Se eu fosse presidente do Alecrim, teria descido as escadas do Machadão e esperado cada um dos jogadores na beira do gramado e estendido a mão a cada um deles.
Teria mesmo entristecido pelo sonho perdido, dito a cada um muito obrigado.
Depois iria com eles até o vestiário e olharia nos olhos de cada um para que soubessem de minha gratidão e respeito.
Pediria a todos uns poucos minutos de atenção e lhes diria que todos eram homens de bem e que me sentia honrado de tê-los tido vestindo a camisa do Alecrim.
Não sei se o presidente do Alecrim fez isso ou não, mas eu faria e explico as razões.
Não é fácil estar no lugar de Edvaldo e lutar praticamente só para manter um clube sem recursos próprios, sem estrutura própria, sem beneméritos endinheirados e sem nenhum apoio nos tortuosos e lamacentos bastidores de nossa FNF.
Mas deve ser bem pior, para quem tem tudo isso e ainda é obrigado a ver derrotas por pura falta de empenho e luta.
Disso Edvaldo não pode reclamar...
Nenhum jogador no Alecrim, ganha salários acima de três dígitos... Mas nenhum deles fez corpo mole.
Alguns até, exerciam atividades fora do futebol... Mas nenhum deles se queixou ou deixou de correr em função dessa realidade.
Poucos foram festejados ou constantemente entrevistados... Mas nenhum deles deixou de lutar por causa disso.
Alguns não puderam ter um tratamento VIP, mas todos tiveram um tratamento digno e nem por isso, deixaram de estar na arquibancada e torcer desesperadamente pelo sucesso da equipe.
Esses são alguns motivos, mas existem mil outros para que eu considere cada um desses rapazes, dignos de um abraço sincero, um aperto de mão agradecido e um olhar respeitoso.
Honraram a camisa do Alecrim e honraram cada centavo que receberam.
Um comentário:
Se não o fez, ainda ha tempo. Basta que o mesmo tome conhecimento de suas sábias palavras. Parabéns!
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