam entradas por no mínimo 150 libras (cerca de R$ 515,00). “Tenho para os dois lados da torcida”, dizia um.
A exclusividade da compra dos ingressos pertence aos associados do clube, que colaboram periodicamente com a instituição. Apesar dos poucos bilhetes disponíveis ao público geral, muitos turistas também engrossam a torcida dos ‘grandes’ da Inglaterra, a maioria de japoneses. Já que não tem dinheiro para pagar uma mensalidade oficial ou bancar uma entrada de cambista recorre aos pubs, em mais um aspecto singular do futebol inglês no modo de torcer.
Acompanhado do tradicional ‘pint’ dose de cerveja de pouco mais de 500 ml-, ao valor de 3,5 libras (cerca de R$ 12,00), o torcedor inglês faz dos pubs próximos ao estádio uma extensão das arquibancadas. Mas, ao contrário da atmosfera de animosidade retratada pelo filme Hooligans (de 2005) sobre os fãs do West Ham United, especificamente, o ambiente chega a ser quase familiar, apesar do barulho incessante.
“A violência ficou restrita a poucas torcidas hoje em dia no país. A mais conhecida dessas é a do Millwall, que nem na primeira divisão está”, conta Richard Adams, ao chegar ao estádio com a esposa para empurrar o Chelsea.
Sem ânimos exaltados, os jogos na Inglaterra costumam ter uma característica diferente de outros países, ainda com o foco sobre a torcida. Em determinado momento do jogo, ou no intervalo, de algum lugar da arquibancada surge o coro para exaltar a seleção do país.
A título de registro, o toque brasileiro na rodada de clássicos da liga mais forte do mundo foi discreto, sem protagonismo. O meio-campo Anderson foi titular do Manchester United na vitória sobre o Liverpool, que teve Fabio Aurélio saindo jogando. Em Londres, nenhum dos atletas do país que jogam no Arsenal foi utilizados. No Chelsea, Belletti entrou no segundo tempo na vaga do alemão Ballack. Apesar de estarem em maior quantidade do que em outros tempos, os representantes da nação pentacampeã mundial ainda não são os donos da festa, em papel que exercem em quase todo lugar onde rola uma bola
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