Daninha Souto bem poderia ser mais uma mocinha que nos domingos de sol, acorda cedo, corre para o telefone e após tagarelar com alguma amiga veste seu biquíni e vai terminar a resenha em alguma barraca diante do mar e sob o sol escaldante.
Daninha bem poderia ao sair da praia, tomar um banho refrescante, vestir uma roupa levinha e como todas as outras meninas ir bater perna por aí...
Flertar, rir, jogar conversa fora e até fazer algum marmanjo mais saliente, correr de um lado para o outro com os dribles que só moças bonitas sabem dar.
Mas Daninha não faz nada disso...
Ao menos nos domingos não!
Domingo Daninha acorda ansiosa esperançosa e cheia de paixão. Mas não é uma paixão dessas comuns e corriqueiras. Também não é uma paixão dessas que arrebanham multidões...
A paixão de Daninha aos domingos não é o mar, não é sol, não e rir, conversar ou fazer corações de marmanjos caírem aos seus pés...
Domingo é dia de ir a qualquer lugar aonde seu Alecrim vá...
Essa é Daninha...
Pequenina, graciosa e apaixonada pelos meninos vestidos de verde que quando correm atrás da bola, fazem correr seu coração.
Daninha aos domingos não é uma menina comum, é uma mulher apaixonada e como toda mulher apaixonada, não se importa se sua paixão é linda, rica, forte ou poderosa...
Para ela sua paixão é o que é... E por isso ama com fervor e dedicação.
Para Daninha pouco importa se o Alecrim é campeão, tem ou não a torcida mais numerosa ou o estádio mais bonito.
Para Daninha, bastam as 11 camisas verdes a correrem por qualquer gramado, pois amor não vê resultado...
Amor é simplesmente amor.
O texto abaixo foi escrito por Daninha Souto e o publico como uma homenagem a todos os apaixonados que amam de todo o coração as 11 camisas verdes que vencendo ou não, são sua paixão.
Que saudosismo dos bons tempos da infância...
Onde nadei dancei, corri e brinquei...
Na sede campestre em Macaíba.
Ia com toda a família, era uma festa...
Quando meu pai dizia: "filha se arruma para ir ao Alecrim".
Anos 80 era aquela época...
Só pensava em brincar de boneca...
Mas largava tudo para curtir o clube do Verdão.
Lembro-me do campo verdinho e eu pequenininha...
85 era o ano, o Alecrim já tinha quatro títulos...
Eu tão criança não entendia toda aquela confusão...
Nesse mesmo ano mais uma glória.
Mais um título.
Uma vitória.
Em 86 mais uma conquista como brilhou o meu Verdão...
Sem saber que este seria o último ano...
De um longo tempo de espera.
Como queria naquela época já ser uma mulher então...
Para entender melhor essa confusão.
Os anos se passaram e hoje já crescida retornei ao meu Verdão...
Agora eu entendo tudo sofro choro, grito e pulo...
Como bate forte o meu coração.
Foi no Campeonato Estadual de 2007 que quase meu coração estraçalhou...
O Alecrim jogava contra o touro e quase foi rebaixado...
Precisava de quatro gols e Deus foi lá e nos ajudou.
Agora vivendo o presente, que fase é essa minha gente?
O Alecrim se superou...
Estamos nas semifinais, lutando com garra, pois somos da FERA...
E o ano chegou...
Agora tenho maturidade para entender a confusão, como explode o meu coração.
Agradeço aos meus irmãos alviverdes por me acolher com união...
E me aclamarem musa do Verdão.
3 comentários:
São demonstrações dessa natureza que nos encanta e faz o fatebol ser essa caixinha de emoções. Talvêz não chegue, mas, mando daqui meu braço a Daninha, extensivo à FERA e especialmente a Fernando, Agostinho e Negrita, eternos torcedores do verdão lá em Baixa-Verde. Saudaões alvinegras.
Esse sim deve ser a querência que o torcedor deve nutrir pelo seu clube de coração. São demonstações dessa natureza que comprovam a caixinha de surpresa que o futebol o é. Meu abraço a Daninha, Agostinho e Negrita, lá em Baixa-Verde, eternos torcedores esmeraldinos. Saudações alvinegras!
Agradeço a Fernando pelo espaço em seu Blog, e pelo texto belíssimo. Agradeço também a Carlos Soares,e concordo o futebol é uma caixinha de emoções,quando se ama verdadeiramente. Amo o Alecrim.
Saudações Alviverdes.
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